O Deadly Friday é um quadro onde toda sexta-feira resenharemos e contaremos um pouco sobre os álbuns mais importantes do metal extremo!
Na edição de hoje temos a resenha de um dos primeiros registros de death metal da história, diretamente de terras mineiras, “Morbid Visions”, do aclamado Sepultura!
“Morbid Visions” foi gravado no Studio Vice e Versa em SP, mas lançado pela Cogumelo Records, e foi o responsável por lançar os mineiros ao mundo, chegando até a fazerem a abertura do show do Venom em BH na época!
O álbum é recheado de influências notáveis, como Venom, Celtic Frost, e vaga entre o death, thrash e black metal, apresentando um som cru, mas claramente em desenvolvimento, e para mim esse é o sabor que esse álbum têm…o de garotos que curtiam extremo e simplesmente pegaram seus instrumentos e vomitaram os seus ódios ali, sem medo, sem pensar tanto em técnica, efeito, pegaram apenas a soma do suprassumo do metal e fizeram com toda a personalidade e atitude possível, se consagrando uma das melhores bandas pesadas do mundo!
As clássicas faixas “Morbid Visions”, “Troops Of Doom” já são suficientes para mostrar a atitude da banda, na velocidade e na raiva de Max nos vocais, e a que mais deixou clara a fusão nos estilos foi “Mayhem“, com vocais bem black metal, quebrados com uns solos de guitarra simples mas que se destacam!
“War” e “Crucifixion” têm algumas mudanças legais no andamento da música, que dá um ar diferenciado pra elas.
“Show Me The Wrath” e “Funeral Rites” seguem com as melodias insanas, gritos ardidos e letras fortes.
Tecnicamente analisando, o disco está longe da perfeição, mas isso não o torna menos importante, e para os amantes do metal extremos cru, puro e violento, “Morbid Visions” é um presente!
NOTA: 7
Data de lançamento: 10 de novembro de 1986
Gravação: Studio Vice Versa / Cogumelo Records
Tracklist:
1.”Morbid Visions”
2.”Mayhem”
3.”Troops of Doom”
4.”War”
5.”Crucifixion”
6.”Show Me the Wrath”
7.”Funeral Rites”
8.”Empire of the Damned”
Formação:
Max Cavalera – vocal, guitarra
Jairo Guedez – guitarra
Paulo Jr. – baixo
Igor Cavalera – bateria
