INTRODUZINDO: Quiet Riot é uma banda norte-americana de Heavy Metal formada em Los Angeles no ano de 1973 pelo guitarrista Randy Rhoads e pelo baixista Kelly Garni. Seu nome originalmente foi “Mach 1“, e posteriormente “Little Women“, e só a partir de 1975 a banda passou a se chamar Quiet Riot. A estória por trás do batismo do nome da banda versa que em uma conversa entre Rick Parfitt (da banda britânica Status Quo) e o vocalista Kevin DuBrowRick teria sugerido que a banda se chamasse Quite Right, contudo, devido ao seu sotaque britânico e voz grave, DuBrow teria por equivoco ouvido as palavras Quiet Riot.

A formação original era composta pelo guitarrista Randy Rhoads, o baixista Kelly Garni, o vocalista Kevin DuBrow e o baterista Drew Forsyth. Entretanto, sua linha de frente de maior sucesso comercial consistia em Kevin DuBrow ao lado do guitarrista Carlos Cavazo, o baixista Rudy Sarzo e o baterista Frankie Banali. Com essa formação, a partir do lançamento de “Metal Health” em 1983, alavancaram uma sequência de álbuns de influência no cenário do Heavy Metal mundial.

RELEASE: “QR” é o sexto álbum de estúdio da banda, e seria o “quarto self-title“, se contarmos dessa forma. O álbum apresentou uma grande mudança na formação: o membro fundador Kevin Dubrow foi demitido antes do início das sessões de gravação e substituído por Paul Shortino, vocalista do Rough Cutt. DuBrow havia feito comentários à imprensa de metal sobre a suposta superioridade do Quiet Riot sobre outras bandas, o que prejudicou as amizades que os membros do Quiet Riot tinham com essas bandas. A contratação de Shortino não foi a única mudança de formação, pois Chuck Wright havia deixado a banda sendo substituído por Sean McNabb. Isso deixou o álbum com a distinção de ser o único lançamento do Quiet Riot sem DuBrow nos vocais ou qualquer outro membro original até 1993. Mesmo sendo “supostamente inferior” aos antecessores, é um disco bastante enérgico, com várias passagens imperdíveis, um clássico na sua época.

DISSECANDO O DISCO: após uma breve introdução “de fritar o cérebro” – com uma distorção misturada a uma modulação bem interessante – “Stay with Me Tonight” chega de mansinho, crescendo, até chegar a um refrão daqueles! Este foi o único single do disco, e a única faixa que ganhou um video-clipe. Confesso que na primeira vez que a ouvi torci o nariz, acreditando tratar-se de uma música sem pegada nenhuma, ainda mais para uma faixa de abertura!… entretanto, felizmente me enganei, baita clássico pra ouvir durante uma viagem pela Rota 66, ou ainda, pra um bang with brothers em um show ao vivo! Pena que aparentemente, a atual situação de pandemia ainda persista… “Callin’ The Shots” chega com aquela pegadinha “bem Hard”, tradicionalíssima da década em que foi lançado o álbum: guitarras empolgantes e vocais quentes. Não supera sua antecessora, contudo, é uma faixa bem interessante, com um breakdown lindo e um solo de tirar o fôlego.

Quiet Riot – Stay With Me Tonight

Run To You” se apresenta como a primeira “baladinha” do disco, fazendo uso do habitual “dedilhado com chorus”, causando aquele efeito de melancolia pura. É uma track bem interessante, que progride junto com a letra, que consegue expressar todo o sentimento da partida da amada e da luta do protagonista por reavê-la. Romantismo puro! Retomando o “calor”, “I’m Fallin” apresenta um riff carregado e arrastado até chegar o refrão, que na minha opinião, poderia ser mais “alto”. Mesmo assim, a canção não decepciona, apenas, “poderia ter sido ainda mais explorada”… “King of the Hill” aparentemente possui um andamento mais acelerado comparada às demais, mas, nada que seja algo muito fora do contexto. Não senti a empolgação que a música “deveria” expressar. As “harmônicas” durante o verso se destacam em meio ao som e o breakdown meio irônico faz bem seu papel. “The Joker” trás uma pegada bem “blues“, com coros bem elaborados e um refrão forte. Essa faixa sim empolga! A seguinte, “Lunar Obsession”, tem uma proposta diferente: se trata de uma instrumental de guitarra com ambiente, soando até “estranho” ao som da banda. “Don’t Wanna Be Your Fool” é mais uma balada, com uma pegada mais forte que a anterior. “Coppin’ A Feel” apresenta uma pegada Rock’n’Roll, com um swing dançante e um refrão “legal”, nada extraordinário… “In A Rush” se mostra agitada, bastante parecida com “King of the Hill“. “Empty Promises” resgata o interesse do ouvinte, com uma pegada forte, empolgante, e um refrão marcante. Uma bela faixa para encerrar o disco.

CONCLUSÃO: “QR” é um disco bom, com uma ou duas músicas que podem compôr um Greatest Hits do Quiet Riot, contudo, de longe não é o melhor disco da banda (sou fã do “Condition Critical” e principalmente “Metal Health“). Vale a pena ouvir, claro(!), pois da mesma forma, de longe trata-se de um disco ruim.

NOTA: temos aqui um tradicional clássico do Hard Rock dos anos 80′. Pelo valor dessa Era e por cumprir os quesitos da época, facilmente podemos atribuir um 8.0.

Quiet Riot – “QR”
Lançamento – 21 de outubro de 1988
Gravadora – Pasha Records

Tracklist:

Stay with Me Tonight
Callin’ the Shots
Run to You
I’m Fallin
King of the Hill
The Joker
Lunar Obsession
Don’t Wanna Be Your Fool
Coppin’ a Feel
In a Rush
Empty Promises

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