Biografia: Tony Kaye – O Cavalheiro do Rock

Nascido Anthony John Selvidge, em11 de janeiro de 1945, em Leicester, Inglaterra. Filho de Winifred e Normam, tinha mais 4 irmãos. Sua família, de classe operária, também era musical. Sua avó era pianista concertista e seu avô, saxofonista de jazz. Após a morte de seu avô, herdou de sua avó seu piano de cauda, que ele tocava ainda pequeno. A ideia era que Tony se tornasse um pianista concertista, como sua avó. Aos 4 anos começou a ter aulas de piano formais. Sua professora, a sra. Flanagan, se tornou uma forte influência musical e filosófica pra ele. Já aos 8 anos, o jovem Tony já demonstrava gosto por tocar e demonstrou capacidade de recitar várias peças de música clássica. Aos 12 anos, participou de seus primeiros concertos, tanto solo, quanto em dueto no piano. Suas aulas se estenderam até seus 18 anos de idade.

Apesar de inicialmente desejar estudar na Royal College of Music, em Londres, com o intuito de se tornar pianista concertista, outro tipo de música começou a chamar a sua atenção, o Jazz. Músicos de Jazz, como Count Basie e Duke Ellington, assim como Victor Borge começaram a influenciá-lo. Ainda cursando o ensino fundamental, Tony formou um trio de Jazz, com amigos e aos 15 anos tornou-se membro da Orquestra Danny Rogers, de Leicester. Nessa época, Tony chegava a fazer 4 shows por semana. Tony também aprendeu a tocar clarinete.

Tony Kaye

Curiosamente, uma certa forte competição e sua falta de confiança, o fizeram não querer seguir a carreira de pianista clássico, assim como passou a desejar evitar o ensino de música, o que o levou a cursar por 3 anos, publicidade design, no Leicester Art College, embora ainda se apresentasse em grupos de música ou na Big Band, em seu tempo livre. Uma viagem à Europa o deixou confuso e insatisfeito, fazendo-o deixar a faculdade antes da formatura.

Ainda antes de completar 20 anos de idade, Tony abandou a formação clássica, passando a se dedicar ao pop rock. Com isso, mudou-se para Londres. Tony passou a frequentar o The Marquee Club, para ver bandas tocarem. Um desses artistas, o tecladista Graham Bond exerceu forte influência em Tony pelo seu estilo. Devido a um anúncio no Melody Maker, Tony entrou para o The Federals e gravou com eles vários singles entre 1963 e 1967. Em 1965, o grupo abriu para Roy Orbison, em turnê europeia. Tony então tornou-se membro do Yellow Passion Loaf e do Star Combo, de Johnny Taylor, seguindo para Winston’s Fumbs. Ainda neste tempo, Tony acompanhou o cantor francês Johnny Hallyday, em uma tour pela Europa e teve uma curta passagem como membro do Bittersweet.

Tony Kaye

Em 1968, Tony foi convidado a participar de ensaios com os membros da banda londrina de rock psicodélico Mabel greer’s Toyshop, que estava formando um novo grupo em tempo integral. Sugerido por Jon Anderson, que o conhecera um tempo antes, Tony foi abordado pelo baixista Chris Squire. Vale lembrar que sua audição foi um sucesso e foi efetivado como tecladista do novo grupo, que foi batizado YES. O grupo, ainda em 1968, partiu para uma turnê por todo o país. Com o dinheiro ganho, a banda comprou para Tony um órgão Hammond. Tony Kaye tocou nos 3 primeiros álbuns do Yes. Foi neste terceiro álbum (The Yes Album/1971), que apareceu a primeira composição assinada por Tony, na faixa conjunta de abertura “Yours is no Disgrace”. Em junho/ julho daquele ano, o Yes embarcou para a primeira tour americana da banda. Porém, por problemas entre Tony e o novo guitarrista, Steve Howe, que queria que a banda passasse a usar teclados eletrônicos e sintetizador, Tony Kaye deixou o Yes em agosto de 1971, antes das gravações do álbum seguinte, Fragile, sendo substituído por Rick Wakeman.

Tony Kaye com o Detective – 1977
https://www.youtube.com/watch?v=YHkHmUMYAn8

Com passar dos anos, Tony Kaye juntou-se a vários grupos, incluindo participações e apresentação com ex-colegas do Yes, como Peter Banks, Chris Squire, Alan White, entre outros. Em meados dos anos 70, Tony mudou-se para os EUA, estabelecendo-se em Los Angeles, na Califórnia, chegando a ser vizinho do baterista do Led Zeppelin, John Bonham. Pouco depois, Tony se juntou a David Bowie, na Jamaica, para a tour de apoio de lançamento do álbum Station to Station (1976). Em 1977, Tony passou a fazer parta do Detective, do cantor Michael Des Barres e chegou a abrir shows para o KISS. Em 1979, passou a trabalhar como produtor musical, também juntando-se ao Badfinger, até 1981. Então formou com alguns ex-colegas do Yes a banda Cinema. Após esse período, Tony Kaye retornou ao Yes, permanecendo até 1994.

Comemoração dos 50 anos do Yes: Da esquerda pra direita – Tony Kaye, Jon Davison, Billy Sherwood, Alan White, Jay Schellen, Geoff Downes, Steve Howe

Tony Kaye aposentou-se em grande parte da indústria musical, fazendo apenas performances esporádicas. Neste mês de setembro, foi lançado seu primeiro álbum solo, End of Innocence, para marcar os 20 anos do atentado das Torres Gêmeas, sendo um álbum essencialmente instrumental. Tony Kaye marcou a história do rock, não só por ser membro fundador de uma das mais influentes bandas progressivas, mas pelo seu jeito elegante de tocar teclados, de forma simples e solidária, evitando solos longos e improvisados. O biógrafo Tim Morse o classificou como o “Cavalheiro do Rock” por seu comportamento educado e aparência distinta. Em 2017, Tony Kaye foi induzido no Rock and Roll Hall of Fame, junto com seus ex-companheiros do Yes.

Tony Kaye

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