Nascido John Baldwin, em 03 de janeiro de 1946, no condado de Kent, no sudeste da Inglaterra, nas proximidades de Londres, John Paul Jones aprendeu a tocar teclado com Joe Baldwin, seu pai, que foi pianista em grandes orquestras nas décadas de 40 e 50, principalmente a Ambrose Orchestra. A veia musical de Jones também passava por sua mãe, o que permitia que a família viajasse pelo país em contato com a música e as atuações.
Aos 14 anos, Jones já era organista e condutor do coro da igreja local. Foi nesta mesma época, que começou a tocar o contra-baixo.
O nome artístico foi uma sugestão do produtor e gerente dos The Rolling Stones, Andrew Loog Oldham, que era seu amigo. O nome John Paul Jones foi visto por Andrew num cartaz de cinema na França.
As influências de John Paul Jones são muitas e vão desde o Blues, passando pelo Jazz e o piano clássico.
A primeira banda de Jones chamava-se The Deltas, isso aos 15 anos de idade. Depois, tocou para um grupo de Jazz-Rock, de Londres, chamado Jet Blacks. Sua primeira grande oportunidade na música veio em 1962, aos 16, quando se juntou a Jet Harris (ex-baixista do The Shadows) e Tony Meehan (ex-baterista do The Shadows), na gravação do single “Diamonds”, lançado no ano seguinte e alcançou o primeiro lugar nas paradas britânicas. Nesta mesma música, Jimmy Page tocava violão. Com Harris e Meehan, Jones tocou baixo por dois anos e foi ganhando notoriedade. Pelos 4 anos seguintes, Jones foi recrutado para tocar baixo, teclados e violino para vários artistas, entre eles The Rolling Stones, Jeff Beck, Cat Stevens, Rod Stewart, Shirley Bassey e Lulu (cantora do clássico “To sir, with Love”).
Em 1968, durante as gravações do álbum “Hurdy gurdy man”, do cantor escocês Donovan, Jones conheceu, de fato Jimmy Page. Jones fazia os arranjos da faixa título. A banda The Yardbirds estava por gravar o álbum “Little Games” e Jones perguntou a Page se poderia usar um baixista, já que Chris Dreja, o baixista da banda estava se desligando para tornar-se fotógrafo. No álbum, Jones fez os arranjos orquestrais e tocou baixo e violoncelo em “Little Games”, a faixa de abertura, além de tocar baixo nas faixas “Goodnight Sweet Josephine” e “No Excess Baggage”, baixo e arranjos em “Ten Little Indians”.
Jimmy Page, não poderia deixa-lo fugir, uma vez que estava rearrumando os The Yardbirds, renomeando a banda para The New Yardbirds, que posteriormente passou a ser chamada Led Zeppelin. O Led Zeppelin durou oficialmente 12 anos, tendo lançado 9 álbuns de estúdio, com Robert Plant, nos vocais, Jimmy Page, na guitarra, John Paul Jones, baixo e teclados e John Bonham, na bateria. Após a trágica morte de Bonham, em 25 de setembro de 1980, o Led Zeppelin encerrou as atividades. A música do Led Zeppelin preferida de Jones é “No Quarter”, que ao vivo chegava a ser executada por mais de meia hora, que incluía trechos de “Amazing Grace” e variações de peças clássicas de compositores como Rachmaninov.
John Paul Jones não se prendeu ao Led Zeppelin, participando de diversas gravações extras e desde o fim oficial do Led Zeppelin, vem colaborando com vários artistas como REM, Heart, Bem E. King, The Mission, Brian Eno, Paul McCartney, Foo Fighters entre outros.
Além disso, Jones também lançou álbuns solo, inclusive cantando no álbum “Thunderthieh” (2001). Em 2009, juntou-se a Dave Grohl e Josh Homme, formando um novo power trio batizado de “Them Crooked Vultures”, demonstrando uma forte ligação ao estilo Zepeliano de se fazer música. Lançaram o álbum homônimo, de estreia em 2009. John Paul Jones é, sem dúvidas, um músico e arranjador muito qualificado e tem deixado na história Rock uma forte impressão de seu DNA, como uma grande influência para diversos baixistas de renome
