Dead Hazards estreia com peso, melodia e complexidade em seu álbum “Saline”

Formada em 2023, a banda Dead Hazards registrou o seu primeiro lançamento em 2025 com o single “Prime”. Mais tarde, o primeiro álbum “Saline” estreia com treze canções no repertório onde “Rerouting” encabeça a relação. De cara, já se nota o estilo alternativo do grupo, ou seja, aqui há uma relação do grunge com a música indie. Por outro lado, a banda traz também algo que remete ao experimentalismo, mas com pitadas rudimentares. O som é seco, a produção é modesta, mas as músicas são agradáveis. Esta primeira canção, por exemplo, chama a atenção pela pegada densa e riffs potentes.

A segunda música, “Who’s Invited” começa com um riff encorpado, tal como a própria voz que canta em tom melancólico. A Sua sucessora, “Remorse” é um pouco mais cativante e revela uma pegada de bateria com certa amplitude. Na sequência, “Unpaid Tolls” insere mais fúria ao álbum em um clima mais solto, embora introspectivo. Na mesma linha, “Took A Loan” chega para ampliar a proposta de versatilidade do álbum. O que Dead Hazards entrega de originalidade está nas inúmeras ideias de melodia. Cada música, por conseguinte, possui um ingrediente diferente no tempero, ainda que a receita principal seja a acidez.

Em seguida, o disco apresenta a música que inaugurou o trabalho da banda pelas plataformas digitais, “Prime”. Esta, porém, segue como boa escolha para single do álbum, pois é pesada, melódica e empolgante. A execução seguinte, “Endless Delay” já é mais dura e implacável, contudo, possui climas solúveis em algumas partes. Com um andamento mais cadenciado, a pesada “Mold” assume a dianteira. Além de possuir certa confluência, há algumas partes da música em que a complexidade se destaca mais. Depois disso, a próxima canção se chama “Crippling Faith” e é uma das que exploram mais o peso e a melodia.

A dedicação do Dead Hazards em criar músicas experimentais o distancia de rótulos fixos, mas músicas como “Lazyeye” são grandes exemplos de que o espírito do rock ronda a banda. Outras músicas como “Hauling Back” mostram que o grupo também sabe compor canções virtuosas. Essa música junto com “Tourist Trap” formam a dobradinha mais extensa do álbum que termina com “Excess”. Em resumo, “Saline” oferece boa experiência a quem curte música fora da curva, sem maquiagens de estúdio e com profunda honestidade. O Dead Hazards veio para promover isso e muito mais, pois as suas composições são tão transparentes quanto satisfatórias.

Ouça “Saline” pelo Spotify:

Saiba mais em:

https://deadhazards.com

https://deadhazards.bandcamp.com

https://music.youtube.com/channel/UC-p3RBDjQ3UB6OrPQKibDKw

https://www.instagram.com/dead_hazards

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