
O Alice in Chains é, sem dúvida, uma das maiores bandas da década de 90. A união de Jerry Cantrell e Layne Staley é basicamente a dupla Lennon e McCartney do Grunge.
A sonoridade intensa e, ao mesmo tempo, melancólica que a banda trouxe em sua carreira, principalmente nessa primeira fase, é marcante. Conseguir aliar agressividade, intensidade, sonoridade soturna e melancolia, foi o que fez o Alice in Chains atingir o sucesso que conquistou.
Tudo começa com a amizade entre Layne e Jerry. O guitarrista acabou indo morar no estúdio onde Layne ensaiava com outros projetos musicais. Aquela amizade inicial seria o ponto de partida para a criação de uma das melhores e mais viscerais bandas da cena.
Quando, enfim, Jerry conseguiu juntar Mike Starr no baixo, Sean Kinney na bateria e conseguiu convencer o Layne de fazer parte do projeto, aí sim tudo fluiu muito bem para a banda. Começava, de vez, o Alice in Chains.
A relação da banda e principalmente de Layne com a morte surgiu desde o início: afinal, abrir o disco de estreia com uma faixa chamada We Die Young (nós morremos jovens) já deixa bem claro sua relação com o tema. O que acabou se demonstrando ser ainda mais verdadeiro com a partida de Layne uma década depois.
O disco de estreia, Facelift (1990), já chegou com muito trabalho bom, uma sonoridade underground, intensidade, agressividade e melancolia. A banda conseguiu colocar um de seus maiores sucessos, a faixa Man in the Box, já nesse primeiro trabalho e conseguiu conquistar fãs pelo mundo todo. Além da faixa, outras músicas como We Die Young, Sea of Sorrow e Bleed the Freak também são ótimas nesse álbum, alternando entre agressividade e melancolia.
A banda foi ousada: após esse lançamento, chegaram com um EP quase acústico, trazendo uma sonoridade introspectiva e em formato de canções: o SAP (1991) mostrou um outro lado da banda; lado que ficaria mais evidente em lançamentos posteriores como o Jair of Flies e o Unplugged. Foi aqui que a banda apresentou ótimas faixas como Brother e Got Me Wrong, mostrando que sabia trabalhar com sonoridades acústicas e melancólicas também.

O EP foi muito bem aceito e fundamental para que a banda tivesse tempo para se preparar melhor e produzir o álbum mais trabalhado da banda que foi o seguinte: Dirt (1992) chegou com tudo, mostrando ainda mais agressividade que o primeiro trabalho, além de grandes sucessos. O álbum abre com Them Bones, onde Layne já chega gritando e a banda mostra um trabalho com quebra de tempo e com muita intensidade. O disco ainda conta com a melancólica Down in a Hole, mostrando que ainda sabiam fazer boas baladas. Faixas como Rooster, Angry Chair, Dam that River e Would também merecem destaque nesse grande disco.
Porém, após o lançamento de Dirt (1992), o vocalista Layne começou a ficar mais recluso e ter muitos problemas pessoais, além de problemas com drogas. Mesmo assim, a banda ainda seguia compondo e lançou o EP mais famoso de sua carreira: Jair of Flies (1993). Este trabalho é tão bom que foi o primeiro EP a ganhar destaque na Billboard. Músicas como Nutshell, Rotten Apple e No Excuses merecem destaque nesse disco.
Pouco depois, a banda entrava em estúdio para lançar o último álbum completo de estúdio com Layne Staley nos vocais: o Alice in Chains (1995). Com uma sonoridade ainda mais mórbida, cheio de intensidade e melancolia, o álbum mostrou que a banda ainda sabia fazer ótimos trabalhos, alternando entre agressividade e melancolia. O trabalho é bom desde sua capa, que contou com um cachorro de três patas, simbolizando ser o terceiro disco do grupo. O álbum é conhecido também como “Tripod”. Músicas como Grind, Again e Heaven Beside You são os destaques dessa obra. O disco também mostra como Layne se encontrava debilitado: tanto em seu jeito de cantar como também sua imagem nos videoclipes.
A banda começou a não fazer apresentações ao vivo devido ao estado de Layne, mas aceitou o convite da MTV para fazerem o Unplugged MTV. O trabalho acústico mostrou que a banda sabia muito bem fazer canções melancólicas e que não dependia só de suas guitarras distorcidas para fazer um bom trabalho. O disco apresenta muita melancolia, mas mostra também o talento da banda em criar melodias e fazer uma apresentação digna. Sem dúvida, um dos melhores acústicos da MTV.
O canal da Rockstage, no quadro Rockstage Talks, falou mais sobre a carreira da banda até a morte de Layne Staley. Quer saber mais? Então não deixe de clicar abaixo agora mesmo!