Em 23 de março de 1996, era lançado o álbum do Angra, intitulado “Holy Land”, não dá para negar que é um álbum encantador.
A mistura de elementos clássicos de cultura brasileira ao heavy metal, dá uma uma significado diferente, uma simbologia contagiante. “Carolina IV” é uma das músicas mais interessantes do Angra e do Metal Nacional, e quase em todos shows ela tem que estar presente,leva os fãs ao delírio.
“Nothing to say” não fica atrás, e explico o porque, tem um tema interessante pois fala da colonização das Américas, considerada por muitos a melhor faixa porque é uma crítica reflexiva sobre a colonização do território brasileiro.Angra nos dá belas lições de História.
“Holy Land” se liga direto com o Brasil, mostrando de onde veio, era nossa cultura exposta ao mundo em forma de metal.
Make Believe, lembro de uma vez ter escutado o Rafael explicar sobre ela, o que é bem interessante o significado, é a ‘tormenta do destino’. Falava sobre uma grande tormenta que vinha para acordar a humanidade no sentido de se portar, de se repensar o jeito de ser não só individualmente como coletivamente. É super apropriada ao momento que estamos vivendo”, diz Bittencourt.
“Silence and Distant” começa com uma calmaria com a voz de Andre que vem acompanhada por um piano doce e em seguida um melodia muito bonita, tocante e com uma harmônia incrível, mas logo vem a explosão com as passagens de bateria trincada, com Ricardo Confessori mostrando sua brilhante presença nas composições.
“The Shaman”, é uma das músicas que menos agradam as pessoas, mas para mim começa como uma verdadeira pedrada. Aqui já dá indícios do potencial da voz do André, o quão incrível estava esse álbum.
Deep Blue” tem no início uma espécie de canto cerimonial, muito bonito e casa bem com a voz bonita do André, e é acompanhado por um órgão de rito religioso. A melancolia dura toda a faixa, o que a deixa mais incrível,porém não recomendo ouvir naqueles dias de chuva, ou naqueles dias tenebrosos. Quem gosta de canto gregoriano assim como eu, vai se apaixonar com certeza por essa música, isso faz ter um ar mais carregado a canção, não há defeitos nessa música, ótimo para ouvir acompanhado.
Agora a Z.I.T.O” é muito rápida, bem power metal, e trás consigo um solo bastante complexo, carregado e agradável, e que quando se ouve não quer parar, é encantadora.
“Crossing” abre com uma missa de Giovanni Pierluigi da Palestrina, compositor italiano da época do Renascimento, mais calma, e vem mesclando os sons agradáveis da natureza, e finaliza com som de trovoadas e chuva, a música vem pronta para relaxar corpo e alma.
Formação:
Andre Matos( vocal)
Rafael Bittencourt (guitarra)
Kiko Loureiro (guitarra)
Luís Mariutti (baixo)
Ricardo Confessori (bateria)
Ouça o álbum completo:
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