Mesmo de despertar melódico, a canção já preludia o caos, a angústia e a agonia perante um instrumental de esfera rítmico-melódica lexicalmente dramática. Agraciada por marcantes nuances épicas, a faixa traz consigo grande participação do teclado, o que lhe confere uma inclinação operística notável e propriamente dramatúrgica.
Conforme vai ganhando a presença cada vez mais insana e incendiária do bumbo, o qual passa a se mover por entre trotes insistentes, sequenciais e imparáveis, a faixa deixa que as sombras dominem a sua essência. Não é à toa que a voz do vocalista, rasgada, soturna e quase fantasmagórica, transforma Run To The Bunkers em uma faixa de atmosfera trevosa.