O Brutallian lançou à menos de uma semana, seu segundo álbum de estúdio, “Reason for Violence”, que está disponível em todas as plataformas de Streaming do mundo, já vem recebendo destaque em vários sites e mídias especializadas do Brasil, Europa, América do Sul e Central.
Com 11 faixas avassaladoras, os músicos do Brutallian, liberaram aos fãs o conceito de cada faixa do disco “Reason for Violence”. A intenção é deixar claro para os seguidores do grupo, qual foi a intenção e direcionamento em cada letra inclusa no disco. Abaixo você poderá escutar o álbum pelo Spotify e entender o sentido de cada uma das músicas de “Reason for Violence”.
- Reason for Violence: O motivo de abrir o CD com esta é justamente chegar com o pé na porta. A banda queria um início ainda mais agressivo que Blow on the Eye. Sonoramente temos um thrash metal rápido com uma levada contínua e grooves milimetricamente inseridos. Um cruzamento do Kreator com Judas Priest. Neste caso, o pré-refrão possui os corais que caem exatamente num refrão simples e pegajoso, ferozmente gritado por Pablo Barros. A letra faz uma crítica ao tipo de ser humano que utiliza vários fatores de sua vida como infância ou religião para justificar seus próprios desvios, sejam estes, racismo, preconceito em geral ou qualquer problema de caráter.
Fear Inside Rage Outside: Assim que essa música foi composta, foi escolhida imediatamente como primeira a ser trabalhada. Ela sintetiza toda a intenção com este novo CD. Modernidade e pegada thrash. Uma música de aceitação imediata para agradar os fãs antigos e conquistar novos. Vocais mais graves cheios de drive e palhetada atual regem esta música. A letra trata de uma análise de todo comportamento gratuitamente agressivo, que na verdade tem origem em temores internos do próprio agressor. Ao mesmo tempo cita atitudes desesperadas que tem origem de situações extremas, ou seja, como alguém submetido a uma circunstância terrível, mesmo com medo, pode reagir com agressividade.
3. Matracada: Tema instrumental que remete aos aspectos regionais do estado de origem da banda, o Maranhão. Instrumentos do bumba-boi brilhantemente tocados pelo Caio D’Carvalho, dando vida a essa composição. Feita para servir de introdução aos shows da banda, acabou sendo lançada justamente no período junino.
4. Cast in Iron: Experimentando uma afinação diferente da geralmente usada pela banda, Cast in Iron foi criada a partir da levada e já com a motivação de ser a primeira música dos shows. Tendo Iron no título, coincidentemente ela puxou vocalizações utilizando beltings. Algo próximo da carreira solo do Bruce Dickinson, porém, “brutalizado” pelo estilo da banda com a bateria magistralmente encaixada principalmente no refrão. Nesta há um solo espetacularmente visceral do Matteus Cavina da banda radicada em Londres Cavina. A temática desta música é simplesmente a dificuldade que o estilo de vida do Heavy Metal carrega e toda a carga de preconceito que ainda é enfrentado pelos headbangers. Também uma crítica sutil à forma como somos vistos, mas, principalmente a demonstração de que a desistência não é; uma opção para quem é movido pela crença.
5. The Ride: Diminuindo um pouco a velocidade do álbum, mas, aumentando o peso, temos The Ride. Uma pegada Sabbath com vocais clássicos misturando influências que vão de Dio a King Diamond. Essa música possui 3 fases, sendo a última um solo inspirado sobre uma cozinha brutal. A letra filosofa sobre o conceito de Mark Twain, onde a jornada é mais importante que o destino. Trata de pessoas que deixam a vida passar buscando um objetivo que geralmente não é alcançado.6. Love is All Around (But the World): Talvez a música mais veloz da carreira da banda, esta música figura facilmente como um dos pontos mais viscerais dos shows. Um heavy/thrash com 200 bpm de fazer o headbanger mais sonolento se movimentar freneticamente. Nela há a espetacular participação do genial Vitor Rodrigues (ex Torture Squad e Voodoo Priest) num dueto não menos fantástico com Pablo Barros, onde o contraste de vozes carrega um dos pontos altos do CD. A letra fala sobre assuntos diversos como propaganda enganosa, assédio sexual, racismo, discriminação de gênero, padrões de beleza, intolerância religiosa e outros, demonstrando assim, o teor ácido e o sarcasmo do título, tudo vociferado pelos dois cantores.
7. Rear Naked Choke: Uma música bem trabalhada, com diferentes nuances e mudanças de andamento. Temos aqui um thrash metal com a voz encaixada nos riffs, pré-refrão na velocidade da luz e refrão groovado caindo num solo psicodélico. Uma das mais pesadas do CD. A temática passeia por um tema de ilusão da vida por padrões pré-estabelecidos e fases da existência sem sentido. Numa analogia ao golpe de jiu-jitsu mata-leão, que batiza a canção, temos o pré-refrão detalhando o golpe, numa tentativa de demonstrar que tais ilusões trazem sufocamento ao indivíduo, que acaba envelhecendo na frustração.
8. From Hell We Are: Puro groove e palhetadas brutais são os guias desta música. Aqui temos a participação de vários cantores de Heavy Metal do Maranhão como Eraldo Jr (Purpura Ink), Henrique Sugmyama (ex Furia Louca), Fagner Limam (solo) e Nyelson Weber (Tanatron), onde cada um conseguiu impor seu estilo para encaixar na proposta do tema. A ideia de trazer esses cantores maranhenses é dar mais cara à temática da letra que fala sobre xenofobia, especificamente sobre os preconceitos contra nordestinos e também sobre os problemas da região que é assolada por corrupção política e o atraso que isso trouxe ao estado do Maranhão.
9. Real life is not what you’re looking for: Uma pegada rápida e moderna, esta música passeia pelo heavy metal com roupagem atual. Grande refrão com riff à Pantera. Uma das mais empolgantes pelo ritmo imposto. A letra fala de pessoas que preferem se esconder e esperar, ao invés de buscar o que desejam. Vivem uma mentira e se dão por satisfeitas. De uma forma geral, uma ode à hipocrisia do ser humano.
10. A Tomorrow’s Nightmare: Com um riff “metralhante” e a cozinha acompanhando cada palhetada, esta canção é também cheia de groove. Uma linha vocal com um toque de Black Label Society e um solo sobre uma base “sabbática”, traz uma interessante e pesada mistura. A letra vislumbra um mundo caótico em decorrência das atitudes humanas em geral.
11. Sagacious Amra: Fechando o CD de forma épica, Brutallian entrega este petardo de aproximadamente 10 minutos. Musicalmente, é como se o Led Zeppelin encontrasse o Pantera. Um trabalho de guitarras soberbo servindo de base para linhas vocais extraordinárias com nuances mais graves, outras extremamente agudas, um refrão pegajoso e um final apoteótico cheio de corais com inspiração no Savatage. No meio da música uma mudança de andamento que vira um thrash metal brutal. Esta música merece uma resenha à parte devida à ousadia e qualidade. A parte lírica é um ponto fora da curva em relação à temática geral do álbum. Ela trata de um personagem famoso dos quadrinhos, que nasceu de livros e possui 3 filmes. Para não dar spoilers, podemos dizer que a letra usa frases de efeito retiradas dessas 3 mídias e o próprio título da música é uma alusão a um dos codinomes do personagem nas revistas. Coisa de fã para fã que se encaixou perfeitamente na parte instrumental.
Faça um bem aos seus ouvidos, escute “Brutallian – Reason for Violence” no último volume!!
Formação:
Pablo Barros – vocal
Lex Wave – guitarra
Fabio Matta – baixo
Raul Campos – bateria
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