Em uma recente entrevista ao programa “Metal Magdalene With Jet” no Metal Messiah Radio, o guitarrista Andreas Kisser explicou como ele se juntou ao Sepultura em 1987 como substituto de Jairo Guedz. O primeiro passeio de estúdio de Kisser com o Sepultura foi no mesmo ano de “Schizophrenia“, um álbum que demonstrou uma melhora acentuada em relação à estréia da banda, “Morbid Visions“, em 1986, não apenas no departamento de guitarra, mas em composição e produção. O papel principal de Kisser continuaria a figurar com mais destaque nos lançamentos seguintes da banda, particularmente em “Beneath The Remains“, de 1989, e “Arise“, de 1991, servindo como complemento ideal para o trabalho de guitarra rítmica de Max Cavalera. Desde então, Kisser assumiu praticamente todos os deveres de guitarra desde 1996, onde Max se separou da banda, e agora serve como o principal compositor. Hoje, Andreas e o baixista Paulo Xisto Pinto Jr. são os únicos remanescentes da formação clássica do Sepultura.
“Eu tinha uma banda em São Paulo; o Sepultura é de Belo Horizonte“, disse Andreas (ouça o áudio, em inglês, abaixo). “É uma cidade diferente. São oito, nove horas de carro. Eu tinha essa banda na escola e estávamos desenvolvendo um som mais pesado, mais influenciado por Kreator, Destruction, ‘Hell Awaits‘ do Slayer e tudo mais. Mas meus parceiros, meus músicos, eles não queriam assumir o controle de sua carreira. Eles tinham outros planos. Um queria trabalhar com o pai em uma grande empresa. Eles eram ricos — eles não queriam seguir na música. Quando eu conheci os caras do Sepultura, eles vieram para São Paulo com outra banda, Mutilator; eles estavam prestes a se apresentar na minha cidade natal. Fui vê-los e conheci Max e Igor pela primeira vez. Depois de um mês ou dois, eu estava em Belo Horizonte, a cidade natal da banda, apenas para ir lá de férias, apenas para visitá-los e vê-los praticar. Então eu toquei um pouco com Igor. Nós tocamos alguma coisa do Kreator, algo do Slayer. A química foi instantânea. Estava realmente lá. Algumas semanas depois, Jairo, o guitarrista deles, foi embora. E eu não tinha banda em São Paulo. Eles queriam um guitarrista e a impressão foi muito boa que eu tive com o Sepultura e eles comigo. Então, decidimos juntar forças. Eu me mudei para a cidade deles e o ‘Schizophrenia‘ foi gravado logo depois.“
O último álbum do Sepultura, “Quadra“, foi lançado em 7 de fevereiro pela Nuclear Blast Records. O disco é um esforço conceitual criado no Fascination Street Studios da Suécia com o renomado produtor Jens Bogren. Será seguido por uma turnê mundial a partir de março.
Fonte: Blabbermouth