Arch Enemy: 14 anos do lançamento de “Doomsday Machine”

Em 22 de agosto de 2005, o ARCH ENEMY lançava o seu sexto full-lenght, o terceiro com a diva Angela Gossow nos vocais. E o disco mais pesado, raivoso e perturbador da carreira da banda.

O ARCH ENEMY vinha do sucesso e ascenção repentina de dois álbuns simplesmente maravilhosos: “Wages of Sin” e “Anthems of Rebellion“, e somado com a troca de John Liva por Angela Gossow, a banda ganhou muito mais notoriedade. E ai resolveram inovar, imprimindo mais brutalidade no som, com “Doomsday Machine“. E o resultado foi simplesmente maravilhoso.

Então na companhia do produtor Richard Bengtsson, e com o mago Andy Sneap responsável pela mixagem e masterização, a banda adentrou ao “Slaughterhouse Studios“, na cidade de Halmstad, na Suécia, entre os meses de março e maio de 2005 e saíram de lá com essa belezura nas mãos. A bolacha foi lançada pela “Century Media“,

Enter the Machine” é uma bela música instrumental que combina perfeitamente os riffs pesados com as partes melódicas que Michael Amott sabe impor como ninguém.

Taking Back my Soul” é ultrapesada, agressiva, mortal, violenta e tem riffs assombrosos. Angela Gossow berra furiosa como poucas vezes fora vista em sua carreira. 

“Nemesis” nasceu clássica. Ela é moderna sem jamais soar como essas bandas pseudo-modernosas que existem aos montes na cena. E essa máquina de criar riffs chamada Michael Amott segue mostrando que é letal. E destacar também a bateria ultraveloz do senhor Daniel Erlandsson, sobretudo no bumbo duplo. E com direito a inclusão de uma pequena parte bem melódica na guitarra. Música linda.

My Apocalypse” chega e é a minha escolhida como o melhor riff da carreira do ARCH ENEMY. Os riffs são pesados, densos e sombrios, uma música com um andamento mais cadenciado. E ainda tem espaço para uma parte mais harmônica, em que guitarra e baixo andam juntos, antes de o peso retornar com tudo. Poderosíssima.

Carry the Cross” é uma música mais suave durante as estrofes, mas ganha peso e fica densa no refrão. Ótimos riffs também e muta melodia nos solos.

Aí temos um medley: “I am the Legend/Out of Blood“. A primeira parte tem riffs cavalgados, lembrando até mesmo o ICED EARTH, só que claro, muito mais brutal. E a segunda parte é quebradeira geral. Música convidativa para um moshpit. E aqui na parte mais agressiva, a banda flerta com o Detah Metal, emendando com um solo pra lá de melódico. Parece louco, mas a receita dá e muito certo. Tudo aqui é perfeito: guitarras, bateria e a voz inconfundível de Angela Gossow.

Skeleton Dance” tem uma chatices na sua intro, mas que logo dão lugar a mais riffs poderosos, outros que posso enumerar como um dos melhores da carreira da banda. São os mesmo riffs que se repetem no refrão, mas intercalado por uma passagem sem tanto brilho nas estrofes. A base de guitarra que acompanha o solo é maravilhosa. Aliás, o segundo solo é bem harmonioso, bem executado e encaixou bem na música.

Hybrids of Steel” é uma outra música instrumental e aqui temos uma mistureba interessante de solos melódicos, riffs pesados, batidas fortes.

Mechanic God Creation” é uma música bem mais arrastadona, pesada, densa e nem por isso menos brutal. Ela lembra muito a música “Savage Messiah“, do “Wages of Sin“. Aqui eu destaco a complexidade das guitarras.

Em “MachtkampfDaniel Erlandsson traz batidas que lembram vagamente o que Igor Cavalera trouxe em “Territory“. Ficou interessante, mas logo ele volta ao seu habitual, que também é muito bom. A música em si é bem pesada, com passagens atmosféricas, sobretudo no refrão.

E o final se dá com outra música de riffs sensacionais, chamada “Slaves of Yesterday“. Peso e raiva dão um final épico a um disco que não tem uma música ruim.

Em apenas 49 minutos de muita brutalidade e técnica aqui apresentados, “Doomsday Machine” conseguiu alcançar a posição de número 87 na “Billboard 200“. E fecha uma trinca de ouro sensacional de lançamentos da banda. Eles ainda estão na ativa, com Alissa White-Gluz substituindo Angela Gossow e com o excelentíssimo Jeff Loomis fazendo parceria com Michael Amott nas guitarras, mas esse período entre 2002 e 2005 foi a época de ouro do ARCH ENEMY. E que por isso a homenagem se faz mais do que justa.

Lineup:
Angela Gossow – Vocal
Michael Amott – Guitarra
Christopher Amott – Guitarra
Sharlee D’Angelo – Baixo
Daniel Erlandsson – Bateria

Tracklisting:
01 – Enter the Machine
02 – Taking Back my Soul
03 – Nemesis
04 – My Apocalypse
05 – Carry the Cross
06 – I am the Legend/Out of Blood
07 – Skeleton Dance
08 – Hybrids of Steel
09 – Mechanix God Creation
10 – Matchkampf
11 – Slaves of Yesterday

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