O cantor BLAZE BAYLEY (ex-Iron Maiden) diz:
“BRUCE DICKINSON sempre apoiou minha carreira solo”
Hayley Leggs, da Total Rock Radio, realizou uma entrevista com o vocalista britânico Blaze Bayley (ex-IRON MAIDEN, WOLFSBANE) na edição deste ano da Hammerfest, que foi realizada no fim de semana passado em Pwllheli, País de Gales/Reino Unido. Sobre os comentários feitos por Bruce Dickinson, sobre o tempo em que Blaze estava na banda: Blaze: “Conheço Bruce há muito, muito tempo. E antes de me juntar ao IRON MAIDEN, estávamos em Nova York com o WOLFSBANE fazendo um show e Bruce apareceu, nos comprou uma cerveja e mantivemos esse costume. Quando eu estava no MAIDEN, Bruce foi muito solidário e, depois (que ele já estava de volta ao MAIDEN), apoiou minha carreira solo e de fato; no último álbum, eu quis fazer um vídeo pra música que chama-se ‘Escape Velocity’ e o coro é a frase: ‘Eu vou voar’. Então, eu pensei: ‘Sabe, seria ótimo se pudéssemos usar um simulador de vôo. E quem eu conheço? Hmmm‘. Então entrei em contato com Bruce e ele me permitiu usar um dos simuladores de vôo de sua empresa. Quero dizer, isso custaria uma fortuna, se você tivesse que pagar por isso, e ele me deixou usar isso o dia todo, e filmar nosso vídeo para “Escape Velocity”. Foi incrível. Foi fantástico. Ele foi muito solidário. Sempre que estamos juntos em uma sala, dizemos “Ola”. Há um momento e um olhar entre nós, e eu acho que é uma coisa não falada, que acabamos por nos conectar e pensar: “Existe uma outra pessoa que sabe o quão difícil é ser cantor do IRON MAIDEN [Risos]”. Sobre os desafios de ser acolhido pelos fãs do MAIDEN como o substituto de Dickinson: Blaze: “Realmente, minha voz é muito diferente da de Bruce. Quero dizer, ele é uma voz lendária e marcante do Metal pesado, e minha voz é muito, muito diferente. E acho que talvez o MAIDEN realmente queria uma mudança, eles queriam uma voz diferente naquela época com os álbuns, ‘The X Factor’ [1995] e ‘Virtual XI’ [1998], em que eu estava. E foi o início da era progressiva do IRON MAIDEN com a qual estamos familiarizados agora, com as músicas mais longas e maior produção e tudo. Então eu sinto que eu estava lá em um momento importante na história da banda, embora possa não ter sido tão popular entre todos os fãs, e ainda há muitos fãs de MAIDEN que me odeiam. É um momento interessante. E agora, os álbuns ‘The X Factor’ e ‘Virtual XI’ foram lançados em vinil e eles foram remasterizados, e essas versões de vinil remasterizadas são muito mais fortes do que as versões de CD originais. Tem um público muito pequeno, e é uma pequena quantidade de fãs que esta se interessando por mim na reedição do vinil”.
Nas linhas de composição, ele aprendeu como ser membro do Iron Maiden, e conclui: “Eu tenho que dar crédito, na verdade, quando eu estava no Iron Maiden trabalhando com o baixista Steve Harris. Ele me ensinou muito sobre a composição de músicas e me ajudou a encontrar essa parte extra da minha voz, que é uma parte importante do meu som agora. E acho que o mais incrível foi quando estava lá com Steve e pude ver a ideia de sua cabeça, entrar na sala de ensaio e depois ir gravar o álbum. É uma verdadeira lição. Foi ótimo aprender isso. E assim, na minha trilogia “Infinite Entanglement“, existe uma forte influência desse tipo de relacionamento mentor onde aprendi muito,quando escrevi “Futureal” e “Virus” e “Man On The Edge” com Steve e o resto dos caras, aprendi muito com isso, e acho que é por isso que eu conseguiria ter a confiança para dizer: ‘Este não é apenas um álbum. Estes são três álbuns e é uma história… Isso ultrapassa três álbuns'”.
O terceiro álbum na trilogia “Infinite Entanglement” de Blaze foi lançado em 2 de março. Intitulado “The Redemption Of William Black”, é a terceira parte da trilogia, levando o conceito de ficção científica à uma conclusão.
“The Redemption Of William Black” é o décimo álbum da carreira solo do Blaze.