Catherine Elms é uma cantora, compositora e pianista dark alternativa galesa. Em sua jornada, ela já lançou um álbum, “I have seen it, i do note fear it” (2022), um EP, “ARCANA” (2023), além de alguns singles, incluindo este mais novo, “Medusa”, que acaba de ser lançado e vem para realçar uma carreira regular.
Conhecida por suas performances carregadas de emoção e composições assombrosas, Catherine mantém essa máxima com uma sonoridade única. Sua música explora temas de escuridão interior, transformação e empoderamento por meio de arranjos ricamente texturizados e lirismo poético, e aqui, sua proposta não se difere do que ela vem trabalhando.
Como é de conhecimento popular, a ‘Medusa’, na mitologia grega, era um monstro ctônico do sexo feminino, uma das três Górgonas. Filha de Fórcis e Ceto, quem quer que olhasse diretamente para ela seria transformado em pedra. A galesa, em sua letra, pega uma metáfora e transforma num lirismo encantador.
Na letra, ela usa o mote da sedução, tão comum nas histórias da figura mitológica, e transforma em algo sobre encontrar poder nas partes de si mesmo, que lhe disseram para esconder, as emoções confusas, ciumentas ou obscuras que nos tornam humanos. “É um chamado para abraçar suas falhas e aprender a amar o monstro interior”, segundo a própria artista.
Para a trilha sonora dessa bela licença poética, Catherine foi categórica e entrega uma faixa cheia de trejeitos e mesclas de estilos, que acaba soando perfeita para o tema, além de manter suas características moldadas até os dias atuais.
“Medusa” é uma música que une elementos mais enraizados, o rock alternativo e até mesmo elementos eruditos, soando simplesmente única, como deve ser. Tudo bem produzido, e conduzido com uma coesão absurda, que a faz ser ainda mais prazerosa de ouvir, nota por nota, canto por canto.
A música, com sua levada cadenciada, traz um piano obscuro, com teclas graves, que já dão a vibração necessária. Logo, o apoio das guitarras distorcidas chega dando ainda mais pompa à faixa, que ainda se desfruta de uma cozinha precisa, que não perde a mão no ritmo que parece simples, mas é mais complicado do que se imagina.
Tudo tendo sua bela voz à frente, afinal de contas, Catherine se mostra uma cantora atemporal, carregando um timbre privilegiado do qual ela sabe controlar perfeitamente. “Medusa” é um rock alternativo com boas doses de gótico, pois tem um lado sombrio encantador, típico da artista.
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