Há quem diga que o Rush é uma das bandas do tipo “ame ou odeie”. Absurdo! Como é possível não amar esse trio tão talentoso, criativo e diversificado? A habilidade técnica incomparável de seus membros sempre foi utilizada a favor do carisma de canções que integram um catálogo irrepreensível, espalhadas ao longo de dezenove álbuns excepcionais, que poderiam ser bem mais, caso o destino não tivesse abreviado o tempo do baterista Neil Peart em nosso plano existencial.
Nossa equipe escolheu dez canções representativas do acervo da banda. Certamente, cada fã terá uma opinião diferente. Leia e participe com a sua!
10ª. Closer to the Heart (do disco A Farewell To Kings, 1977) – 32 pontos
A canção que registrou a primeira parceria extrabanda na composição, apresentando as letras co-escritas por Neil Peart e seu amigo Peter Talbot, foi também o primeiro single a marcar presença nas paradas do Reino Unido.
9ª. Subdivisions (do disco Signals, 1982) – 32,5 pontos
O álbum “Signals” teve a missão de ser a sequência do sucesso obtido com “Moving Pictures” e o faz com a expansão do uso de teclados e sintetizadores. “Subdivisions” reflete como as relações sociais absorvem ou expelem pessoas de acordo com a maneira que estas se comportam em grupo.
8ª. Working Man (do disco Rush, 1974) – 43 pontos
Única representante do primeiro álbum nesta lista, contando, portanto, com o baterista John Rutsey, “Working Man” destaca-se dentro de um álbum variado, mas com influências bem perceptíveis de Led Zeppelin.
7ª. Red Barchetta (do disco Moving Pictures, 1981) – 46 pontos
Quando Peart foi integrado à banda, Lee e Lifeson não tiveram dúvidas em colocá-lo como letrista, admirados com a quantidade de livros que o baterista lia. “Red Barchetta” é um exemplo do acerto dessa decisão, pois foi inspirada em um romance de ficção futurista escrito por Richard Foster, envolvendo carros de corrida esportiva.
6ª. Xanadu (do disco A Farewell To Kings, 1977) – 48 pontos
“Xanadu” foi baseada no poema “Kubla Khan”, escrito por Samuel Taylor Coleridge, mesmo autor de “The Rime of Ancient Mariner”, que inspirou a música do Iron Maiden.
5ª. Limelight (do disco Moving Pictures, 1981) – 51,5 pontos
O desconforto com a fama, os caçadores de autógrafo, os que insistem em tirar fotos… “Limelight” reflete os sentimentos de Neil Peart em relação a essa faceta do sucesso musical, com a qual seus companheiros de banda não tinham dificuldade em lidar.
4ª. The Spirit of Radio (do disco Permanent Waves, 1980) – 55 pontos
Uma homenagem ao rádio e toda a emoção que esse meio gerou através de décadas. Há uma passagem de reggae na música e, na letra, Neil Peart inseria uma rápida reafirmação sobre como a arte pode ser maculada pela busca da fama, repisando, em parte, o tema da música anterior.
3ª. 2112 (do disco 2112, 1976) – 66 pontos
Vinte minutos e 34 segundos, divididos em sete partes, fazem de “2112” a faixa mais longa do Rush, ocupando todo o primeiro lado do álbum de mesmo nome. Os dois primeiros movimentos, “Overture” e “Temples of Syrinx”, em sequência, eram as partes mais comumentes apresentadas ao vivo.
2ª. Fly by Night (do disco Fly By Night, 1975) – 71 pontos
“Fly By Night” foi o primeiro single do álbum de mesmo nome, que marcou a entrada de Neil Peart na formação. Embora o riff cativante de Alex Lifeson dê um toque de simplicidade na canção, reserve um tempo para escutar a beleza da linha de baixo de Geddy Lee.
1ª. Tom Sawyer (do disco Moving Pictures, 1981) – 99,5 pontos
Independente do fato de ser, provavelmente, a mais conhecida música da banda em território brasileiro, por conta de seu uso no seriado de TV “Profissão: Perigo”, “Tom Sawyer” é uma excelente composição, que contou com a parceria de Pye Dubois na letra. O personagem clássico criado pelo escritor Mark Twain não é o tema abordado, sendo mencionado apenas para fazer uma comparação com um tipo de rebelde moderno, o Tom Sawyer de hoje!
Redatores responsáveis pela votação: Marcos Gonçalves, Alexandre Temoteo, Helton Grunge, Vitor Sobreira, Anderson Frota, Daniela Farah, Renan Soares, Jessica Alves, Jessica da Mata, Alexandre Veronesi, Pedro Henrique, Mauro Antunes, Giovani Turazi, Alessandro Iglesias, Caio Cesar, Jennifer Kelly, Rafael Sgroi, Carlos H. Silva, Diego Reis e Gustavo Troiano