Após diversos singles, Stolen Moans lança álbum de estreia  

Estreias sempre são uma faca de dois gumes e não só pela reação da plateia, que nem sempre está acostumada com o novo. Estrear é algo que tensiona os músicos também, pois além da energia acumulada que é liberada para um lançamento, há uma expectativa que muitas vezes pode não ser atendida.

Claro que, experientes como aparentam ser sonoramente, o trio formado pela cantora Vivian, o guitarrista Chane e o baterista Erick, que carregam o nome de Stolen Moans, sabe disso. Mas, é sempre bom ressaltar o que um trabalho de estreia representa, e eles chegam com o pomposo “Elbows Don’t Have Eyes”.

O disco é conceitual e traz em suas entranhas não apenas um tema, mas temas que se entrelaçam entre reis felinos, misoginia no ambiente de trabalho, batalhas amorosas surreais e manifestos artísticos anarquistas. Tudo tendo como trilha sonora algumas facetas do rock e do punk que casam perfeitamente com a estética lírica.

Com um som que une o agressivo com o belo, de melodias bem-postas, eles se inspiram no ‘riot grrrl’, um movimento feminista underground surgido na cena punk dos anos 90, nos Estados Unidos, especialmente em Olympia, Washington, e no noroeste do Pacífico. O movimento defendia o empoderamento feminino, a liberdade de expressão e a criação de espaços seguros para mulheres na música e na cultura.

Pois bem, são 13 faixas de puro equilíbrio lírico e sonoro, resultando em quase 44 minutos de música bem produzida e com timbres magistrais, já que eles foram cuidadosos com os timbres e captação.

É cruel destacar uma ou outra composição, mas temos que fazê-lo para situar o ouvinte que não tiver tempo suficiente de ouvir o disco inteiro, mas isso será uma heresia, pois é um trabalho que vale cada minuto investido, tamanha sua qualidade e bom gosto.

Pois bem, não podemos deixar de falar de “The King of Claws”, primeira música após a introdução, pois ela é um verdadeiro resumo do que ouvimos no disco. Traz uma mescla de punk e alternativo, além dum besunte pop que a deixa toda abrangente. A faixa seguinte “More”, apesar de mais minimalista, merece menção exatamente por isso, por sua objetividade.

Ouça ainda “Trees V3” por ser a música que sai um pouco da casinha trazendo uma roupagem eletrônica, além do punk raivoso e soturno “Bard-Inspired, Treachery, Chaos & Heartbreak”, a direta “Our Song”, que já é um hino da banda e o outro hino, “Dada Catapult” e seja feliz.

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