Always… (1992) é o álbum de estreia da banda holandesa de Doom Metal/Gothic Metal chamada The Gathering, lançado em 1992.

O disco contou com a produção de Han Swagerman Sr. e contou com a produção executiva de Mark Fritsma. Além dos músicos da banda, o disco contou com Marike Groot e Henk van Koeverden como músicos adicionais: a primeira fazendo os vocais enquanto o segundo participou das criações eletrônicas.

O disco foi lançado inicialmente em 9 de junho de 1992 na Europa pela Foundation 2000 e na América do Norte pela Pavement Music. Em 1994, uma primeira versão remixada do álbum foi lançada pela Foundation 2000. Em 1999, uma segunda versão remixada foi lançada pela Psychonaut Records. A edição mexicana foi lançada pela Scarecrow Records.

O álbum é sombrio em atmosfera e instrumentação. Musicalmente falando, o trabalho é falho, mas mesmo assim consegue cumprir sua proposta inicial. As linhas de guitarra deixam a desejar, a mixagem não ajuda muito a preencher bem o som, deixando a guitarra um pouco opaca e sem muita presença. Apesar disto, até por ser um álbum de estreia, soa primitivo e bem embrionário, mostrando que a banda ainda estava encontrando sua melhor sonoridade; o que viria acontecer em álbuns posteriores.

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A banda foi uma das primeiras a adicionar o teclado ao Gothic Metal. Com o instrumento, a banda faz o trabalho soar como se fosse tocado em uma igreja, tendo uma sensação de ritual quando está junto dos vocais de apoio com sua grande reverberação.

Mesmo não sendo um álbum muito lembrado no trabalho da banda, aqui exploraram sonoridades que não eram muito comuns na época para o estilo, abrindo caminho para trabalhos posteriores.

Always… (1992) é também o único álbum que traz Bart Smits como vocalista. Ao longo do álbum, sua performance foi interessante. Seus gritos são incrivelmente sombrios e inspirados na morte. Alguns dos gritos que ele faz em algumas canções como In Sickness and Health adicionam agressividade e dinâmica à música.

O álbum é subestimado na discografia da banda. Mesmo que não seja dos melhores trabalhos, Always… (1992) foi capaz de abrir caminho para o que viria depois e merece crédito por isto. Mais adiante a banda conquistaria mais espaço e teria seu nome mais conhecido no estilo, além de encontrar sua sonoridade própria, uma vez que na estreia era notável que ainda a buscava.

Dentre as faixas do trabalho, destaco a faixa King for a Day que soa um pouco mais técnica que as demais, tendo algumas nuances diferentes ao longo do trabalho. Aqui o trabalho do teclado é mais evidente, preenche bem a música e consegue cumprir bem seu papel. A bateria carrega a música por caminhos distintos, soando diferente do restante do álbum. A voz feminina de apoio traz uma sensação bem fúnebre ao refrão.

Em Second Sunrise, vemos o baixo tendo destaque na introdução pela primeira vez. Uma pena que a mixagem falha não deu a ele o destaque esperado, mas o riff inicial do baixo leva a música em seu início até a mesma ganhar o peso e entrar os vocais. Nesta faixa a alternância de nuances segue sendo bem feita e fugindo daquele trabalho simples, reto e direto.

É notável que a banda ainda não estava pronta, havia lacunas nas faixas e trabalhos abaixo do esperado nos instrumentos em grande parte do álbum. A bateria conseguiu se destacar por apresentar diferentes nuances para as músicas no disco, conseguindo elevar o nível dos instrumentos no trabalho.

O trabalho da guitarra, quando falamos em base de acordes, até que não soa de todo ruim; porém ao falarmos de riff’s e solos, o instrumento deixa muito a desejar. É um campo sem ideias, sem criatividade, muito fraco.

O baixo infelizmente foi sucumbido pela fraca mixagem, não tendo destaque nas faixas, além da Second Sunrise e na introdução de Stonegarden.

O teclado e o piano poderiam ser mais bem explorados, apresentando bons arranjos, mas na maior parte do disco apenas preencheram o espaço deixado pela guitarra. Alguns trechos do disco como na faixa King for a Day o teclado até conseguiu destaque, mas no geral ficou bem abaixo do que poderia. O fato positivo foi a ousadia de colocá-lo no trabalho, o que não era comum no estilo musical de outras bandas.

The Gathering – Always…
Lançamento: 09 de Junho de 1992
Gravadora: Foundation 2000

01. The Mirror Waters
02. Subzero
03. In Sickness and Health
04. King for a Day
05. Second Sunrise
06. Stonegarden
07. Always…
08. Gaya’s Dream

Formação

Bart Smiths – Vocais
Jelmer Wiersma – Guitarra e violão
René Rutten – Guitarra e violão
Hans Rutten – Bateria
Frank Boeijen – Teclados e piano
Hugo Prinsen Geerligs – Baixo, flauta e triângulo

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