Diretamente de Dever, Colorado, nos Estados Unidos, chega esse projeto chamado Cindered Heart. Trata-se de uma ‘one-man-band’ comandada por Paul Brainerd, mas, que segundo o próprio, vai muito além disso. “Cindered Heart é mais do que música — é minha sobrevivência, minha história e meu fogo”, comenta ele no trabalho de apresentação.
Apesar de ele ter posto o trabalho em prática neste ano de 2024, a concepção surge há mais de 15 anos. Logo nota-se porque estamos diante de um trabalho tão consistente e maduro. Não poderia ser por menos, afinal de contas trata-se de um músico mais que maduro, experiente e de bom gosto.
No Cindered Heart, Paul destila todas as suas influências musicais, além de temas que o diz respeito. E é incrível como as letras encaixam no contexto social, afinal, podem ser interpretadas por diversos ângulos. Isso acaba sendo outro trunfo do artista e, melhor ainda, algo totalmente natural.
Musicalmente, o Cindered Heart tem como mote o rock industrial, mas carrega muito do hip-hop, gothic industrial e aquilo que costumam chamar de vamp trap, que seria um darkwave um tanto quanto mais descolado. Já os temas, segundo o mentor do projeto “é uma CAUSA para qualquer um que já foi incompreendido, qualquer um que lutou na escuridão e qualquer um que lutou para alcançar seu próprio poder”.
Intitulada “Queen of Decay”, a composição prima por trazer elementos de sintetizadores inquietantes, que são os condutores das bases da canção. Além disso, a batida programada e o fundo sombrio, que nos lembra trilhas de filmes de terror, também são oriundos de elementos sintéticos. Tudo fazendo parte da proposta do projeto.
Com vocais intimistas em sua maior parte, a música traz linhas guturais quando mais pede, explodindo em peso. Já a agressividade fica por conta de como Paul conduz a composição, deixando-a mais pesada do que se imagina. Tudo enquanto canta sobre decadência, renascimento e a luta para se levantar contra um mundo implacável. Ou seja, algo que casa muito bem com a sonoridade.
Mas, o mais legal do Cindered Heart é provar que pode ser agressivo, pesado e visceral sem ser necessariamente orgânico e/ou conter bases de guitarras. Basta ouvir “Queen of Decay” e comprovar isso. Claro, muitos podem resistir ao trabalho, mas que ele é fenomenal e consegue essa façanha não há dúvidas. No mais, além de tudo, a composição acaba soando abrangente, e poderá agradar desde góticos, fãs de industrial, synthwave, rock e fãs de eletrônico em geral.
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