Faça o que fizer, o Metallica consegue centralizar a atenção do público interessado em Heavy Metal a cada um de seus novos trabalhos. Gostar ou não gostar é outro assunto.
O Metallica tornou-se um gigante musical e sua discografia contém álbuns que, em algum momento, modificaram os caminhos da música pesada. Nessa lista, nossa equipe classificou o catálogo desse ícone do Thrash e o resultado você acompanha a partir de agora!
10º. St. Anger – 23,5 pontos
Existem aqueles discos que não apreciamos de cara, mas que vão melhorando ao longo dos anos. “St. Anger”, infelizmente, não é um desses casos. Ao contrário, suas falhas parecem se evidenciar com o tempo. Há qualidades, como a música “Frantic” e a faixa título, mas as equivocadas soluções de produção prejudicaram o resultado como um todo. A música “All Within My Hands” ganhou uma sobrevida como tema das ações filantrópicas da banda.
9º. Reload – 38,5 pontos
Não tendo concluído a gravação de todas as músicas que pretendiam lançar, o Metallica interrompeu o processo e deixou para trabalhar posteriormente nas faixas que viriam a integrar “Reload”. Não faltou quem dissesse, à época, que as canções de “Reload” recuperavam parte da agressividade deixada de lado em “Load”, mas na verdade não há diferença tão significativa entre os dois. Podemos, inclusive, aferir que “Reload” soa menos criativo ao longo de sua duração.
8º. Load – 55 pontos
Alguns fatores extramusicais tiveram relação com a forma como esse disco foi recebido. Musicalmente, ele soa como uma continuidade do “Black Album”, mas com uma inclinação forte para o Alternativo. O fato dos integrantes cortarem o cabelo não tem absolutamente nada com o lado musical, mas quando todos surgem com o cabelo cortado ao mesmo tempo, há indícios fortes de que o Metallica guinou para as exigências da indústria. Deixando isso de lado, o certo é que o disco contém ótimas músicas, mas o Thrash Metal não se faz presente.
7º. Death Magnetic – 56 pontos
Depois das reações a “St. Anger”, alguma atitude seria esperada. O Metallica entendeu que já havia esgotado suas possibilidades com os serviços de produção de Bob Rock, então chamaram Rick Rubin para o trabalho. A atuação de Rubin sofreu críticas por conta do excesso de compressão, mas musicalmente o disco traça um retorno ao Thrash Metal, apresentando uma sonoridade mais afinada aos tempos de “…And Justice For All”. O resgate da pegada Thrash foi reforçado também pela realização da turnê “Big Four”, que ocorreu na esteira desse álbum.
6º. Hardwired… To Self-Destruct – 58 pontos
Tendo sido lançado como álbum duplo, “Hardwired… To Self-Destruct” poderia ter se beneficiado ainda mais caso apresentasse uma duração mais enxuta. Fora esse detalhe, o disco retoma a recuperação do Thrash Metal, apontada no trabalho anterior, e ainda vai mais além, com músicas mais incisivas e diretas.
5º. Kill’Em’All – 93,5 pontos
“Kill’Em’All” surgiu como o pontapé de uma nova era dentro do Heavy Metal. O primeiro álbum do Metallica era cru, rápido e pesado de maneiras que extrapolavam o significado de cada um desses adjetivos e precisou de tempo para ser devidamente compreendido. A proposta daquele som forçava, também, o estabelecimento de uma nomenclatura específica, e seu impacto não poderia ter encontrado uma expressão melhor do que “thrash”.
4º. …And Justice For All – 104 pontos
Certamente o trabalho mais complexo e, também, mais sóbrio do Metallica. “…And Justice For All” vai fundo na abordagem progressiva realizada sobre a sua forma de compor e entrega um disco que, apenas pela incompreensível decisão de tolher o som do baixo, deixa de atingir o limite da perfeição.
3º. Metallica – 106, 5 pontos
A subida para o ponto mais alto do estrelato. A partir daqui, o Metallica passaria a ser outro tipo de banda e veria o seu alcance estender-se para o público de fora do Heavy Metal. “Metallica”, o disco, tem predicados suficientes para tanto. Além da qualidade do repertório, a produção primorosa de Bob Rock, obtendo uma captação de som que não perdeu a sua magnitude com os anos.
2º. Ride The Lightning – 115 pontos
O segundo álbum é sempre um desafio maior do que o primeiro. Em “Ride The Lightning”, o Metallica mostrou que poderia oferecer bem mais do que já havia realizado em sua estreia, pois o disco mantinha a fúria do início, mas ornamentada com composições e arranjos mais maduros, letras melhores e uma execução que apontava para uma posição de destaque entre o crescente número de novas bandas de Thrash.
1º. Master of Puppets – 120 pontos
Um pouco da comparação que fizemos acima, sobre a evolução entre “Kill’Em’All” e “Ride The Lightning”, pode ser usada novamente agora, para traçar paralelos entre o segundo disco e “Master Of Puppets”. Ainda assim, teríamos que ampliar os conceitos, pois “Master Of Puppets” não é apenas o melhor disco do Metallica. É um dos melhores discos do HeavY Metal como um todo, devendo sempre ser citado entre as posições mais elevadas.
Redatores responsáveis pela votação: Gleison Jr., Leandro Viana, Marcos Gonçalves, Alexandre Temoteo, Helton Grunge, Vitor Sobreira, Anderson Frota, Bruno Rocha, Daniela Farah, Renan Soares, Flavio Farias, Jessica Marinho, Jessica Alves, Leandro Farias da Costa, Aline Costa, Jessica da Mata, Alexandre Veronesi, Pedro Henrique, Mauro Antunes, Maria Clara Goé, Gustavo Troiano, Giovani Turazi, Marcelo Sant’Anna, Eduardo Muralha, Alessandro Iglesias, Caio Cesar, Jennifer Kelly e Umberto Miller.