George Roger Waters nasceu em 6 de setembro de 1943, em Surrey, no sudeste da Inglaterra, próximo à área metropolitana de Londres, sendo filho de Mary e Eric Fletcher Waters. Seu pai prestou diversos serviços à Inglaterra ao longo da Segunda Guerra Mundial, sendo morto em 18 de fevereiro de 1944, nos campos de Anzio, onde hoje é a cidade de Aprilia, na Itália. Nessa época, Roger tinha apenas 5 meses de vida. Este evento, envolvendo a morte de seu pai, causou profundas marcas em Roger, acabando por servir de pano de fundo para diversas de suas futuras composições. A morte de seu pai culminou com a mudança da família, ou seja Roger, sua mãe e seu irmão mais velho, para a cidade de Cambridge.
Foi durante seus estudos em Cambridge, que Roger iria conhecer seus futuros companheiros de banda, iniciando por Syd Barrett, amigos desde a infância. A vida nas escolas inglesas não era nada fácil e muito do que era vivido dentro das escolas, principalmente nos internatos serviu de pano de fundo para diversas letras de músicas compostas por ele, como forma de criticar o sistema de ensino, onde segundo ele os professores oprimiam os alunos e destacavam suas fraquezas.
Roger Waters era estudante de arquitetura e foi durante o curso que ele conheceu Nick Mason, no politécnico de Londres. Para tocarem música juntos, uniram-se a Keith Noble, Sheilagh Noble, irmã deste e Clive Metcalfe. Mais tarde, outro estudante de arquitetura, chamado Richard Wright, juntou-se ao grupo, que se tornaria um sexteto, o Sigma 6. Roger tocava guitarra, Mason era o baterista e Wright tocava guitarra rítmica, uma vez que não havia teclado disponível.
O grupo fazia as suas apresentações em eventos particulares e ensaiava numa sala de chá, que ficava no porão do politécnico. Algumas mudanças que ocorreram ao longo do ano de 1963 e 1964, como de endereço e de alguns membros, que acabaram gerando mudanças também na composição instrumental do grupo. Por exemplo, foi a entrada na banda do guitarrista Bob Klose, que fez com Roger migrasse para outro instrumento, o contrabaixo, acabando por norteá-lo a partir deste ponto.
Durante os meses que se seguiram outras mudanças ocorreram na estrutura do grupo, tanto com a saída de alguns membros, quanto na escolha dos nomes, que foram muitos, por sinal. Numa dessas idas e vindas, Syd Barrett se juntou a eles. A primeira gravação do grupo ocorreu em dezembro de 1964, num estúdio em West Hampshire. Nessa ocasião o contato com o cantor Chris Dennis, que era da Força Aérea Britânica facilitou as coisas e foi após uma convocação militar de Dennis, que Syd Barrett tornou-se o líder da banda. No ano seguinte, com a saída de Klose, Barrett assumiu a guitarra.
Uma curiosidade sobre a sonoridade do grupo foi quanto a como suas músicas se tornaram psicodélicas e longas. Durante os ensaios e apresentações sentiram a necessidade de estender os solos para permitir que pudessem explorar melhor os tempos de execução de seus sets. Nessa ocasião, já se chamavam Tea Set, mas devido a outra banda de mesmo nome, proveniente do mesmo local, passaram a adotar o nome definitivo, que os tornaria conhecidos mundo à fora, Pink Floyd, que é uma junção dos nomes de dois músicos de blues, Pink Anderson e Floyd Council.
Roger Waters assumiu o comando do grupo, por assim dizer após a saída de Barrett, por problemas com drogas, que o levaram à loucura. Nessa época inicial, Roger era considerado carismático e sorridente, muito embora a dor, o sofrimento e a amargura fossem sentimentos muito presentes em suas composições, levando-o a ser considerado o senhor sombrio, o homem mais triste do rock, uma alcunha dada a ele. As grandes obras da banda se destacaram principalmente por suas abordagens filosóficas, questionantes, abordagens metafísicas, existencialistas, críticas principalmente políticas e o modo da raça humana de viver e quase sempre, pessimistas.
Como principal compositor e letrista, coube a Roger Waters definir a direção artística da banda, levando o nome do Pink Floyd para o centro das atenções e por assim dizer, ao estrelato, ao longo dos anos 70, produzindo diversos álbuns aclamados pela crítica e entrando em listas dentre os mais vendidos da história do rock. Apesar de no início essa liderança exercida por Waters ser democrática, acabou por deteriorar suas relações com seus companheiros de banda, David Gilmour, Richard Wright e Nick Mason, culminando com uma saída conturbada dele, e que os levou aos tribunais, pelo uso do nome da banda, no começo dos anos 80. Gilmour ganhou a batalha e Waters se viu definitivamente fora do Pink Floyd.
Agora como artista solo, o baixista Roger Waters embarcou em uma viagem que lhe rendeu 8 álbuns e diversas turnês ao redor do mundo. Um desses grandes destaques se deu em 21 de julho de 1990, após a derrubada do muro de Berlin, culminando com a união das duas Alemanhas. Roger Waters produziu o mega-show The Wall, com o intuito de pregar a solidariedade. Waters passou várias vezes pelo Brasil. Esta redatora que vos escreve o assistiu na grande Tour The Dark Side of the Moon, em março de 2007, na Praça da Apóteose, no Rio de Janeiro, onde Roger Waters interpretou todas as canções do clássico álbum, bem como músicas consagradas do Pink Floyd e de sua carreira solo. Ao longo dos anos seguintes, Roger se reuniu com seus ex-companheiros de banda, ora um, ora outro, em seus shows. A última vez que Roger Waters se reuniu com o Pink Floyd foi em julho de 2005, como parte do grande festival Live 8. 3 anos depois, o Pink Floyd perderia seu tecladista Richard Wright.
As contribuições que Roger Waters deu ao mundo do rock são extremamente relevantes, fazendo com que este fosse incluído na 22ª posição como um dos mais influentes baixistas da história do rock.
“Baixe nosso aplicativo na Play Store e tenha todos os nossos conteúdos na palma de sua mão.
Link do APP: https://play.google.com/store/apps/details?id=com.roadiemetalapp
Disponível apenas para Android”