Para aqueles que têm acompanhado os grandes shows de metal que tem passado por Recife esse ano, perceberam que entre as bandas de abertura de alguns eventos, tem aparecido uma que até então era uma mera desconhecida no cenário do underground pernambucano.
E o mais curioso, mesmo tendo dividido palco com nomes como o Angra e o Shaman, aqueles que procuravam informações sobre eles na internet, pouca coisa encontravam, nem sequer uma música para audição.
Para aqueles que estranharam isso tudo mencionado, a partir de agora, conhecerá mais informações sobre a banda Avaken, que abriu os shows do Angra e do Shaman em Recife, e também foi uma das atrações do Terra Fest de 2018, organizado pela banda Terra Prima.
A Avaken foi formada em meados de 2016 com uma outra formação, mas segundo o próprio guitarrista Ben Canto, para ele, a banda passou a existir mesmo a partir desse ano, principalmente após o show com o Angra no mês de maio. Atualmente, o grupo é formado por Ítalo Targino (vocal), Ben Canto (guitarra), Kel Jacob (guitarra), Anderson Torres (baixo) e Hector Ricardo (bateria).
Sobre a banda tocar na abertura desses grandes shows mesmo sem ter material lançado, o guitarrista Ben explica:
“Com perdão das bandas que estão por aí, mas banda que só fica em estúdio para ensaiar e pra tocar música própria, não é banda, é projeto, banda precisa tocar, aparecer, dar cara a tapa, dar entrevista, gravar com a galera, precisa existir pra dizer que é banda, se for só dentro do estúdio é apenas hobbie”.
O baixista Anderson Torres complementa:
“A gente tem que aproveitar as oportunidades, a gente está ensaiando, preparado para um show, e não ficar nessa ideia de só se apresentar quando tiver algum material, porque senão a gente vai esperar cair água do céu, se você não der as caras, mesmo sem material, você não vai conseguir. Então, essa ideologia que a tínhamos, jogamos por terra, porque a gente precisava ter apresentação, e apareceu a oportunidade de tocar na abertura do Angra”.
Segundo a banda, uma das razões para que a banda tenha demorado dois anos para fazer a primeira apresentação foram brigas internas com antigos integrantes, chegando no ponto que mesmo com o show de abertura do Angra fechado, uma dessas brigas resultou na saída desses membros, tendo um deles levado todas as músicas da banda com eles, fazendo com que a nova formação tivesse que compor novas faixas para a apresentação.
“Depois dessa situação, o ex-membro levou essas músicas e de alguma forma, conseguiu justificar elas como autorais dele, embora também tivesse composições nossas. Mas assim, ele ficou com as músicas e a gente ficou com o show, ninguém saiu perdendo” falou Anderson, que também complementou “acho que foi uma oportunidade de aprendizado e conhecimento, porque não imaginávamos que conseguiríamos fazer uma canção tão rápido, e a música de abertura foi justamente a canção nova”.
Quando se pergunta sobre o estilo da banda, é difícil rotula-los em alguma vertente específica, porque cada membro tem suas influências vindas de vertentes completamente diferentes. O guitarrista Ben Canto traz para a banda sua bagagem do Thrash Metal, o baterista Hector Ricardo tem bastante familiaridade com as linhas do Death Metal, o baixista Anderson Torres se inspira muito no Prog, o guitarrista Kel Jacob coloca um pouco do Metalcore nas músicas, e os vocais de Ítalo Targino rementem bastante ao Power Metal.
Quando questionado sobre o estilo em si da banda, Ben responde:
“É Heavy Metal, ou uma brincadeira que a gente fazia onde chamávamos a banda de ‘Power Metalcore’”.
“Mas a intenção não é agradar todos os gostos, a intenção é fazer o som que a gente gosta. A gente não está no meio termo para agradar todo mundo” falou o guitarrista Kel Jacob.
Segundo a banda, até o final de dezembro eles devem lançar seu primeiro single de uma de suas músicas autorais, de acordo com eles, o grupo já teria material o suficiente para lançar um EP, mas estão preferindo liberar as canções aos poucos para deixar uma expectativa no público.
