Há quem insista em dizer que o rock está morto. Também há quem diga que o rock nem existe no Brasil. Provavelmente quem repete esse ‘dogma’ é que não está vivo ou vive alienado pela mídia de massa que só entrega música de qualidade duvidosa movidos a jabá e superficialidade.
Temos aqui uma prova de que o rock está vivíssimo, e rock brasileiro de qualidade, além de vir de um lugar onde o estilo sempre foi prolífico e abrangente. Porque o Sr. Garvim chega com mais um novo som, diretamente de Araguarí/MG, horando o gênero e nos orgulhando com som portentoso e letra de respeito.
Dessa vez eles chegam com um trabalho um tanto quanto mais dramático, com riffs magistrais de guitarras, cozinha com a pegada de sempre e vocais que cantam sobre a meritocracia, tão imposta pela sociedade e toda a hipocrisia que a circunda. Tudo de uma forma sublime (principalmente para os padrões da banda).
Denunciando um sistema capitalista egoísta e predatório, onde aqueles que deveriam ser os verdadeiros representantes do povo acabam se aliando aos interesses de uma minoria privilegiada, a banda destila um rock bruto autêntico, que ainda tem elementos do rap e hip-hop, com um tempero daquele rock nacional que somente a gente conhece.