“Grim” é o novo álbum do metal sinfônico e cinematográfico do Dark Sarah (pela Nuclear Blast) e temos mais uma premissa cheia de magia e fantasia. Em entrevista concedida à Metal Hammer de Portugal, a vocalista Heidi Parviainen disserta sobre enredo de um desenrolar para lá de instigante: “Grim” é uma história de terror e fantasia que nos conta sobre uma cidade chamada Grim e o povo que vive com medo de um monstro chamado Mörk. Usam máscaras de coelho para se esconderem do mau-olhado. Mörk aterroriza a cidade e o seu povo há séculos, e roubou os seus poderes mágicos, os orbes. Esperam por uma divindade da lua, chamada Luna, para vir salvá-los.”
O metal sinfônico não se atém apenas as tradicionais orquestrações, incorrendo também a arranjos eletrônicos que trazem uma atmosfera experimental. Neste requisito, “Grim” é deveras ambicioso: “Com este álbum queríamos experimentar uma nova maneira de criar um sentimento cinematográfico, adicionando mais elementos eletrônicos ao lado das orquestrações”, responde. “Acho que, hoje em dia, a música que ouvimos nos filmes está cada vez mais similar. Estamos muito satisfeitos com este álbum. Mostra bem a nova história, o estilo musical e o som muito familiar do Dark Sarah.”
Sendo um grupo de viés cinematográfico, é inevitável não remeter a filmes. Claro que existem videoclipes, mas um filme longa-duração é bemmm diferente. Heidi não descarta uma hipótese mais grandiosa: “Se houvesse muito dinheiro (que esse tipo de projeto exigiria de certeza) e as pessoas certas envolvidas, adoraria fazer algo mais cinematográfico do que videoclipes! Com certeza! Talvez uma peça de teatro musical ou uma curta musical sejam ótimas.”
Em relação aos dois convidados que incarnam outras duas personagens, JP Leppäluoto é uma voz conhecida (pertence ao Charon), mas Jasse Jatala foi um nome que não conhecíamos. Na pesquisa, levantamos que participou do “The Voice of Finland”, ficando em segundo lugar: “Ouvi o Jasse cantar na TV no ano passado, quando ele estava no concurso, e pensei imediatamente que ele seria a voz perfeita para o papel do monstro”, assegura. “Eu precisava de um cantor com boas vozes limpas, mas também com berros incessantes, e ele acertou nas duas. Ele é uma pessoa muito intensa e estava empolgado com esta colaboração. Tentei sempre encontrar vozes perfeitas para certos papéis e não os mais famosos que já têm muitas colaborações e projetos em andamento. Também acho que é muito bom apresentar novos talentos.” Abaixo, “Grim” disponibilizado na íntegra: