A Nuclear War Now! Productions definiu a data de 15 de Fevereiro de 2019, como a data de lançamento internacional do aguardado álbum de estreia da Departure Chandelier, intitulado “Antichrist Rise to Power”. O álbum é uma violenta declaração de lealdade ao domínio do Imperador, dos esqueletos cobertos de lama de Marengo, aos penhascos irregulares de Santa Helena. A nobre aceitação do exílio forçado, o frio inescapável da cela da prisão, e a cruel corrida do combate, enchem o apetite do aristocrata por sua busca ilimitada por honra. A coroação de Napoleão – a ascensão do anticristo – deixou a terra úmida com o sangue carmesim do elitismo. O soldado torna-se o imperador, deificado e venerado, depois confinado e expulso da nobreza para o encarceramento, a luz fraca da Europa perdida contra a impenetrável cascata de invasões.
A música da Departure Chandelier brilha com o ardor estético da apoteose. É uma comunhão com o falecido, traçando o caminho da vida transmutado em morte sobre desonra. Embora composta de membros da Akitsa e Ash Pool, a Departure Chandelier é totalmente única em estilo e substância, e tem pouca semelhança evidente com qualquer um desses projetos. Gravado há quase uma década, o álbum de estreia da banda, “Antichrist Rise to Power”, na verdade precedeu a demo da banda, “The Black Crest of Death, The Gold Wreath of War”, lançada em 2011. Gravado em um porão no nível das sepulturas, atrás do Cemitério de Mármore da Cidade de Nova York (o mais antigo cemitério da cidade de Nova York), estabelecido como um repositório para os mortos em 1831, apenas uma década após a morte de Napoleão. Dentro dos portões do pequeno cemitério (onde a fotografia do álbum foi tirada durante uma nevasca rara), cada parcela do álbum é comemorada com um túmulo de mármore.
Composicionalmente, ouve-se a pesada influência de Bathory e outras bandas seminais sobrescritos pelo som do Black Metal clássico francês, como Osculo Infame, Bekhira, Chemin De Haine, Cantus Bestiae e Machiavel. As faixas são ricas em melodias intercaladas com um ar de orgulho intransigente e adornadas, no ornamentalismo opulento da aristocracia e do império. Os golpes de teclado e as ondas delineiam os riffs, acentuando o impulso imponente da guitarra. Levantando-se da música, os vocais fervilham, a expressão misturada de desprezo pela vida e pela dissidência espiritual. A gravação consegue captar os melhores elementos do Black Metal bruto, deixando as guitarras frágeis e carregadas, ao mesmo tempo que fornece profundidade e equilíbrio. A justaposição entre a essência enxuta e despojada da gravação, com as melodias ornamentadas e complexas e os acentos composicionais floridos, é um complemento perfeito para o detalhe audaciosamente original do álbum da era napoleônica.