Em 04 de novembro de 1981, o BLACK SABBATH chegava ao seu décimo lançamento. E cabia a “Mob Rules” no mínimo, manter o mesmo sucesso que seu antecessor, o clássico “Heaven and Hell” obteve.
A banda se viu obrigada a recrutar um novo baterista, visto que Bill Ward, que enfrentava problemas de saúde e pessoais, havia acabado de perder seus pais. Ele abandonou a banda durante a turnê do disco anterior. A banda então, recrutou Vinny Appice, que realizou seu primeiro trabalho na banda compondo a música “Mob Rules“, que viraria o primeiro single e daria nome ao novo álbum.
Com nova formação, o BLACK SABBATH se reuniu no “Record Plant“, em Los Angeles, mesmo local onde a banda gravou “Heaven and Hell”, na companhia do mesmo Martin Birch e assim o álbum número dez fora concebido. No Reino Unido, o play foi lançado pela “Vertigo“, nos Estados Unidos, pela “Warner” e em outros lugares do planeta, foi lançado pela “Castle” e pela “Sanctuary“.
Como sempre fazemos, vamos lá colocar a bolacha para rolar: e a abertura se dá com “Turn Up The Night” que vem em grande estilo. A música é um metalzão para ninguém botar defeito. E com direito a um solo espetacular do “pai” Tony Iommi. E sem contar o vocal impressionante de Ronnie James Dio.
“Voodoo” é mais calcada no Hard Rock, em que os vocais de Dio duelam com as guitarras pesadas de Iommi. Excelente som.
“The Sign of the Southern Cross“, do alto de seus quase oito minutos é uma faixa mais Doom, com muita atmosfera e densa. E uma boa performance do estreante Vinny Appice. Além das guitarras certeiras de mr. Iommi.
“E5150” é uma intro com barulhos um tanto quanto chatos e desprezíveis. Nunca pensei que falaria isso de um disco do BLACK SABBATH, mas eles têm o direito de cometer equívocos. O bom é que a faixa é curta e logo entrada faixa título, que é uma típica música de Heavy Metal oitentista, onde tudo aqui beira a perfeição, tendo a música se findando com um solo muito bom.
“Country Girl” traz aquele BLACK SABBATH se distanciando daquele Heavy Metal que a própria banda criou, dos tempos de Ozzy Osbourne. Aqui ainda temos peso, mas é um som mais arrastado e que a voz de Dio se encaixa melhor. Uma grande música, mas quem conheceu a banda nos primórdios, estranha um pouco sim.
“Slipping Away” é outra que traz de volta os elementos Hard Rock, enquanto que “Falling off the Edge of the World” já apresenta um Heavy Metal mais moderno para a época, tendo, inclusive, riffs de guitarra que lembram e muito uma certa Donzela de Ferro, que emergia da mesma Inglaterra, naquela época. Excelente música.
E “Over and Over” encerra o disco de uma forma densa, porém, um tanto quanto melancólica. E com direito a um longo e poderoso solo de Iommi, abrilhantando este final.
E em 40 minutos temos este álbum que se não é tão brilhante quanto o anterior, tem seus bons momentos e que merece a homenagem prestada pela ROADIE METAL, A VOZ DO ROCK na presente data. “Mob Rules”ficou em 12º lugar nas paradas britânicas e em 29º nas americanas. A turnê deste play rendeu o álbum ao vivo “Live Evil”, porém, ao final desta, a banda perdeu Dio e Appice, iniciando uma nova busca por vocalista e baterista.
Só temos a lamentar o fato de a banda ter encerrado suas atividades, muito embora Toni Iommy tenha declarado recentemente que a banda poderá se reunir periodicamente para apresentações. Vamos ficar na torcida. E escutando “Mob Rules” no talo.
Lineup:
Ronnie James Dio – Vocal
Toni Iommi – Guitarra
Geezer Butler – Baixo
Vinny Appice – Bateria
Tracklisting:
01 – Turn up the Night
02 – Voodoo
03 – The Sign of the Southern Cross
04 – E5150
05 – The Mob Rules
06 – Country Girl
07 – Slipping Away
08 – Falling off the Edge of the World
09 – Over and Over