Best of the Roadie Metal: as 10 melhores músicas do Judas Priest

Não há dúvida de que o Heavy Metal, na forma como o entendemos hoje, foi moldado pelo Judas Priest em suas principais arestas. Poucas bandas conseguiram, de forma tão inquestionável, tornarem-se sinônimos do estilo que executam.

Relacionar as dez melhores músicas da banda, certamente, não é uma tarefa fácil e – é claro – há uma miríade de canções que ficaram de fora, tão importantes quanto estas. A lista a seguir, porém, extrai os momentos que marcaram mais profundamente o seu catálogo e refletem, de forma mais direta, toda a influência exercida em décadas de peso e volume. 

10ª. Hell Bent for Leather (do disco “Hell Bent For Leather”, 1978) 11 votos

A canção Hell Bent For Leather é a faixa título apenas na versão americana do álbum, que, na Inglaterra, foi lançado com o título de “Killing Machine”. Composta por Glenn Tipton, a música é bem curta, com apenas 2:39 minutos, mas com alta carga de Metal concentrado, ficando marcada como a faixa em que Rob Halford faz a sua famosa entrada no palco montado na motocicleta.

09ª. Beyond the Realms of Death (do disco “Stained Class”, 1978) 13 votos

Stained Class foi o primeiro álbum do Judas Priest a trazer seu clássico logo estampado na capa. Também foi a estreia de um de seus bateristas mais celebrados, Les Binks, que vinha de trabalhos com Eric Burdon e Roger Glover e que chegou já marcando, com Rob Halford, a parceria na composição dessa faixa. Beyond the Realms of Death é uma canção de clima intenso e traz um dos melhores solos de Tipton, carregado de melodia, na primeira parte, deixando para KK Downing o segundo solo, com uma abordagem mais furiosa.

08ª. The Ripper (do disco Sad Wings of Destiny, 1976) 13 votos

Rocka Rolla, o álbum de estreia do Judas Priest, tinha muitas variações e esse foi um de seus maiores problemas. Faltava uma definição de personalidade e esta começou a fincar seus alicerces a partir de Sad Wings of Destiny, do qual esta música faz parte. The Ripper é um dos primeiros grandes clássicos do grupo e aborda, em sua letra, o lendário assassino inglês, Jack, o Estripador.

07ª. Living After Midnight (do disco British Steel, 1980) 14 votos

British Steel foi um marco na carreira da banda e, novamente, representou duas estreias: Tom Allon, em sua primeira produção com o quinteto, e Dave Holland, ex-Trapeze, como o novo baterista. Living After Midnight foi o primeiro single e o mercado americano explorou o seu potencial de hit com a mudança de sua posição na ordem das faixas. No lançamento inglês, ela é a segunda do lado B, passando, na versão americana, para a primeira do mesmo lado.

06ª. Metal Gods (do disco British Steel, 1980) 14 votos

Metal Gods tornou-se uma das muitas alcunhas do Judas Priest. A canção tem a força marcial de máquinas gigantescas que avançam implacavelmente sobre os humanos e, conforme visto na série de documentários Classic Albums, alguns efeitos inusitados foram utilizados em sua gravação, inclusive uma bandeja com talheres espalhados.

05ª. Turbo Lover (do disco Turbo, 1986) 15 votos

Turbo foi um disco que precisou de tempo para ganhar mais pontos com os fãs. A mudança de visual e o som das guitarras sintetizadas foram mais debatidos do que as composições em si. Na verdade, com uma produção diferenciada, o disco tenderia a gerar outro tipo de reações e a versão remasterizada, lançada recentemente, comprova isso. A música Turbo estabeleceu-se como presença constante nos setlists e o refrão grandioso é sempre entoado em uníssono pelo público.

04ª. Electric Eye (do disco Screaming for Vengeance, 1982) 18 votos

Sempre precedida da intro “The Hellion”, Electric Eye é um dos pontos altos de toda a história do Heavy Metal. Seu riff é inesquecível e, sua letra, baseada em “1984”, de George Orwell. O verso, “I´m made of metal”, é daquele tipo que ninguém, senão Rob Halford, poderia entoar com a devida propriedade!

03ª. You´ve Got Another Thing Coming (do disco Screaming for Vengeance, 1982) 18 votos

Um andamento pesado e magnético, uma ponte espetacular, que lhe conduz ao irresistível refrão… Essa música é emoção e vibração em doses maciças! Seu clima soberbo faz com que seja constantemente reservada para os momentos finais do show, deixando espaço para a interação entre banda e público, fazendo com que todos participem do espetáculo.

02ª. Breaking the Law (do disco British Steel, 1980)19 votos

A música mais conhecida da banda, sem qualquer dúvida. Depois de uma batida na caixa, começa o riff inconfundível, tão pegajoso que a composição sequer abriu espaço para a inserção de solos. Breaking the Law passou pelo mesmo tratamento que Living After Midnight, na versão americana do álbum, deixando de ser a terceira do lado A para ocupar a posição de abertura do tracklist.

01ª. Painkiller (do disco Painkiller, 1990) 27 votos

Tendo lançado onze álbuns, em dezesseis anos de trajetória, o Judas Priest já possuía o título de lenda, de mestres no topo da cadeia alimentar do Heavy Metal. Não são muitos os artistas que, dentro dessa fase da carreira e com esse status, possuem bala na agulha para revelar um de seus melhores álbuns, se não o melhor!
Fruto da parceria com o produtor Chris Tsangarides, Painkiller tomou o mundo de assalto, surgindo na sequência dos discos Turbo e Ram It Down. Não há, em todo o tracklist, um momento sequer que possa ser considerado como questionável e a poderosa faixa título, que abre a audição com uma virada marcante do estreante Scott Travis na bateria, explode com uma demonstração de força inusitada, que estupefou os fãs e precisou de tempo para ser devidamente absorvida. De quebra, gerou também o melhor vídeo clipe já produzido para uma canção de Metal, contendo apenas imagens da banda tocando entre correntes, valorizado pela fotografia em preto-e-branco estilizado.

Redatores responsáveis pela votação: Gleison Jr., Leandro Viana, Marcos Gonçalves, Alexandre Temoteo, Helton Grunge, Vitor Sobreira, Anderson Frota, Bruno Rocha, Daniela Farah, Renan Soares, Flavio Farias, Jessica Marinho, Jessica Alves, Leandro Farias Costa, Aline Costa, Jessica da Mata, Alexandre Veronesi, Pedro Henrique, Mauro Antunes, Maria Clara Goé, Gustavo Troiano, Giovani Turazi, Marcelo Sant’Anna, Eduardo Muralha, Alessandro Iglesias, Caio Cesar, Jennifer Kelly e Umberto Miller.

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