ABC do Metal: letra P – 2a. parte

Escolhemos 5 bandas por letra, uma vez por semana, para você ampliar seus conhecimentos! Confira a segunda parte das bandas com a letra P!

Possessed – Death Metal – Origem: USA – Formado em 1983

Release: No ano de 1984, nasceram uma banda e um subestilo. Possessed e Death Metal são conceitos indissociáveis. O quarteto formado por Jeff Becerra, Larry LaLonde, Mike Torrao e Mike Sus registrou dois álbuns e um EP que são peças fundamentais da história do Death Metal. Após o EP, a banda se dissolveu. LaLonde foi para o Primus, Torrao e Sus afastaram-se aos poucos do mercado musical e Becerra sofreu paralisia após ter recebido um tiro em um assalto.
Este mesmo Becerra, que hoje utiliza uma cadeira de rodas, vem desde 2007 trabalhando no sentido de revitalizar o nome Possessed. Em 2019, lançou o elogiado “Revelations of Oblivion” e tornou o Possessed um presença obrigatória nos principais festivais ao redor do globo.

Músicas de destaque: “The Exorcist”, “Eyes of Horror”, “Death Metal”

Opinião: Há quem prefira discutir se o Death Metal foi criação do Possessed ou do Death. A banda de Becerra lançou seu disco dois anos antes da estreia de Schuldiner. Na verdade, isso pouco importa. O que interesa é que o Possessed já estabelecia elementos essenciais para o estilo e permanece, por todas essas décadas, como uma referência a ser observada.

Novidades: A banda prossegue na divulgação de seu mais recente álbum e não tem outras novidades em pauta.

Picture – Heavy Metal – Origem: Holanda – Formado em 1979

Release: Após o lançamento de dois álbuns, o Picture começou a ganhar destaque a partir de “Diamond Dreamer”, que continha os vocais do cantor israelense Shmoulik Avigal. “Eternal Dark”, o trabalho seguinte, já continha a participação do vocalista Pete Lovell, e este álbum, tendo sido lançado no Brasil, alavancou o nome da banda em nosso país.
Após “Traitor”, Lovell saiu e cedeu espaço para Bert Heerink, que registrou dois discos sem muita repercussão. Depois de mais de vinte anos de inatividade, o Picture retorna com “Old Dogs New Tricks”, trazendo novamente Lovell e recuperando seu espaço no cenário.
“Wings”, de 2019, reapresenta o vocalista original, Ronald van Prooijen, e foi essa a formação que registrou o DVD “Live In São Paulo”, de 2020.

Músicas de destaque: “Diamond Dreamer”, “Message From Hell”, “Eternal Dark”, “Griffons Guard The Gold”

Opinião: Heavy Metal em sua forma mais pura. Não é speed, thrash, melódico ou qualquer outro adjetivo inventado nos meados da década de 80 para cá. É Heavy Metal, apenas Heavy Metal, e isso basta!
Novidades: Infelizmente, o vocalista Shmoulik Avigal, que também teve passagem pelo The Rods, faleceu esse ano, mas seu legado, no clássico “Diamond Dreamer”, jamais será esquecido.

Primus – Alternative Metal – Origem: USA – Formado em 1984

Release: Tendo sido formado em 1984, a formação clássica do Primus só se efetivou em 1988, com a entrada do baterista Tim “Herb” Alexander e do guitarrista Larry LaLonde, que tocava Death Metal no Possessed, juntando-se ao fundador Les Claypool.
Essa formação durou quatro álbuns, até a saída de Tim, que foi substituído por Bryan “Brain” Mantia, com quem fizeram os discos “Brown Album” e “Antipop”. A banda entra, então, em hiato e retornam em 2003 com o EP “Animals Should Not Try to Act Like People”, trazendo Tim de volta à bateria.
No entanto, o álbum seguinte, “Green Naugahyde”, é realizado com o baterista Jay Lane, que era da formação inicial de 1984. Jay fica somente para a realização desse disco e Tim retorna mais uma vez, prosseguindo na formação desde então, tendo lançado mais dois novos discos, sendo “The Desaturating Seven”, de 2017, o mais recente.

Músicas de destaque: “My Name Is Mud”, “Tommy The Cat”, “Jerry Was a Race Car Drive”, “Over The Falls”

Opinião: Novamente é um caso daqueles em que a definição de estilo, colocada lá na primeira linha, é apenas exemplificativa. Quando o Primus estourou na MTV, o Funk Metal estava em alta e, por ter influências nesse sentido, acentuadas pelo groove do baixo, classificaram a banda dessa forma. O Primus vai bem além, sua música é bastante experimental e é tão abrangente e inclassificável quanto o são suas influências de Rush, King Crimson e Frank Zappa.

Novidades: A banda está remarcando as datas da turnê “A Tribute To Kings”, onde prestavam homenagem ao disco “A Farewell to Kings” do Rush.

Pariah – Heavy Metal – Origem: Inglaterra – Formado em 1988

Release: Quando o vocalista Brian Ross deixou o Satan pela primeira vez, a banda mudou seu nome para Blind Fury e registraram um álbum em 1987 com o vocalista Lou Taylor. Na sequência, reassumiram o nome Satan para fazer o disco “Suspended Sentence”, de 1987, agora com a presença do cantor Michael Jackson.
Com essa formação, eles passam por mais uma mudança de nome, e se denominam como Pariah. Os álbuns “The Kindred” e “Blaze of Obscurity” são lançados antes do projeto ser encerrado e os guitarristas Graeme English e Steve Ramsey resolverem formar o Skyclad com o ex-Sabbat, Martin Walkyier.
Apesar do sucesso do Skyclad, Ramsey e English decidiram realizar mais um disco do Pariah. “Unity”, de 1997, traz Alan Hunter, ex-Tysondog no vocal e, por enquanto, com os dois guitarristas ocupados entre o Skyclad e o retorno do Satan com Brian Ross, aparenta ser o canto do cisne da banda.

Músicas de destaque: “The Rope”, “Missionary of Mercy” e “Reactionary”
Opinião: Metal tradicional com toques de Thrash inglês dos primeiros anos do estilo. O Pariah possui uma abordagem menos clássica do que o Satan e pode ser encarado como se fosse uma espécie de projeto paralelo dos integrantes desta banda com a participação de outro vocalista.

Novidades: Buscar novidades sobre o Pariah não deverá trazer muitos resultados. Seus integrantes prosseguem atuando no Skyclad e no Satan, sendo que este último acabou de lançar uma compilação “Early Rituals”.

Plebe Rude – Punk Rock/Pós-Punk – Origem: Brasília, DF  – Formado em 1981

Release: Philippe Seabra, Gutje Woorthmann, André X e Jander Bilaphra são os nomes dos integrantes da primeira formação da Plebe Rude e que gravaram álbuns antológicos para o Rock brasileiro, como “O Concreto Já Rachou” e “Nunca Fomos Tão Brasileiros”.
A banda focava suas letras para a crítica política e social e sua primeira fase durou até após o lançamento de “Plebe Rude”, de 1988.  Com a saída de Gutje e Jander, o quarto disco “Mais Raiva do que Medo” é gravado apenas por Philippe e André com a participação de convidados.
Após um longo hiato, o álbum “R ao Contrário” é lançado com a integração de Clemente Nascimento (dos Inocentes) à formação. Com a agregação do baterista Marcelo Capucci, mais dois discos são disponibilizados, sendo “Evolução – Volume I”, de 2019, o mais recente.

Músicas de destaque: “Até Quando Esperar”, “A Ida”, “Mentiras Por Enquanto”, “Valor”

Opinião: A Plebe Rude era uma autêntica representante do cenário em que foi criada, mas explorou as influências Punk com mais afinco que seus pares e, ao mesclar esses sons com aspectos melódicos, criou um som diferenciado dentre a explosão de bandas de Rock  que surgiram no Brasil na década de 80.

Novidades: A trilha sonora do filme “Faroeste Caboclo”, composta por Philippe Seabra, foi recentemente disponibilizada para audição nas plataformas digitais.

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