David Ellefson: “Tivemos de voltar ao passado para conseguir algo incrível”

Chuck Marshal, da Metal Wani recentemente conduziu uma entrevista com David Ellefson, em vídeo que você pode conferir abaixo, Seguem alguns trechos (transcritos pelo blabbermouth.net e traduzidos por nós).

Esse é o objetivo. Acho que aprendemos com “Dystopia”, onde estávamos em um ponto de nossas carreiras em que ‘ainda podemos fazer música nova realmente atraente, mas também é importante ter o nosso tempo e realmente torná-lo tão grande quanto possível. E eu digo isso porque voltei para a banda… Eu voltei (após o lançamento de ) “Endgame” (2009), que era realmente um disco muito forte e houve uma sensação de urgência e paixão renovada quando fizemos o “Thirt3en” (2011). Nós estávamos fazendo shows com o “The Big Four” e tínhamos apenas 10 semanas para poder lançar o álbum e foi divertido porque meio que penduramos nossos pés no fogo e você podia sentir que havia uma energia realmente boa sobre o álbum e estávamos todos animados porque havia uma grande turnê por trás disso – a turnê do caos, o ‘Big Four‘, todas essas coisas. Mas no momento em que chegamos ao “Super Collider” (2013) e esse era um álbum que não era tão focado, foi um álbum que gravamos com pressa, haviam shows agendados para o verão. Acho que nos sentimos um pouco mais no álbum, e de repente estávamos fazendo um novo álbum pela segunda vez (em um curto espaço de tempo), quando nós realmente precisávamos de tempo para respirar. Existem algumas ótimas faixas nele – eu não estou desmerecendo o álbum, tem algumas coisas bem legais, mas eu acho que, como um grupo, isso nos afetou. E obviamente, quando houve as alterações para (a formação que gravou) o “Dystopia” (ele se refere às saídas de Chris Broderick e Shawn Drover para as entradas de Kiko Loureiro e Chris Adler e depois Dirk Verbeuren, respectivamente), houve um processo lá que, eu penso, agora com o MEGADETH… Eu acho que estamos lá agora, onde nós recalibramos as coisas para realmente honrar e respeitar nosso legado e saber o que os nossos fãs gostam. E você apenas não faz registros apenas para os seus fãs; você tem que fazer registros também para sí mesmo, como o criador deles. Mas acho que ajudou a nos recalibrar aquilo que realmente está no centro e no coração do MEGADETH. E há algumas coisas que são muito, muito boas, mas elas não são certas para o MEGADETH. E isso vale para todos nós da banda, E eu acho que, para mim, tem sido útil ter coisas como METAL ALLEGIANCE, ter coisas como meu projeto com o Frank Bello (ANTHRAX), o ALTUTUDE & ATTITUDE e há algumas outras coisas que me permitem expressar outros tons da minha voz que não são o MEGADETH. E até mesmo o METAL ALLEGIANCE, não é o mesmo. O MEGADETH tem uma janela muito estreita do que é e o que deveria ser o MEGADETH e acho que encontramos o epicentro disso novamente com ‘Dystopia'”.

O baixista também falou dos álbuns mais antigos da banda e de como foi essa volta ao tempo para que pudessem em ‘Dystopia’ soar como nos tempos de ‘Peace Sells‘ e ‘Rust In Peace‘ (N do R: ele se refere ao modo de como estes discos seriam hoje se na época existissem as tecnologias atuais).

O próximo trabalho do MEGADETH marcará o primeiro registro com o baterista Dirk Verbeuren (ex SOLIWORK), que já está com a banda há dois anos.

Em 2018, o MEGADETH está comemorando seu 35º aniversário, com lançamentos especiais, itens de merchandising exclusivos e eventos e oportunidades únicas para os fãs de todo o mundo.

Dystopia‘ foi o primeiro disco gravado com o guitarrista Kiko Loureiro, que antes era conhecido pelo seu trabalho com o ANGRA.

Ellefson recentemente adicionou uma série de datas europeias ao seu “basstory” tour, uma série limitada e exclusiva de “storytellers” . Os shows terão início em 21 de setembro, na cidade de Portland.

Apelidado de “Basstory: An Intimate Evening Of Riffs And Repartee With David Ellefson”, combina as performances de solos do baixista enquanto ele conta detalhes íntimos de suas lutas e triunfos em nome do rock and roll.

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