Além de músico, possuir uma banda, compor, tocar, lutar para conquistar seu gosto caro leitor, vários artistas do país possuem peculiaridades íntimas e estilos totalmente distintos uns dos outros.

Pensando em trazer um pouco da “Alma de Músico”, criamos um novo quadro que visa levar até você, um bate-papo descontraído e mais intimista de grandes músicos do Rock e Metal do país. Saiba o que pensam, os gostos pessoais, os hobbys e as críticas ao cenário através dessa nossa proposta.

Hoje conversamos com o vocalista da Monday Riders, Jairo Resenroads, que não fugiu de nenhuma resposta e revelou detalhes que acreditamos nem seus entes mais próximos devem saber. Confira:

01 – Fale sobre seu trabalho e como você descobriu o Rock/Metal em sua vida?

Bom, sou cantor de forma séria desde meus 16 anos. Na infância sempre gostei de cantar, mas era algo totalmente despretensioso como qualquer criança (a maioria), já que não tive muitos incentivos culturais para a música em casa. Pois dos meus 04 aos 17 anos eu era atleta em categorias de base em clubes de futebol e quase me profissionalizei (cheguei até a começar uma faculdade de educação física). Além da vida de cantor, também ganho dinheiro com a área que me formei (Design Gráfico). Eu não sei precisamente dizer como descobri o Rock na minha vida, mas tem forte influência de trilhas sonoras de vídeo games, trilhas sonoras de filmes e também quando raramente tocava músicas de ‘bandas internacionais que eu não sabia o nome’ nas rádios. Tempo depois fui descobrir que era Scorpions, Guns, Led Zeppelin, Metallica, Van Halen, Mr Big, Bon Jovi, Queen, Survivor e suas músicas mais ‘leves’. Nunca gostei de músicas populares e na minha família a música popular (músicas do momento nas rádios) sempre foi o estilo musical predominante. Para eu procurar descobrir que estilo de música era aquele que me chamava tanto a atenção (dos vídeos games, filmes e raramente as ‘bandas internacionais que eu não sabia o nome’), comecei a comprar CD nas lojas especializadas e comprar umas revistas de rock.

02 – Qual banda você escutou pela primeira vez e sentiu que esse estilo serie eterno em sua vida?

Essa pergunta é mais difícil ainda. Eu realmente não sei falar qual foi a primeira banda que escutei que me fez falar: “quero escutar isso a minha vida toda! ” Provavelmente foi em alguma trilha sonora de Rocky: Um Lutador, Rocky II, Rocky III, De Volta Para o Futuro, Exterminador do Futuro, Karatê Kid, Hellraiser, Jovem Demais Para Morrer, Top Gun, Highlander, Mad Max, e por aí vai. Eu teria que lembrar qual desses filmes eu assisti primeiro!

03 – Em seu instrumento, cite três músicos que você admira e tem como referência e os motivos!

Normalmente o pessoal fala os monstros de sempre (David Corverdale, DIO, Bruce Dickinson, Freddie Mercury e por aí vai…). Vou falar dos caras mais novos (que já não são tão novos assim) e que gosto de escutar! E vou ser folgado, ao invés de citar três, citarei quatro. São cantores que conheci já com uma certa maturidade musical pessoal e normalmente escuto esses caras todos os dias. Hansi Kürsch – Blind Guardian/Demons & Wizards: A primeira música que escutei desse desgraçado foi Heaven Denies do Demons & Wizards e puta que pariu! Isso foi em 2005 (se não me engano) e depois disso fui atrás de escutar mais desse cara. Conheci D&W por causa de um conhecido meu que gostava muito de Iced Earth e o guitarrista Jon Schaffer fez tipo uma parceria com o Hansi para montarem o D&W. Após isso fui procurar mais músicas do Hansi e conheci Blind Guardian, uma das minhas bandas favoritas nessa minha vida =D. Russel Allen – Symphony X/Adrenaline Mob: O cara é um monstro! Eu escuto Symphony X desde 2007 aproximadamente o cara sempre melhora! É tecnicamente impecável e acho o timbre de voz dele fantástico! Eu sempre comentei com amigos algo do tipo: “Quero ver esse desgraçado fazer algo mais rock n’ roll um dia! ” Aí anos depois, ele fez o trabalho maravilhoso com Adrenaline Mob! Fantástico! Jorn Lande – Masterplan/Avantasia/Ark/Jorn/Um monte de banda: Mais um desgraçado! Como tenho raiva desses caras que citei kkkkk! O Jorn escutei pela primeira vez quando escutei o álbum Masterplan-Masterplan, provavelmente em meados de 2007! Escutei do início ao fim seguidamente esse trabalho! Achei a voz dele espetacular, tipo uma fusão do DIO com Coverdale (descobri tempos depois que isso é algo quase como proposital). Não teve jeito, fui procurar descobrir mais sobre os trabalhos autorais dele e seu trabalho no Ark. Anos depois ele começou a participar frequentemente de uma das minhas bandas favoritas (Avantasia) já destruindo no álbum The Scarecrow e na canção com mesmo nome! É um vocalista espetacular! Richie Kotzen – Richie Kotzen/The Winery Dogs: Eu conheci o trabalho do Richie Kotzen como guitarrista em bandas como Mr. Big. Um tempo depois escutei uns trabalhos autorais dele (já como vocalista) em que o estilo não me chamou a atenção. Com o passar do tempo fui escutando mais e percebi que o cara não tem só uma voz fantástica (além de guitarrista virtuosíssimo), como o cara é um artista completo e totalmente ‘underhated’! Terminei de virar fã de verdade quando vi um show ao vivo na turné do álbum ‘Piece Sign’ e não parei mais de acompanhar tudo que ele lança. Daí um certo dia ele inventa de fazer a banda The Winery Dogs! Rapáááá! Vai tomar no cu! Que raiva desse cara! Que banda fantástica! Que músico completo! Pronto, respondi a terceira pergunta e acho que eu deveria falar de Michael Kiske (Helloween), mas não vou me estender.

04 – O que você modificaria no cenário nacional em relação ao trabalho das bandas nacionais.

Essa é uma pergunta bem complexa! Mas para uma resposta adequada eu teria que fazer um texto só para isso, mas ainda seria só a ponta de um iceberg. Mas acredito que o principal é fazer que os shows, trabalhos e eventos seja algo atrativo para o público em geral. Fazer do rock, dos shows em geral um entretenimento profissional e com isso atrair mais público e gerar mais receita. Mas como falei, é só a ponta do Iceberg. Pois imagino que tem bandas e pessoas que não tem interesse em sair do underground (por diversos motivos) e é uma forma de diferente de se pensar. Poucas linhas não dão para resumir um tema de debate.

05 – O que você busca levar como conteúdo em sua música e obra?

Mais uma pergunta em que não consigo responder de forma reduzida, mas vou tentar resumir. Eu sempre faço a música para mim. Eu tento fazer algo que seja prazeroso e honesto primeiramente para mim e para a banda que participo (tipo uma soma de gostos individuais). Nesse sentido sempre procuro fazer o máximo que eu consigo em questão de qualidade. Aí, com os trabalhos finalizados, a minha torcida é que as pessoas reconheçam esse trabalho como algo que foi feito com carinho, esmero e esforço. Mas chegar ao ponto de gostar, aí vai muito de cada um, por isso depende muito dos gostos pessoais/musicais.

06 – Comente três bandas que poucos conhecem, mas que você curte muito e gostaria que as pessoas conferissem. Hoje em dia acho que é complicado existir bandas que poucos conhecem, eu realmente não tenho nem ideia (risos).

07 –Você escuta outros estilos de música? Se sim, quais e mencione artistas do gênero.

É bem raro eu escutar algum estilo de música que saia do Rock n’ Roll/ Classic Rock/ Hard Rock/Heavy Metal/ Blues. Normalmente escuto algo fora disso quando estou em algum evento com amigos e/ou familiares. Mas como um bom goiano, com pais do interior, acho legal estar com os parentes na beira do rio, bebendo cerveja, tomando umas pingas, fritando uns peixes e escutando umas modas de viola

08 – Comente sobre três discos fundamentais em sua coleção.

Acho que já respondi essa pergunta algumas vezes na minha vida e quase sempre mudo a resposta. Hoje em dia, os três principais discos que escutei foram Black Sabbath – Black Sabbath; Blind Guardian – Nightfall in Middle-Earth; Avantasia – The Metal Opera (Parte 1 e 2)

09– Cite uma banda dos anos 70, uma de 80, de 90, de 2000 e uma atual que não podem faltar na sua Playlist.

1970: Black Sabbath

1980: Whitesnake

1990: Blind Guardian (Foi fundada nos anos 80 maaasss…)

2000: Avantasia

Atual: The Winery Dogs/Adrenaline Mob

10 – Você é adepto e a favor de Streaming, porque?

Sim, sempre! Acho que as bandas sempre têm que liberar seu conteúdo para as pessoas conhecerem seus trabalhos e paralelamente com isso, se as pessoas se interessarem, comprar CD (físico), Vinil e todo o merchan que as bandas disponibilizam. Mas a parte de áudio e vídeo, sou totalmente a favor de serem liberadas gratuitamente seja por streaming, por download e etc …

Fora da música quais são suas paixões?

Fora da música trabalho no dia a dia como Designer Gráfico como ganha pão para pagar o leite do filhote e a ração dos cachorros (risos).  Nas horas vagas eu gosto de sair para tomar cerveja, comer e fazer atividades físicas. Sempre estou no parque correndo ou nos campos de futebol jogando uma peladinha. Nos fins de semana gosto de assar uma carne com minha família e de vez em quando ir para a roça. Não tem tempo ruim comigo!

11 – Complete a frase: Minha alma sem a música seria… mais feia e triste que batida de kombi! (muitos risos).

Curioso em conhecer mais sobre a obra da Monday Riders. Escute em todas as plataformas digitais e busque a banda nas redes sociais:

Monday Riders é formado por:
Jairo Resenrods – vocal
Renato Teixeira – guitarra
Wagner Felix – baixo
Paulo Meneses – bateria

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