Mariah Carey, Jessica Simpson, Miley Cyrus… e Cannibal Corpse! Esses são alguns dos artistas que tiveram vídeos clips feitos pelo diretor de cinema Brett Ratner, segundo os sites especializados. Não dá para acusar o sujeito de ficar preso a segmentações.
Brett é um nome do médio escalão hollywoodiano. Acumula alguns sucessos de bilheteria e trabalhos elogiáveis, mas nada que o transfira para a companhia do panteão principal. Entre blockbusters, no estilo do filme de encerramento da primeira trilogia da franquia X-Men, em “X-Men – O Confronto Final”, ou a efetiva mistura de ação e comédia da outra franquia, “A Hora do Rush”, podemos pincelar uma ou outra produção elaborada com um pouco mais de esmero. A fábula “Um Homem de Família”, com Nicolas Cage e Téa Leoni seria um desses, bem como o excelente “Dragão Vermelho”, que joga mais luzes sobre o personagem Hannibal Lecter, consagrado pelo ator Anthony Hopkins, desta feita acompanhado por Ralph Fiennes e Edward Norton.
O disco do Cannibal Corpse que originou a presente música foi “Kill”, de 2006, mesmo ano do filme dos X-Men. Talvez por estar demasiado ocupado com um filme de orçamento tão alto, Ratner não inventou muito aqui. O clip é bem feito, mas sem grande inventividade. Cenas da banda tocando se intercalam com o surgimento de um rapaz enclausurado e apavorado com a situação. A edição é rapidíssima, para criar sincronia com a música e o clima de insanidade é reforçado pelo frenético jogo de luzes.
Ter sido realizado por um diretor famoso não fez deste clip do Cannibal Corpse uma peça de divulgação melhor do que as outras já feitas pela banda. O mundo em que esta lenda do Death Metal transita consegue, na maior parte das vezes, compreender o humor negro e a sanguinolência exagerada de suas letras. Existem, porém, situações que não admitem margens de interpretações. Os fatos envolvendo o diretor são de extrema gravidade: Brett está sendo acusado de assédio sexual por um grupo de seis atrizes, dentro da onda de escândalos que se ergueu em Hollywood no último ano. Que tudo seja apurado e, se houver culpa, que a lei seja cumprida com rigor.
