Roadie Metal Cronologia: UFO – Walk on Water (1995)

Mais uma breve análise nessa série de cronologia acerca da discografia dessa maravilhosa banda chamada UFO. O álbum da vez é o Walk on Water, lançado em 1995 exclusivamente no japão e em 199 7 para o resto do mundo (sendo que o lançamento em terras nipônicas contam com uma música extra), e marca o retorno do guitarrista Michael Schenker.

Antes de mais nada devo confessar que não sou lá um grande conhecedor de UFO, e fiquei realmente surpreendido com a qualidade da banda… conhecia até então aquelas “carnes de vaca” (Doctor Doctor, Lights Out). Sei que o Steve Harris é fã da banda e isso é um bom termômetro. Contextualizei isso para avisar que minha análise será isolada, somente do disco em si.

O álbum começa com o pesado riff de “A Self Made Man“, que mostra a que veio (ou voltou) Schenker. Venus já traz uma introdução com uma vibe Deep Purple e é uma bela canção com ótima cadência, com um belo solo de guitarra. Não tem como não destacar o trabalho de guitarra inspiradíssimo de Michael Schenker, no qual eu posso destacar faixas como “Stopped by a Bullet (of Love)” com sua intro mais country, nos riffs mais pegajosos de “Darker Days” , “Pushed to the Limit” e a “bluesera” “Running on Empty“, com ótimos licks que todo guitarrista de rock deveria aprender. Outro ponto a se destacar, além da boa forma da banda como um todo (Phil Mogg está espetacular nesse álbum, cativando em cada refrão), é a variedade das músicas, desde hard/metal a blues e baladas, mas sem perder o fôlego, que é algo que infelizmente acaba acontecendo com os discos de bandas com muitos anos de carreira.

O álbum conta ainda com 2 regravações (Doctor Doctor e Lights Out, versões mais modernas/pesadas mas sem baixar a afinação) e na versão japonesa apresenta uma faixa que é a banda falando com o público japonês sobre o álbum.

Pra quem é fã ou um entusiasta (agora irei correr atrás do tempo perdido e ouvir TUDO do UFO), eu diria que esse é um álbum que mescla a pegada clássica da banda com mais modernidade. E feita de forma brilhante. Não pulem esse álbum na sua playlist!

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