Jason Eli Becker, nasceu em Richmond, na Califórnia/ EUA, em 22 de julho de 1969. Suas primeiras aulas de música lhe foram dadas por Gary Becker, seu pai, que havia estudado violão erudito. Na época, Jason tinha apenas 3 anos de idade. Seu pai, quando ele estava com uns 5 anos, tentou ensinar-lhe todas as notas certas e escalas, porém, não havia muito interesse do garoto. Porém, uma coisa mudou completamente a cabeça do jovem Jason. Os acordes da canção “As I Went Out One Morning”, de Bob Dylan lhe foram mostrados, para o seu encanto e dali por diante tudo passou a fazer sentido para ele. Dedicou-se por horas a fio a praticar músicas de Dylan, Eric Clapton, Jeff Beck e Eddie Van Halen, dentre outros, assim como a estudar a obra do compositor italiano Niccolò Paganini, considerado o maior violinista da história. Aos 8 anos, já dominava o instrumento.

Quando Jason chegou aos 13 anos já tocava nota por nota as músicas de Eric Clapton. Terminou o ensino médio mais cedo que os demais, aos 16 anos. Desta forma, poderia se concentrar mais nos estudos da guitarra e então se tornar profissional do instrumento. Quem o conhecia, sabia que não demoraria muito para que Jason ganhasse a vida como músico, tocando guitarra.
O fundador do grupo “The Shrapnel Label Group”, Mike Varney publicou um anúncio solicitando que possíveis novos talentos da guitarra enviassem gravações caseiras para que ele pudesse fazer uma seleção e Jason respondeu ao anúncio. Ele foi selecionado e Varney o associou ao mais experiente guitarrista Marty Friedman, que se tornaram amigos de forma imediata. As mesmas preferências musicais ajudaram nessa aproximação. Dessa parceria e com a produção de Mike Varney, foi formada a banda Cacophony, uma banda de estilo neoclássico, em 1986, quando Jason ainda tinha apenas 17 anos. A banda rapidamente fez sucesso, excursionando por vários países, indo ao Japão e passando por toda a Europa. 2 trabalhos de estúdio foram lançados, Speed Metal Symphony, o álbum de estreia (1987) e Go Off! (1988). Ainda neste mesmo ano, Jason decidiu seguir uma carreira solo e lançou seu primeiro álbum, Perpetual Burn.

No ano seguinte, David Lee Roth, ex-Van Halen, convidou Jason para fazer parte de sua banda solo, a The David Lee Roth Band, em substituição a ninguém menos que Steve Vai. Em 1990, começou a gravar o terceiro álbum da banda, A Little Ain’t Enough, que foi lançado no ano seguinte. Porém, ainda durante as gravações do álbum, Jason, que recebeu o prêmio de guitarrista revelação pela revista Guitar Magazine, começou a marcar da perna esquerda, achando que poderia ser fraqueza. Ignorando o problema de início, acabou procurando um médico por pressão da família e de amigos. Exames mais profundos apontaram a causa, a Doença de Lou Gehrig, também conhecida como ALS (sigla em inglês para Esclerose Lateral Amiotrófica). Esta é uma doença degenerativa e incapacitante, ainda sem cura. Jason quase não conseguiu terminar as gravações do álbum, tendo que usar cardas mais leves e finas, bem como outras técnicas para poder tocar com as mãos já enfraquecidas. Sem condições de sair em turnê com a banda, Jason foi substituído pelo guitarrista Joe Holmes (Terriff/ Lizzy Borden).

Com o passar dos anos, Jason Becker foi perdendo os movimentos do corpo, um a uma, até que não podia mais tocar guitarra. Chegou ao ponto de também perder a fala. A doença, porém, não atingiu seu cérebro, nem sua audição e visão. Devido a deterioração provocada pela ALS, ele respira com auxílio de um aparelho que controla os movimentos do diafragma. Para poder se comunicar, Jason usa um computador especialmente desenvolvido por seu pai, que dividindo as letras do alfabeto em grupos de 4, permite a Jason formar palavras apenas com o movimento dos olhos. O programa de computador desenvolvido para ele permite que, mesmo totalmente paralisado, ele continue a compor músicas e foi desta forma que lançou o álbum Perspective, em 1996, que entrou para a história da música como o primeiro álbum composto e lançado por uma pessoa sem os movimentos do corpo. Desde então, diversos álbuns já foram lançados por ele, sendo o mais recente, Triumphant Hearts (2018).


Em 2012, o diretor Jesse Vile, lançou o documentário Jason Becker: Not Dead Yet, sobre a trajetória do músico, reunindo diversos amigos e familiares para contarem a sua história. Jason Becker é considerado um guitarrista neoclássico virtuoso e por sua contribuição à história da música, virtuosismo e vitória na vida, foi agraciado com o “Guitar Player Lifetime Achievement Award”. O mesmo prêmio, inspirado nele criou a categoria “Jason Becker Award For Creativity, Courage and Inspiration”, em sua homenagem. Ainda em 2012, Jason Becker foi homenageado com o “Living Inspiration Award”, no 22º Annual LA Music Awards. Jason ainda dá entrevistas e é muito bem-humorado, sendo assessorado por seus pais. Vários tributos foram lançados em homenagem a Jason Becker, e ele é admirado e idolatrado por muitos fãs, inclusive famosos. Músicas como “Altitudes” e “Serrana” são frequentemente usadas como peças de estudo por guitarristas.

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