Em sua passagem por Madrid para uma palestra de divulgação de sua autobiografia, Bruce Dickinson aproveitou e concedeu uma entrevista para o programa da TV espanhola Late Motiv do apresentador Andreu Buenafuente.
Na conversa, o vocalista contou histórias sobre sua infância, seu primeiro encontro com Ian Gillan, sua aventura em Sarajevo e também falou da sua experiência como piloto de aviões e explicou o motivo do Iron Maiden não escrever baladas.
Já de cara, a banda do programa recebe o vocalista ao som do clássico “Speed King” do Deep Purple, que fez Dickinson relembrar a primeira aventura da noite. Bruce contou que na juventude, quando ouviu aquela música pela primeira vez, foi até o quarto do tio para perguntar do que se tratava e que foi assim que ele descobriu o Deep Purple. Bruce também revelou que naquela época queria ser baterista e que Ian Paice exerceu um grande impacto no então jovem Dickinson:
“Ian Paice foi um dos meus heróis. Eu tive muita sorte. Bem, acabei conhecendo Ian Gillan primeiro, em um banheiro, o que foi um pouco estranho, pois eu estava com a cabeça presa no vaso do banheiro do estúdio onde nós estávamos gravando com Samson”. Bruce tinha exagerado nas cervejas antes do vocalista do Deep Purple entrar para perguntar quem estava cantando. “Eu havia dado meu melhor, usando o estilo de cantar de Gillan em todo o álbum, aí entra na porta do estúdio o meu herói, que estava me ouvindo cantar como ele”. Gillan elogiou Bruce, o que provocou uma reação que levou o jovem “Bruce Bruce” ao banheiro para vomitar. “O próprio Gillan tirou minha cabeça do vaso, enxugou meu rosto e me mandou para casa em um táxi”. Quando o entrevistador brincou sobre isso só acontecer no Rock n’ Roll, Bruce acrescentou que “Acho que alguns políticos também conseguiram o seu lugar assim”.
Sobre o fato de o Iron Maiden nunca ter escrito canções de amor. Bruce foi enfático: “Porque isso é uma coisa chata. Nunca faremos isso. Escrevemos cancões sobre a morte, ressurreição, guerra. Estamos felizes desse jeito. Se você vai dar uma festa, que lugar é melhor que no inferno? Tudo o que é divertido vai estar lá embaixo. É como diz o AC/DC, o inferno não é um lugar ruim para se estar”.
Ao responder sobre a aposentadoria do Iron Maiden, Bruce disse: “Não vejo nenhuma razão pela qual nunca devamos nos aposentar. Como piloto de uma companhia aérea, aprendi que ninguém morre no avião. Ninguém está morto até que alguém legalmente diga que está e quem é o responsável, o que o matou. O mesmo acontece com as bandas de rock, nós nunca vamos morrer, mesmo morrendo de verdade, nós nunca estaremos mortos”.
Assista no link abaixo a entrevista na integra:
Fonte: ironmaiden666
