Black Masae: conheça o trio chileno que dá aula de rock ao vivo

Se você entrar em qualquer conversa de aficionados por rock, você vai sentir um apreço enorme por sonoridades ao vivo. Sejam elas em cima de um palco (de preferência), ao vivo em estúdio, ou seja, tudo ali gravado de uma vez e sem retoques finais na produção, e/ou uma ‘jam session’.

Isso porque o rock é visceral e um estilo de palco, que requer não só a sonoridade, mas a energia que emana ao executar uma canção. Por isso, só pelo fato de uma banda chegar com um disco ao vivo, ela já ganha alguns pontos com essa galera e é o que faz a banda chilena Black Masae.

Diretamente da belíssima Valparaiso, Gustavo Salas (guitarra), Giovanni Massa (bateria) e Diego Hernández (baixo) chegam com “Live at Alameda Sideral”, onde entregam uma performance que beira a perfeição e ainda conta com uma gravação muito boa, honesta e que condiz muito com o que o trio propõe.

Mas o que o trio propõe? A sonoridade o Black Masae colabora e muito com um trabalho neste formato, já que eles transitam pelo stoner rock, alternative rock, classic rock e blues, além de leves toques progressivos, que acabam surgindo naturalmente devido à versatilidade da banda.

“Sua música se desenrola como um ritual — riffs densos, grooves envolventes e uma sensação de transcendência que conecta o deserto e o cosmos”, revela o trabalho de apresentação e, ao ouvir o novo disco, não podemos discordar, pois é exatamente essa aura que sentimos neste grandioso trabalho.

São três composições onde eles não economizam no tempo, já que a primeira música, tem mais de 7 minutos e a que fecha o disco mais de 9, mostrando ao que eles vieram. Porém, a forma que destilam as faixas e a versatilidade das mesmas, fazem com que eles não caiam em algo cansativo.

“Burning Dog”, que abre o disco, é um bom resumo do que eles propõem e traz um riff de guitarra cheio de groove. A música nos remete ao Deep Purple, mas como se a banda inglesa soasse um pouco mais agressiva. Já a mais curta do disco, “What Have I Done?”, é ‘sabbatiana’ e mesmo assim ainda tem uma passagem psicodélica em seu cerne.

Fechando o disco, “Turn to Stone” traz um pouco mais de Sabbath, com tudo nítido e umas linhas de baixo simplesmente sensacionais. É bom dizer que a banda traz tal referências, mas tem toda uma personalidade própria! Ouça e comprove, que primor!

https://open.spotify.com/artist/blackmasae

https://instagram.com/blackmasae

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