“Frantic”, do Burn My Shallow Ground, condensa matrizes do metal industrial em uma experiência inebriante. A faixa se apoia em camadas eletrônicas, organizadas em ritmos que atuam como eixo da composição. Guitarras graves e comprimidas ampliam a estrutura sonora.
Longe do esquema verso-refrão confortável, a estrutura aposta na acumulação progressiva. Texturas se adensam, a bateria de Anton Fingerhut alterna precisão e impacto, enquanto o vocal transita entre atmosfera e explosão. No refrão, “Frantic — save my darkness!” sustenta um clímax tenso, claustrofóbico.
A produção de Daniel Graves garante nitidez, com mixagem e masterização de Benjamin Lawrenz preservando o peso. O resultado soa direto, denso e deliberadamente desconfortável.
Confira: