Angra: Rebirth, a análise de um clássico!

O Rock tem um histórico interminável de canções memoráveis que marcaram gerações, muitas fazendo parte diretamente de algum momento da vida de alguém, ou até da vida inteira. Obras musicais, muitas vezes podem ficar tão intrincadas no espírito de um ser humano, que chegam a passar a ser parte integrante do ouvinte, Rebirth, por inúmeras razões, é uma dessas!

Liricamente falando, a poesia cantada por Edu Falaschi carrega em si uma carga dramática arrepiante, que põe o ouvinte dentro do cenário de renascimento, tal qual o título propõe. E de quê adiantaria uma poesia primorosamente bem escrita, se a mesma fosse mal interpretada? Pois eu digo: DE NADA! Exatamente por esse motivo o vocalista que a gravou foi escolhido a dedo, é como se o cara tivesse nascido para fazer isso, não poderia jamais morrer sem antes deixar este presente para a humanidade! Cada frase e sua intenção, encontraram a carga certa de drama, euforia ou suavidade, dependendo do momento interpretado, desde o momento marcado pela frase “raise my eyes after I wash my face”, quando a ideia é “let time just fly” até o refrão libertador na frase “and I ride the winds of brand new days”.

 

Musicalmente, a poesia foi servida de uma escolha fantástica de acordes, melodias e ritmos que serviram como uma cama de plumas para a mesma poder elegantemente repousar. A começar pela intro de violão, usando algumas notas de aproximação no baixo (dos acordes de violão), que trazem uma agradável sensação de tensão imediatamente seguida de relaxamento na nota de repouso, como no momento entre os acordes Am e G, em que há uma leve intervenção da nota F# entre um acorde e outro. As vozes que cantam “recalling, retreating…” estão perfeitamente harmonizadas, aliás, Angra sempre primou pelos arranjos vocais, assim como pela escolha dos frontmen que assumiram os microfones ao longo de sua história.

A linha de bateria é um espetáculo à parte, como sempre! E claro, só pra não perder o costume, a dupla Kiko e Rafael nos brindaram com mais um solo que conseguiu ser virtuoso e melodioso ao mesmo tempo, isso é Angra senhoras e senhores!

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