Em 10 de agosto de 1993, o BENEDICTION lancava “Transcend the Rubicon”, o terceiro full-lenght dos ingleses. Exatamente um ano após o lançamento do antecessor, “The Grand Leveller”, outubro de 1992, a banda entrou no “Rhythm Studios” para a gravação deste clássico. Produzido por Paul Johnson com a própria banda atuando na co-produção, a exemplo do disco anterior.
O álbum marca a entrada do baixista Frank Healy em lugar de Paul Adams e tambpém é o último com o baterista Ian Treacy, que seria substituído por Neil Hutton. E mostra a dupla de guitarristas Darren Brooks e Peter Rew completamente afiados e destilando peso e técnica de forma absurda. Por isso, vamos destrinchar as nove faixas deste play:
Riffs mortais anunciam a faixa de abertura, “Unfound Mortality”, onde a violência come solta. Ela é bem veloz durante boa parte de sua extensão, tendo uma quebrada de andamento no meio, voltando a brutalidade épica ao seu final. Sonzaço.
“Nightfear” começa um pouco mais cadenciada, com a velocidade aumentando no meio e voltando ao final com a mesma pegada com a qual se iniciou, com riffs altamente técnicos. Outro petardo. “Paradox Alley” começa bem arrastada, mas é por pouco tempo, pois logo a quebradeira toma conta de tudo. Aqui a levada mais rápida flerta intensamente com o Grindcore, que vai se alternando com as partes mais arrastadas até o final. Uma pedrada.
“I Bow to None” traz uma levada Punk com os vocais urrados e Death Metal do competente Dave Inghram. Riffs bem feitos, sincronizados com uma bateria marcante são os destaques da arrastadona e densa “Painted Skulls” e que a medida que se desenvolve, seus riffs cavalgados dão um upgrade ainda maior à música.
Virando o lado do vinil… Temos “Violent Domain”, que também é bem pesada, com cada riff destruidor. Ela começa arrastada e segue assim até o meio, quando a velocidade dá as caras e com um ótimo solo, retornando ao clima inicial para encerrar de maneira honrosa.
“Face Without Soul” é arrastada, técnica e pesada durante toda sua extensão, enquanto que “Bleakhouse” repete a fórmula que a banda usou durante boa parte do play: início violento e matador, com uma mudança no andamento ali no meio, com uns riffs cadenciados no meio que lembram vagamente os de uma certa “Angel of Death”, com o retorno triunfal dos riffs velozes e brutais.
“Blood for Stone” encerra o aniversariante do dia mantendo-o onde ele esteve durante todos os 37 minutos: no topo. Aqui a banda utiliza novamente de uma das receitas que foram postas em prática durante o play: a alternancia de ritmos, começando arrastada e as intercalando com partes rápidas, e com excelentes riffs.
Em 37 minutos de audição temos a sensação de que submetemos nossos ouvidos a um massacre sonoro, estamos diante de um verdadeiro clássico do Death Metal britânico. E este álbum é merecedor de todas as comemorações na presente data. Desejamos uma longa vida ao “Benê” e que possamos vê-los em breve tão logo essa pandemia termine.
Transcend the Rubicon – Benediction
Data de lançamento – 10/08/1993
Gravadora – Nuclear Blast
Tracklisting:
01 – Unfound Mortality
02 – Nightfear
03 – Paradox Alley
04 – Bow to the Bone
05 – Painted Skulls
06 – Violation Domain
07 – Face Without Soul
08 – Bleakhouse
09 – Blood From Stone
Lineup:
Dave Inghram – Vocal
Darren Brookers – Guitarra
Peter Rew – Guitarra
Frank Healy – Baixo
Ian Treacy – Bateria