Baixistas: Joey Vera (Armored Saint)

O músico americano Joseph Vera, popularmente conhecido como Joey, é mais um exemplar daquele tipo de artista que não busca a acomodação em suas atividades. Nascido em Los Angeles, no dia 24 de abril de 1963, Joey estreou para a música com o Armored Saint, banda possuidora de um relacionamento quase fraternal entre seus integrantes e da qual ele ainda faz parte.

O nível de atividade do Armored Saint, no entanto, permite que seus integrantes possam distribuir seu tempo entre outros projetos e nenhum deles leva essa oportunidade tão à risca quanto Joey. Podemos perceber que há dois polos principais de atividade: o Heavy Metal tradicional do Saint e o Prog Metal do Fates Warning. Ao redor desses dois, orbitam trabalhos e participações com Anthrax, Lizzy Borden, John Arch, Engine e, mais recentemente, a atuação em palcos com o Mercyful Fate, substituindo o baixista original, Timi Hansen, falecido em 2019.

Fora o trabalho como baixista, Vera também apresenta um vasto currículo como produtor e engenheiro de som, tendo colaborado em álbuns de artistas diversos, mas realizando essa função, com mais assiduidade, em sua banda original. Nas quatro cordas, seu começo deu-se pela falta de baixistas disponíveis para completar a formação. Ele já tocava guitarra e, por sugestão dos colegas, assumiu o contrabaixo manuseando um Fender Precision que o vocalista John Bush possuía em seu quarto. Por muitos anos, ele usou os amplificadores Ampeg, mas hoje é endorser da Hartke, utilizando os gabinetes de modelo HyDrive 810, com o amplificador LH 1000 e o pedal de pré-amp VXL Bass Attack.

No instrumento, Vera emprega os V4 Vintage Pbass, da ESP, marca com a qual se relaciona desde que foi a ela apresentado pelo baixista Pancho Tomaselli, do Philm, durante um evento da NAMM. Vera destaca a solidez do instrumento e sua preferência por braços aparafusados, fazendo uso de captadores EMG e cordas DR Handmade, que ataca sem palhetas, usando apenas os dedos.

Suas principais influências são John Paul Jones, John Deacon, Verdine White, Geezer Butler e Jaco Pastorius, afirmando que sua musicalidade é uma mistura do som que esses dois últimos fazem. Algo bem natural para alguém que afirma apreciar vários estilos de música, mas com foco maior no Hard Rock, no Funk e no Fusion dos anos 70, o que motivou-o também a realizar estudos com um guitarrista de Jazz por um ano, buscando evoluir em suas práticas de improvisação.

A forma de agir em cada um de seus projetos é um reflexo da vivência pertinente aos mesmos. No Fates Warning, Vera busca se comportar como um membro focado de uma equipe, pois a banda caracteriza-se pela liderança do guitarrista Jim Matheos. Já no Saint, é uma família, com todas as benesses e os revezes que esse conceito traz em si, e foi esse espírito de família que fez com que ele recusasse o convite para realizar um teste com o Metallica, no momento em que aquela banda procurava substitutos para Cliff Burton. Mais liberdade criativa pôde ser buscada através de aventuras solos, como as realizadas no álbum “A Thousand Faces”, de 1994, e “Circles”, de 2007, sob o nome de A Chinese Firedrill.

A marca de Joey Vera, ao longo de sua carreira, e que o faz ser sempre o nome lembrado para tantos projetos, são o seu talento, dedicação, seriedade e solidez. Tanta solidez quanto aquela que exige nos contrabaixos que utiliza.

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