O último lançamento do Condemned-AD, depois do álbum “Follow a Failing Leader” de 2022, foi o EP “The Human Machine” (2024). Atualmente, o quarteto sueco apresenta os músicos Micke “Klecken” (guitarra, vocal e mentor da banda), Jan “Jason” (guitarra), Mattias “Pils” (baixo) e TBA para bateria. Contudo, Klecken foi responsável pela gravação dos instrumentos desse trabalho, exceto a bateria que ficou a cargo do grego Kostas Vass. Essa gravação aconteceu no 4 White Walls Studio, na Suécia, embora as mixagens e masterização tenham ocorrido no Titans Lab Studio pelo Riccardo Daga. Na sequência, a banda saiu em turnê pela Europa.
Assim como músico multi-instrumentista, o homem de frente Klecken também compõe tudo aqui. Ou seja, as três músicas desse EP saíram de sua cabeça e, a exemplo de “Pray”, podemos afirmar que “The Human Machine” segue os preceitos do thrash metal. À primeira audição, você logo se depara com riffs nebulosos e voz agressiva. Para pessoas que curtem climas mais densos ouvirão aqui boa experiência, pois há uma energia mais acumulada nas notas. No entanto, perceberão a fluidez dos acordes banhando-se do peso. Além disso, existe um trabalho de baixo muito presente na cozinha, ao colocar mais lenha na fogueira com suas marcações.
A execução seguinte é a expressiva “Human Machine” que possui um traço mais alternado entre peso e velocidade. Por conseguinte, a música que sugere ser a faixa título, possui harmonias mais soltas ocasionando bons momentos no que se refere a melodia. São frases mais longas, vocais mais emotivos e um grau de complexidade mais elevado. A pesar disso, o peso continua regular e com intensidade adequada. Alguns momentos mais melódicos, como dedilhados limpos e cadenciamento bem encaixado corroboram para a boa audição da canção. Podemos dizer que Condemned-AD é uma personificação de suas influências dos anos oitenta e noventa.
Pegando o gancho das referências, é comum encontrarmos na música do Condemned-AD correlações advindas de nomes como Machine Head, Sepultura e Pantera. Caso a banda tivesse existido no começo dos anos noventa, onde esses grupos fizeram estardalhaço, músicas como “I Don’t Need Your War” seriam apreciadas e hoje já estaria entre os clássicos mundiais. Essa canção representa o ponto comum entre peso, melodia e groove. Trata-se de andamento perfeito da bateria, riffs instigantes de guitarra e vocais cativantes. De maneira idêntica, segue a qualidade das linhas de baixo que, em dado momento, arrisca até um pequeno solo como ponte. Trabalho primoroso!
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