Depois do aclamado “Glory to the Brave”, os suecos do Hammerfall, ávidos para se estabelecerem como uma nova força do Power Metal, lançam após um ano, um dos melhores álbuns de sua trajetória: “Legacy of Kings”.
Liderado por Oscar Dronjak, o Hammerfall finalmente deixa o status de promessa do Power Metal e abarca uma sonora legião de fãs ao redor do mundo. Podemos dizer que “Legacy of Kings” é o trabalho que colocou a banda entre os grandes nomes da cena. E tem motivos de sobra para acharmos isso. É realmente um disco bem consistente e muito bom, graças principalmente às composições de Jesper Strömblad, nome criativo e inspirador dentro da banda, apesar de não instrumentalizar dentro deste trabalho.
A cavalaria sueca inicia o trabalho com destruidora “Heeding the Call”, rápida e com um refrão simples e direto, com corais ao fundo, a música se tornou clássica em shows da banda. Aliás, o trio que abre “Legacy of Kings” são faixas essenciais nos shows da banda. Estamos falando da faixa título do disco que vem na sequência e de “Let the Hammerfall” uma das melhores da banda de todos os tempos. Com uma pegada mais Hard Rock e com uma levada bem marcada pelas guitarras de Dronjak/Elmgren e pelo timbre de Joacim Cans.
“Dreamland” é outra faixa que vem mostrar toda a personalidade que a banda. Ótimos solos, riffs e pedais duplos bem trabalhados que dão o ritmo acelerado e galopante que os fãs ouviram durante “Glory to the Brave”. Na quinta faixa do trabalho surge uma das baladas mais épicas do Power Metal, sempre cantada pelo coro dos fãs aficionados. Estamos falando da lindíssima “Remember Yesterday”. Aqui Joacim Cans demonstra toda sua extensão vocal e o Hammerfall prova que também sabe compor ótimas baladas metálicas. É uma faixa bem arrastada, mas com solo e um refrão bastante cantante. É uma faixa que entrou para a história.
“At the End of The Rainbow” com seu baixo forte, à lá Steve Harris, fazendo a marcação firme do tempo é outra daquelas que poderiam ser tocadas mais vezes nos shows. Mais densa e trabalhada em certos aspectos, é uma das faixas menos conhecida, porém bem executada pelos suecos. “Back to Back”, uma cover do Pretty Maids, uma sucinta homenagem do Hammerfall ao grupo oitentista. Gosto muito desta cover, principalmente pela adaptação ao formato que a banda vinha executando até aquele momento. Ela se integrou muito bem sem perder a linha de trabalho do disco.
Fechando este belíssimo segundo álbum, “Stronger Than All”, “Warriors Of Faith” e “The Fallen One” são mais três faixas que não deixam o álbum cair em qualidade e continuam fazendo com que “Legacy” tenha o mesmo ritmo durante seus quase 40 minutos de Power Metal. Claro, “The Fallen One” é outra daquelas baladas que se tornam épicas. Uma faixa que abre com pianos e vocais de Joacim, mostrando sua competência a como headliner, repleta de batidas marcantes, solos magistrais e emocionantes para os verdadeiros fãs de Power Metal guardarem na memória. Álbum obrigatório para a história do Metal. E o meu favorito da banda que ainda teria mais um bom trabalho, com Renegade e posteriormente se perderia nos anos subsequentes.
Formação:
Joacim Cans (vocal);
Stefan Elmgren (guitarra);
Oscar Dronjak (guitarra e vocal);
Magnus Rosén (baixo e vocal);
Patrik Räfling (bateria).
Faixas:
01 – Heeding the Call
02 – Legacy of Kings
03 – Let the Hammer Fall
04 – Dreamland
05 – Remember Yesterday
06 – At the End of the Rainbow
07 – Back to Back (cover de Pretty Maids)
08 – Stronger Than All
09 – Warriors of Faith
10 – The Fallen One