Anupam Shobhakar: confira o trabalho imensurável de seu último álbum “Liquid Reality”

Se você perdeu o lançamento de “Dawn of Paradise” (2020), agora podes adentrar ao misterioso mundo de Anupam Shobhakar com o novo full length “Liquid Reality”, que expande mais o território do virtuosismo e misticismo. O guitarrista indiano erradicado nos EUA simplesmente criou um estilo próprio que mistura cultura indiana, jazz e rock neoclássico. Para isso, ele desenvolveu uma guitarra de dois braços cujo um deles não possui trastes. O disco possui sete músicas onde a primeira, “Anjaneya”, evoca através de um moderno rock/fusion a divindade indu Hanuman. Em primeira mão, você sente a complexidade transbordar em seus acordes tempestuosos.

Existe um time de bons músicos que acompanha Shobhakar neste lançamento, como Utsav Lal e Santiago Liebson (pianistas), Swami Selva Ganesh (kanjirista), Satoshi Takeishi, Chris Savarino e Gumbi Ortiz (percussionistas), Ben Parag e Ona Kirei (vocalistas). Kirei que, inclusive, emprestou a sua voz envolvente para “Ladders to the Sky”, uma execução com solos mágicos. Na sequência, os encantos e mistérios da Índia se convergem com o solar metalizado da guitarra em “Hey Ghalib”, uma bela canção envolta em climas leves, esfumaçados e emotivos. Na canção, há algumas mudanças de andamento que enriquecem a complexidade da música sem prejudicar a melodia.

Depois disso, vem uma música “Formless” que exibe um talento imensurável em notas de guitarra acústica, sons vocais e uma execução hipnótica de kanjira. Aqui, enquanto Ganesh comanda o andamento rápido da música, Shobhakar extrai as melhoras notas de seu violão a mesma marcação do instrumento percussivo. Esta é uma música transitória que se espalha em sua mente e te deixa mais ativo. A próxima faixa se chama “La Danse de Bonheur” que, na verdade é uma versão mais abrasiva e versátil para o clássico de Shakti · John McLaughlin, originalmente lançada no álbum “A Handful of Beauty” de 1977.

A última dobradinha do álbum se inicia com “Fallen Leaves” que possui melodias vertiginosas, um pouco de psicodelia e um pouco de jazz. Acompanhando a condução vocal, a cozinha formada pelo teclado e bateria registram ótimos momentos, além do bom trabalho de guitarras. Para fechar, “Home” se encarrega de oferecer uma viagem transcendental promovida por um efeito de guitarra que conduz toda a melodia. É espantoso como Anupam Shobhakar consegue arrancar sentimentos de ternura do ouvinte com este “Liquid Reality”. O álbum, de fato, parece se movimentar como ondas leves de um lago, representando uma realidade tão maleável como palatável.

Ouça “Liquid Reality” pelo Spotify:

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