Durante entrevista para o podcast “Talk Is Jericho”, os integrantes do Anthrax, o baterista Charlie Benante e o guitarrista Scott Ian, debateram com os apresentadores Chris Jericho e Eddie Trunk sobre o segundo e o terceiro álbum da banda, sendo respectivamente o “Spreading The Disease” (1985) e o “Among the Living” (1987).
Sobre isso, Charlie falou:
“O Fistful (Of Metal, de 1983) foi o nosso primeiro álbum, mas, para, o Spreading realmente é o nosso primeiro álbum com o line-up clássico. E esses dois discos… Veja, o Among nos deu uma carreira. Se não fosse pelo Spreading, não haveria Among. Os dois eu lembro com bastante carinho em nossa carreira. Amo os dois álbuns. Houve momentos, que as coisas estavam acontecendo, havia essa camaradagem. Éramos jovens, cara. Estávamos nos nossos 20 anos, realmente começando a conhecer um ao outro, e então, boooom, ai está, tchau. Vocês estão juntos para sempre agora. Fazendo turnês, se dando bem. E, de repente, você ver que esses caras tem esses problemas, esse cara tem esse problema, mas vocês todos fazem que isso dê certo, porque vocês amam o que fazem. Houve tempos difíceis, mas se não fosse por esses tempos difíceis, quem sabe se teríamos feito o ‘Worship Music’ (2011) ou o ‘For All Kings’ (2016)“.
Sobre isso, Scott adicionou:
“Ser os caras da banda, a gente ver de uma certa forma. E com certeza, esse período de tempo entre 85 e 87 é o porquê estamos no telefone nesse momento. Fomos capazes de deixar uma marca profunda na mente das pessoas. As pessoas se apaixonaram pelo que fazemos e continuam por todos esses anos. Nesse momento em algum lugar do planeta há uma criança, literalmente uma criança, provavelmente ouvindo o ‘Among the Living’ pela primeira vez, porque seu irmão mais velho o incentivou a isso ou por qualquer outra razão; ou ele achou em algum streaming online para ouvir, porque disse ‘se você gosta disso, deveria tentar isso’. E é um disco inegável – os dois. Você realmente não pode ir errado, sinto como, com qualquer um; eles simplesmente seguram a barra. Realmente, temos que agradecer nossas carreiras a esses álbuns“.
Ian também comentou que o Anthrax chegou em um ponto da carreira que eles não precisariam mais gravar novos álbuns.
“Seria fácil pensar – talvez ‘fácil’ não seja a palavra certa – mas para nós como banda, com o nosso catálogo, não precisamos mais gravar discos. Chegamos em um ponto da carreira que poderíamos facilmente apenas sair a cada dois anos tocando as músicas que todos querem ouvir – as mesmas 14 ou 18 músicas que todos querem ouvir, e poderíamos já ter feito isso. Mas não é realmente quem somos. Então a gente fala muito bem do ‘Worship Music’ e ‘For All Kings’, e nos sentimos bem com isso, porque trabalhamos duro nesses discos e colocamos bastante de nós mesmos e das nossas vidas nesses álbuns, e saber que pessoas se conectam com esses álbuns da mesma maneira que se conectavam com os álbuns de 30 anos atrás, realmente, faz a gente se sentir bem; faz eu me sentir bem, como um artista. E o fato é que não precisamos nos aposentar, como eles dizem. É sempre sobre seguir adiante“.
Confiram a entrevista completa, em inglês sem legendas, aqui.
Fonte: Blabbermouth.net