Corona Nimbus: entrevista com Junior Vieira

Corona Nimbus não existe há muito tempo, mas já se estabeleceu como um das melhores bandas da nova safra nacional ao produzir um metal diferenciado e viciante. Junior Vieira sabe compor de forma memorável, nos transportando para uma outra dimensão ao tocar riffs poderosos de guitarra e se entregando de forma visceral em suas apresentações ao vivo. O músico demonstra ter em sua essência  o espírito do punk, o pavor existencial sombrio do metal, a jam psicodélica do stoner metal e os fantasmas da utopia do som de Seattle.
O Corona Nimbus é uma banda fora do comum, que não segue a roupagem  tradicional do metal, e que  mescla de forma inovadora diversas vertentes musicais como rock, metal, música alternativa, sludge, stoner e nuances de ritmos regionais e brasileiros.  Corona Nimbus são antônimos, podendo também ser sinônimos, são os dois lados de uma mesma moeda, são dois corpos, dois espíritos, são pensamentos emergentes de uma mesma mente!
Conversamos com o músico Junior Vieira sobre trajetória, influências musicais, equipamentos e outras curiosidades. Confira
Você e a Corona Nimbus apresentam uma sintonia e harmonia sonora fora do comum. Como que funciona a parceria de vocês como músico e amigos dentro do projeto?  
Somos pessoas bem diferentes em quase tudo e talvez isso tenha sido uma chave pro que a Corona Nimbus é em sua “personalidade sonora”, mas separamos bem nosso lado profissional da amizade e seguimos isso como uma forma pra que as coisas andem como devem andar.
Dentro do cenário do rock, metal e stoner brasileiro, você costuma acompanhar bandas com trabalho autoral? E sobre as estrangeiras, alguma atual que tenha lhe chamado a atenção?
Por incrível que pareça, todas as bandas brasileiras que conheço nessa pegada vieram de Júlio, ele sempre foi o meu  “padrinho” nesse estilo de som. Bandas como Ego Kill Talent e Black Drawing Chalks foram as que mais curti! Gringa, atualmente, a galera do Baroness, vocês precisam escutar a discografia deles, vão gostar muito!
Que dica você daria a músicos brasileiros, amadores ou profissionais, que tem medo de experimentar e inventar coisas novas em suas músicas?
Eu sou novo nisso pois é a primeira vez que me permito deixar algo fluir sem “controle” no automático, e ao menos para mim foi a melhor experiência que tive, ter uma intimidade com sua “entidade” artística e deixar ela falar a vontade!
Qual modelo de guitarra, cordas e amplificadores você usa? Conta pra gente a relação de amor com seu instrumento.
No momento eu tenho 3 guitarras , LTD st203fr super strato que é uma ótima guitarra, muito versátil e você pode tocar do mais pesado ao mais leve como blues por exemplo uma ótima variação de timbres em cada mudança de chave, uma Cort modelo Kx5 com caps malagoli e uma Dean Eric Peterson com caps signature Joe Satriane na ponte!
Amplificador é um Marshall 100dfx , cordas uso elixir 0.12 e uso set de pedais @noiselab o qual sou endorse, (aos que ficaram curiosos só dá uma sacada na insta da Noise).
Minha relação com instrumentos começou quando criança na igreja que minha vó me levava, sempre quis tocar bateria mas nunca deixaram porque diziam que eu iria quebrar (risos) e acabou que um dia eu tive oportunidade de tocar e deu certo, com 13 anos comecei a tocar bateria e, aos 17, quando peguei pela primeira vez na guitarra, resolvi ser guitarrista a partir daquele momento.
Quais são as suas maiores influências musicais? Pra você qual é o maior guitarrista de todos os tempos?
Pantera e Black Sabbath são as mais fortes, inclusive tenho um tributo ao Black Sabbath chamado Magalomania Black Sabbath Tribute com meu irmão Jemm Lacroix. Guitarrista preferido são dois em particular, Dimebag Darrel e Tony Iommi.
Suas linhas de guitarra são um dos pilares que formam a banda, apresentando técnica e emoção.  Você sempre crias suas linhas pensando assim ou elas acabam saindo naturalmente desse jeito? O que conta mais pra você na hora de compor, emoção ou técnica?
Elas sempre saem, toda vez que tentava pensar em algo não saia nada (risos), todos os solos foram feitos no dia da gravação e saíram no famoso feeling.
Como a música surgiu em sua vida?
Pode parecer clichê mas eu vivia batendo em lata de Mucilon e Leite ninho e usava raios de bicicleta como baquetas.
Tem algum show ou momento na história do Corona Nimbus que você ache que foi o melhor?
Nas gravações e quando abrimos pro Hellacopters no festival PontoCE em Fortaleza-CE, no qual eu perdi o bus por conta de documentos (risos). Fiquei muito puto e ainda por cima minha mala com minhas roupas e equipamentos foram parar na garagem, por pouco ficava sem eles!
Qual a sua faixa favorita do novo disco?
Difícil escolher uma, mas eu gosto muito de ‘Throw Me At Sea’
 
Confira aqui “Corona Nimbus”:
https://spoti.fi/3bnxMcj
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