Balázs Dorogi traz facetas do metal em EP instrumental

A música instrumental tem um esforço em dobro em relação ao que acostumamos a chamar de som convencional. Afinal de contas, o vocal se tornou algo essencial, principalmente no que concerne a música de massa. Mas, o heavy metal não é música de massa, mesmo assim, música instrumental traz ainda mais esforço.

O heavy metal é um estilo que tem fãs fieis, que repara em cada nota que é destilada e a ausência de vocal, além de pedir algo que a supra, pode redobrar a atenção. Logo apostar em algo deste nível em um EP inteiro, com quatro composições, é um grande desafio.

Balázs Dorogi, natural de Wolverhampton, Inglaterra, é um compositor e músico que aposta na música instrumental, mas sem intuito nenhum de exacerbar a técnica. Isso fica comprovado neste trabalho, o seu EP de estreia intitulado “To Collapse Is To Begin Anew”. Nele, o artista tomou conta de tudo.

A exceção fica por conta de uma das faixas, que foi composta por seu professor de música, Anthony Green, também conhecido como AJ Green UK. Porém, nenhuma delas descaracteriza a fórmula que Dorogi criou, do qual ele transita pelo heavy metal e thrash, com leves toques mais extremos.

Em comum, as faixas trazem bases consistentes de guitarra, criada por riffs maciços, que geram uma parede sonora mais do que volumosa, dando um peso absurdo. A cozinha segue uma premissa de colocar mais vibração e regular os graves, mas o músico se mostra um grande baterista também, com pegada e viradas intensas.

Destaque para “Velvet Guillotine”, que tem uma versatilidade importante em seu contexto. A música começa com riffs mais longos, porém varia, ganhando uma levada marchante e palhetadas que irão deixar os thrashers bem empolgados. A música prima pela variação e conquista o ouvinte de imediato.

“Forlorn”, faixa criada exatamente por AJ Green UK é o outro grande destaque. A música possui aquelas passagens atmosféricas, com dedilhados limpos e um fundo com teclados sombrios, se revezando com as guitarras pesadas e cozinha potente, sempre com o fundo das teclas se mantendo. O mais interessante é que neste ínterim, nem falta de vocais nos damos.

As outras duas faixas não deixam a desejar em momento algum, mantendo um equilíbrio perfeito no disco, inclusive com “Eternal Plight”, que fecha o trabalho, e traz uma veia inspirada no black metal. A cereja do bolo é a produção orgânica e os timbres muito bem escolhidos!

https://open.spotify.com/artist/16htM0UYsALBrc3OgnjyFx?si=sTo8IDZnTma3O9FRcqUMvw

https://www.tiktok.com/@balazsdorogi

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