Aquela banda que dá orgulho de falar que é do Brasil, que sempre nos deu alegrias e continua nos dando mesmo depois das mudanças, esse é o Torture Squad. Confesso que me apaixonei meio tarde pela banda, já quando as mudanças estavam acontecendo, já no álbum “Esquadrão da Torutura” (2013), e mais ainda quando Mayara Puertas assumiu os vocais, mas isso nunca me fez deixar de escutar e gostar do material antigo
O álbum da vez é “AEquilibrium” (2010), sexto álbum da banda e último com o grande Vitor Rodrigues nos vocais e Augusto Lopes nas guitarras. Aqui temos músicas longas, com apenas umas faixa com menos de cinco minutos, do restante, em média canções de cinco a sete minutos.
Sempre com grandes faixas de abertura, aqui não foi diferente, “Generation Dead” já chega com os dois pés no peito. Riff destruidor, baixão com aquele destaque na mixagem, algo que sempre admirei na banda, Thrash de primeira no melhor estilo Testament.
Com um introdução sensacional na bateria, que logo ganha uma cozinha empolgante, chega “Raise Your Horns“. Mais Thrash Metal, impossível não bater cabeça com esse som. Agora temos a mais curta do álbum, “Holiday In Abu Ghraib” lembra um poco os Riffs do Slayer, os bumbos fazem um ótimo trabalho juntamente com ótimos Blast Beats.
“174” é empolgante, com aquele Riff rápido e grudento, é o clássico do álbum, aquela faixa que não pode ficar fora do setlist. Violencia pura aos ouvidos, no sentido bom, é claro. Alguns podem estranhar por eu dizer isso, mas “Storms” é uma música mais cadenciada, apesar de continuar violenta, mais pesada, conta com várias passagens legais na bateria e lembra mais uma vez as faixas mais pesadas do Testament.
A mais Death Metal do álbum é “Azazel“, tem um ótimo Riff com bastante técnica e os vocais do Vitão estão mais brutais do que nunca. “Black Sun” conta com uma ótima performance do baixo e o Thrash domina novamente. gosto bastante da guitarra na faixa, com passagens muito bem executadas.
“The Spirit Never Dies” é a faixa mais curiosa, começa com aquele Blues que parece estar sendo tocado naqueles bares bem tradicionais, mas logo ganha aquele peso, mantendo o ritmo até começar a tomar forma do Thrash/Death tradicional da banda, ótima faixa.
A instrumental curtinha de “Last Tune Blues” é na verdade uma pequena intro para a regravação de “The Unholy Spell 2010“, regravação da faixa-título do álbum de 2001, que nessa regravação ficou ainda mais brutal. Na época, os membros da banda informaram que eles resolveram regravar essa faixa para que o publico europeu tivesse um entendimento sobre o trabalho inicial da banda.
Com uma pegada que sempre impressiona, o Torture Squad entregou um álbum espetacular, que empolga do início ao fim com Riffs matadores, passagens incríveis da bateria e com muito destaque para o baixo, uma mixagem bastante cristalina a crua. Vitão sempre destruía nos vocais da banda e mostra que até hoje é um dos melhores vocalistas do país, deixou o posto da banda, que está agora em boas mãos com a May ‘Undead’. Vida longa à essa grande banda que só nos dá orgulho na sua trajetória!
Formação:
Vitor Rodrigues (vocal);
Augusto Lopes (guitarra);
Castor (baixo, vocal de apoio);
Amilcar Christófaro (bateria).
Faixas:
01. Generation Dead
02. Raise Your Horns
03. Holiday in Abu Ghraib
04. 174
05. Storms
06. Azazel
07. Black Sun
08. The Spirit Never Dies
09. Last Tunes Blues (Instrumental)
10. The Unholy Spell 2010 (Bonus Track)