A banda de Liverpool (ING), Attic Theory, lançou o seu primeiro álbum completo “What We Fear The Most”, em abril. Logo, o disco entrou para o iTunes Top 200 inglês alcançando a 165ª posição. Para uma banda que, de 2018 para cá, lançou um EP e vários singles, tal reconhecimento era esperado, pois a qualidade musical do grupo é muito boa. Entre as onze músicas do lançamento, se destaca o single “Dare to Dream” que externa ao ouvinte muita energia e perícia musical. Produzido pelo suíço Loïc Gaillard, esta obra é distribuída às plataformas de streaming pelo selo ThunderGun Records.
A canção “Dare to Dream”, especificamente, é uma música cujo significado vai além da satisfação dos fãs, pois seu vocalista Lewis Wright vê nela uma autoafirmação. Essencialmente, a canção fala sobre superação e nunca desistir de seus sonhos. Assim foi com Wright, que há algum tempo passou por cirurgia na garganta e, após isso, conseguiu gravar o álbum. Interessante ressaltar que vocalistas renomados como Klaus Meine (Scorpions) e Bruce Dickinson (Iron Maiden) já passaram por cirurgias semelhantes e também conseguiram vencer depois disso. Neste ‘hall’ de artistas agora segue Wright que, aliás, possui um timbre vocal poderoso, grave e marcante.
O som é um típico hard rock moderno, cujos fãs de bandas como Creed, Pearl Jam e outros podem gostar. Linhas de guitarras pesadas se entrelaçam a execuções mais melódicas, numa intercalação harmônica bem trabalhada. Algumas bases de violão performando com a guitarra, inserem um charme a mais na canção. Sobre isso, você tem o ótimo trabalho da parceria entre os guitarristas Tim Cunningham e Matt Lawler que, diga-se de passagem, são ótimos músicos. Com riffs pesados e boa atmosfera, a música segue uma fluidez sem complexidades e burocracias. Quem ganha com isso somos nós, ouvintes do bom e velho rock’n’roll.
Em suporte à comissão de frente, deve-se destacar uma cozinha cheia de pompa e vigor. Assim, nasce a sessão rítmica com um andamento espetacular de Norm Walker. Trabalhando com cadências bem encaixadas, o baterista insere em “Dare to Dream” ainda mais personalidade com momentos mais brutais. No entanto, nada disso teria tanta expressão se não fosse pelo necessário trabalho de marcação de Lucy Ellen, uma baixista cujos predicados estão estampados na harmonia e na solidez do peso. Em resumo, “Dare to Dream” é uma música marcante, poderosa e radiante. Assertivamente, eis aqui um dos melhores cartões de visitas do álbum “What We Fear The Most”.
Ouça “Dare to Dream” pelo Spotify.
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