Hailz Headbangers! Mais uma semana se inicia, e a Roadie Metal apresenta o quadro ABC do Metal – aqui nós escolhemos semanalmente 5 bandas por letra, com objetivo de ampliar seu conhecimento musical e de explorar o que de melhor existe no Metal mundial. Essa semana traremos 5 bandas que iniciam com a letra “O”. Infelizmente, algumas bandas sempre acabam por ficar de fora da lista, em detrimento de outras. Ou seja, as conceituadas Obituary e Overkill cedem espaço a novos nomes, e não estou falando de Opeth e Orphaned Land… Vamos lá conferir a lista dessa semana?

OZZY OSBOURNE – Heavy Metal (NWOBHM) – Inglaterra – formada em 1980

Obrigatoriamente, costumo iniciar minha lista com o maior artista / banda (ao meu conceito) que conheço (com a letra da semana, no caso “O”), e dessa vez, não foi diferente…

Release: Falar de Ozzy Osbourne parece algo fácil, uma vez que estamos falando de um dos maiores ícones do Heavy Metal Mundial (para alguns, o maior!), muito embora, a grande maioria tenha apenas um conhecimento trivial acerca do “Príncipe das Trevas”. Precursor de um estilo musical que mudaria a vida das pessoas, John Michael Osbourne – o velho conhecido “Ozzy” – nasceu em Aston (Inglaterra) em 03 de Dezembro de 1948. Famoso tanto por seu trabalho como vocalista da banda britânica Black Sabbath – com a qual gravou 9 discos – bem como por sua carreira solo, Ozzy consagrou diversos sucessos e lançou 12 álbuns de estúdio durante sua carreira solo, totalizando a marca de 100 milhões de cópias vendidas – somando as vendas de álbuns de sua carreira solo com sua carreira no Black Sabbath.

Ozzy formou sua primeira banda, a The Polka Tulk Blues Band, aos vinte anos de idade, que logo após se chamaria apenas “Polka Tulk” e, mais tarde, “Earth”. Em 1969, após descobrir a existência de uma banda homônima, Ozzy, juntamente com Tony Iommi, Bill Ward e Geezer Butler decidem adotar outro nome – a ideia surgiu a partir do título de uma história do escritor Dennis Wheatley, nascendo então o BLACK SABBATH.

Decidido a seguir carreira solo, em 1978 Ozzy forma o Blizzard of Ozz juntamente com o guitarrista Randy Rhoads, baixista Bob Daisley e o baterista Lee Kerslake. O primeiro álbum – homônimo – foi lançado na Inglaterra em fita demo, no ano de 1980; e nos EUA e no resto do mundo no ano seguinte, pelo selo Jet Records, da CBS.

Para muitos, um Deus do Metal, para outros, ele “nem é tudo isso” – é apenas um cara de sorte que se rodeou de grandes músicos – seja lá qual for a sua opinião, o inegável é que Mr. Ozzy contribuiu imensuravelmente para a evolução do Metal no mundo todo, e pode ser considerado (ainda) uma das maiores influências dentro do gênero atualmente – e quiçá por todo o sempre!

Músicas Destaque: Mr Crowley, Crazy Train, Over The Mountain, Bark at the Moon, Shoot in the Dark, No More Tears, Perry Mason, Mama I’m Coming Home, Road to Nowhere e a mais recente Scary Little Green Men. São tantas…

Opinião do redator: Ozzy Osbourne, em minha singela opinião, alcançou um patamar musical mais poderoso quando em sua carreira solo, em se comparando com seu tempo no Black Sabbath. Sei que não deveríamos fazer este tipo de comparativo, visto que são dois “sons diferentes” – enquanto o Sabbath trilhava mais o caminho do Stoner / Doom, Ozzy pendeu mais ao Heavy Metal inglês (NWOBHM) – muito embora trata-se da “mesma voz”. Ozzy lançou clássicos que serão (são) eternos, e a conclusão que podemos denotar é a que apesar dos incríveis músicos que a banda suportou, a peça central no tabuleiro nunca pôde ser substituída. (Óbvio?)

News: logo após seu mais recente lançamento de estúdio, o full lenght “Ordinary Man” (21 de Fevereiro de 2020), Ozzy afirmou que “não via a hora de retornar ao estúdio e produzir mais um álbum”. Mesmo com a doença de Parkinson evoluindo e causando cada vez maior debilidade ao Madman (sem contar o peso da idade que alcança a todos), Ozzy se mostra uma pessoa implacável, resiliente e perseverante, personificando-se como exemplo de superação e força. Ozzy tinha uma série de datas a cumprir em sua turnê de apoio ao álbum, as quais foram obrigatoriamente suspensas por conta de sua agenda de tratamento de saúde e agravada pela atual pandemia que o mundo inteiro enfrenta.

OZZY OSBOURNE – Scary Little Green Men Teaser

Músicos que participaram de Ordinary Man:

Ozzy Osbourne – vocal, harmonica
Andrew Watt – guitarras, produção, teclado, piano, baixo
Duff McKagan – baixo (faixas 1 a 6, 8 a 10)
Chad Smith – bateria, percussão (faixas 1 a 9)
Slash – guitarra (faixas 1, 4)
Charlie Puth[11] – teclado (faixa 1)
Elton John – piano e vocais (faixa 4)
Tom Morello – guitarra (faixas 8, 10)
Post Malone – vocal (faixas 10, 11)
Caesar Edmunds – programador de sintetizador de baixo (faixa 1), sintetizador de baixo (faixas 2, 3, 6, 9, 10)
Happy Perez – teclado (faixas 5, 8)
Louis Bell – teclado (faixa 10)
Travis Scott – vocal (faixa 11)
Kaan Gunesberk – programador (track 11)

Discografia:

[1980] – Blizzard Of Ozz
[1981] – Diary Of A Madman
[1983] – Bark At The Moon
[1986] – The Ultimate Sin
[1988] – No Rest For The Wicked
[1990] – Just Say Ozzy [EP]
[1991] – No More Tears
[1995] – Ozzmosis
[2001] – Down To Earth
[2005] – Under Cover
[2007] – Black Rain
[2010] – Scream
[2020] – Ordinary

Mídias:

https://www.youtube.com/channel/UCvPh0iaCmHZPPiGAUOnP28Q

https://www.facebook.com/ozzyosbourne/

OBSCURITY VISION – Death / Black Metal – Brasil – formada em 1997

Release: Balneário Rincão, cidade litorânea de Santa Catarina que fica a 186 km ao sul de Florianópolis, não era um lugar apropriado para uma banda de metal extremo até 1997, quando a Obscurity Vision foi idealizada pelos amigos Luiz Rodrigues (guitarrista) e Rafael Vicente (vocalista). A ideia era buscar no death e black metal o alicerce para um som rápido, brutal e que gerasse satisfação ao próprio grupo que, no ano 2000, se completou com Daniel Machado (baixo) e R. Nunes (bateria). O quarteto ensaiava suas músicas acrescentando muita melodia e, assim, o peso foi se adaptando à técnica.

Em 2002 a banda finaliza o seu primeiro trabalho de estúdio, a demo “Obscurity Creation”. 2003 chega e Gil Souza assume os vocais, permanecendo até 2005. Após uma longa parada, o grupo retorna em 2010 com Luiz ocupando a bateria e seu irmão João Rodriguez a guitarra. Essa formação que ainda contava com Gil no vocal, trouxe Nery Bauer no baixo. Foi um período construtivo com shows e novas composições, mas que acabou em 2012.

A banda se ergue definitivamente em 2016 com Luiz Rodriguez retomando a posição de guitarrista e Luiz Tretin assumindo a bateria. Com o retorno de Rafael, ocorre a gravação do single “I Can See”, que foi incluído no relançamento da demo nesse mesmo ano. Em 2017, o debut álbumDark Victory Day” ganha vida com treze faixas, sendo que a banda fez o lançamento físico de forma independente. A música “Violência” (cantada em português), ganhou videoclipe legendado e o álbum chegou com uma produção sem tantos adornos e primando pela crueza dos riffs sujos com peso, melodia e velocidade.

Obscurity Vision – Dark Victory Day (2017)

Em 2018, Nery deixa a banda, em seu lugar, Thiago Junglaus (ex-Forest Of Demons) assume o baixo e já mostra serviço na gravação do single inédito “The Deception of Truth”, lançado como videoclipe em setembro de 2018. Com o line-up redefinido, a banda segue marcando shows pelo Brasil e exterior, enquanto promove o seu debut.

Músicas Destaque: Imperivm, The Deception of Truth, I can See

Opinião do redator: para quem conheceu os primórdios da banda, e a conhece ainda hoje, torna criterioso o comentário de que a Obscurity Vision é uma banda resiliente, que não se permitiu (dentre tantas outras no cenário) sucumbir diante das dificuldades e adversidades impostas pela subcultura musical predominante em nossa nação, pela escassez de recursos, de estrutura, até mesmo de membros que idealizam os mesmos objetivos. Temos aqui uma banda sólida, resistente e que pretende se manter viva fazendo sua música, sem aderir aos “modismos casuais” ou tampouco se preocupando com as “ameaças” acima mencionadas. Para aqueles que apreciam música extrema sem “frescuras”, clique no vídeo mais abaixo.

News: o trabalho mais recente da banda se trata do single ‘Imperivm’, lançado em 6 de setembro de 2019, o qual ganhou um trabalho gráfico no formato lyric video, com produção de Valter Doomriff e Marcelo Silva (MS Motion Design).

Obscurity Vision – Imperivm (Official Lyric Video)

Formação:
Luiz Rodriguez (guitarra)
João Rodriguez (guitarra)
Luiz Trentin (bateria)
Thiago Junglaus (baixo, vocal)

Discografia:
Obscurity Creation (2002, demo)
Dark Victory Day (2017)

Mídias:

https://www.youtube.com/channel/UC5h3qvEgd2BBPV2lPz3nEew

https://www.facebook.com/obscurityvision.br/

Omnium Gatherum – Death Melódico / Prog Metal – Finlâdia – formada em 1996

Release: Omnium Gatherum é um sexteto originário da cidade de Karhula (Finlândia), fundada em 1996. Muito embora a banda siga principalmente o caminho do gênero Death Metal melódico, grande parte de seu trabalho mostra fortes influências do Prog Metal, especialmente em seus álbuns mais recentes. O nome da banda é uma frase em latim que é literalmente traduzida como “um agrupamento de todas as coisas“. Não infere isso especificamente como pessoas, objetos ou intangíveis, mas simplesmente como tudo e qualquer coisa.

Após o lançamento de quatro demos e um EP, em abril de 2003 a banda assina contrato com a gravadora Rage Of Achilles, quando lança seu álbum de estreia “Spirits And August Light” chamando a atenção na comunidade underground e na imprensa – tanto que para o segundo disco, “Years In Waste” a banda assina um contrato com a gravadora gigante de metal Nuclear Blast no outono de 2004. O novo trabalho se apresenta mais técnico, mais progressivo, mais sofisticado, mas ao mesmo tempo mais frio. Esta foi a nova receita que foi completada com temas das metáforas xamânicas da juventude desperdiçada, depressão e perda de alma. “Stuck Here On Snakes Way” foi lançado em abril de 2007 pela Candlelight Records, e conduziu a banda em turnês com Dark Tranquility, Caliban e Entombed, temperados com uma grande quantidade de shows finlandeses e com a posição número 31 na parada nacional de álbuns da Finlândia.”The Redshift“, lançado em 2008, teve críticas positivas em geral, e foi mixado e masterizado pelo lendário mestre do metal Dan Swanö. Em agosto de 2010, a Omnium Gatherum anuncia que assinaram contrato com a Lifeforce Records (mantendo-se por mais dois discos) para seu próximo lançamento – “New World Shadows” –  o qual é concluído apenas no ano seguinte; ainda, o guitarrista Harri Pikka deixa a banda após 13 anos de trabalho. O guitarrista Markus Vanhala cuidou de todas as partes da guitarra para a gravação e a mixagem e masterização foram realizadas novamente por Dan Swano. O disco é aclamado pela crítica e é considerado um dos melhores álbuns de Death Metal melódico do metal finlandês. Joonas Koto (Malpractice / Ex-To / Die / For / Ex-Hateframe), que tocou nas turnês do disco, entra definitivamente para a banda. Em fevereiro de 2013, “Beyond” é anunciado. O tema básico do álbum é sobre o ponto culminante da existência; é uma história volta para casa, onde os mistérios da dualidade se fundem, mas sem perder um único ponto de individualidade ao longo da chegada. Após três lançamentos (consecutivos) de sucesso, em 2016 a banda anuncia seu sétimo full,Gray Heavens“. O disco é exatamente o que o nome indica: ele coloca o Omnium Gatherum em uma área cinza, e não atinge as alturas dos antecessores “New World Shadows” and “Beyond “, mas também não deixa o sabor agridoce da decepção na boca. Este foi o último trabalho da banda com o selo Lifeforce Rec. tendo no ano seguinte firmado contrato com a Century Media Records – a qual agrega uma maior exposição mundial ao grupo. Mais um ano se passa, e a banda lança seu até então último álbum de estúdio “The Burning Cold”. O conceito lírico do álbum aborda as grandes tragédias e infortúnios humanos que estão ao nosso redor e sobre a condição emocional humana.

Músicas Destaque: Frontiers, Chaospace, New World Shadows, The Unknowing, Skyline.

Opinião do redator: a Omnium Gatherum ocupa o espaço nesta lista como sendo aquela banda “subestimada”- é uma banda que possui um talento imensurável e não teve alcançado os “altos vôos” que lhes é merecido. É claro, a banda atingiu um patamar invejável, entretanto, ao meu ver, ainda muito aquém do que seus 24 anos de existência poderia suportar. Nem preciso reforçar que esta é “uma opinião pessoal”, portanto, tenham suas próprias, certo? Em relação à evolução sonora do grupo, é bastante palatável que ao longo de sua carreira a banda procurou se manter firme em sua essência, sólida na base do Death Metal (melódico), muito embora “arrisque” com a imposição de elementos “estranhos” em suas composições, o que gera o fator diferencial às demais bandas do gênero, fator este que levou este redator à inclusão da banda nesta listagem.

News: Em setembro de 2019 a Omnium Gatherum lançou seu mais recente trabalho, o single “Chaospace”, que antecede o vindouro nono álbum. Interessante mencionar que o referido single conta com uma versão da banda para “We who are not as others”, do Sepultura. O orgulho do Thrash Metal nacional mais uma vez sendo representado em terras distantes. Vale a pena conferir o trabalho. No início deste ano, a banda volta a ser um quinteto, com a saída de Joonas Koto.

OMNIUM GATHERUM – Chaospace (Lyric Video)

Membros ativos:

Markus Vanhala – guitarra solo (1996–present)
Aapo Koivisto – teclas, backing vocals (2005–present)
Jukka Pelkonen – vocal (2006–present)
Tuomo Latvala – bateria (2016–present)
Mikko Kivistö – baixo (2020–present)

Dicografia:

Spirits And August Light (2003)
Years In Waste (2004)
Stuck Here On Snakes Way (2007
The Redshift (2008)
New World Shadows (2011)
Beyond (2013)
Gray Heavens (2016)
The Burning Cold (2018)

Mídias:

https://www.youtube.com/channel/UCLzWGNTzQ_RBuwg8f0pJqPQ

https://www.omniumgatherum.org/

https://www.facebook.com/omniumgatherumband/

ORCHID – Stoner / Doom Metal – E.U.A – formada em 2007

Release: Orchid é um quarteto americano de Stoner / Doom Metal, fundada em San Francisco (Califórnia) em 2007. A banda consiste em Theo Mindell (vocal, sintetizador, percussão), Mark Thomas Baker (guitarra), Keith Nickel (baixo) e Tommy Rickard (bateria). O nome da banda (assim como a base para sua música) provém dos precursores deste gênero, o Black Sabbath. “Orchid” é uma curta instrumental contida no disco “Master of Reality“. E bem, a banda Orchid… bebe muito dessa fonte.

O grupo lançou seu primeiro EP, “Through the Devil’s Doorway , em 2009, que foi seguido por seu primeiro álbum de estúdio, “Capricorn“, lançado em 2011. Ambos os lançamentos iniciais saíram através do selo Church Within, e foram reeditados posteriormente no álbum de compilação “The Zodiac Sessions“, lançado pela Nuclear Blast em 2013. O segundo álbum de estúdio do Orchid,  “The Mouths of Madness“, foi lançado pela Nuclear Blast em 2013, e foi precedido por um mini-CD (Herectic) e um EP (Wizard of War), nesta ordem. Em novembro daquele ano, a banda embarcou em uma turnê europeia, ao lado de Scorpion Child e Blues Pills. O mais recente trabalho da banda, o EP “Sign of the Witch“, foi lançado pela Nuclear Blast em 17 de julho de 2015.

Em 21 de abril de 2016, a Orchid anunciou que Kennedy havia deixado o grupo em julho anterior, que Ted “TJ” Cox havia se juntado como seu novo baterista em agosto e que eles estavam escrevendo e demonstrando novo material para um terceiro álbum completo para 2017. Mais tarde em 2016, Tommy Rickard entrou como o novo baterista da banda, substituindo Cox. O terceiro álbum, prometido à época, ainda não saiu.

Músicas Destaque: Capricorn, Mouths Of Madness, Black funeral, Down Into the Earth.

Opinião do redator: formalmente certifico que não cultivo absolutamente nada contra “bandas que se jogam (e se afogam) de corpo e alma dentro da fonte das bandas que admiram e precipuamente tomam estas como base para compor seu próprio som”, e Greta Van Fleet há de concordar com isso… o Orchid EM TUDO se assemelha aos seus mestres (Black Sabbath): o som (timbres) e a técnica musical (e também vocal), o visual, a temática lírica (em grande parte)… enfim, (quase) tudo mesmo. E aqui, eu deixo uma reflexão, isto seria algo ruim? Algo a se atacar? Digo, os eternos mestres do Stoner / Doom / Heavy Metal, o Black Sabbath, encerrou suas atividades, e o que temos para apreciar se resume ao seu legado, que é monstruosamente gigante e vasto, – FATO – porém, finito. Um “novo” Black Sabbath – ou um descendente deste – reformulado, com criatividade própria, promovendo o sólido clássico renovado com modernização, seria algo a se “esculachar”? Outra banda muito ativa – e muito, muito boa – que poderia mencionar é o The Vintage Caravan, que muito suga da mesma fonte que o Orchid “se banha amplamente”. Por fim, o novo e inédito se faz muito necessário em meio à grande saturação que o mundo da música vem acolhendo do “mais do mesmo”, entretanto, bandas como as mencionadas acima, ganham meu mais sincero respeito, desde que façam um trabalho bem feito e dêem continuidade, mesmo que à seu rigor, a um legado inteiramente necessários aos nossos ouvidos. Por mais atitudes positivas dentro do Metal, e menos ódio, PLEASE!

News: desde seu último lançamento em 2015, o EP “Sign of the Witch“, a banda permaneceu em um estado de “dormência”, não apresentando nada de novo. A última promessa foi o lançamento de um terceiro disco – promessa esta que já está atrasada em seu cumprimento… No canal do Youtube da banda, a última movimentação data de seis anos atrás.

Orchid – Capricorn – (Official)

Formação atual:

Theo Mindell (vocal, sintetizador, percussão)
Mark Thomas Baker (guitarra)
Keith Nickel (baixo)
Tommy Rickard (bateria)

Discografia:

[2009] – Through the Devil’s Doorway (EP)
[2011] – Capricorn (full)
[2012] – Herectic (MCD)
[2013] – Wizard of War (EP)
[2013] – The Mouths of Madness (full)
[2015] – Sign of the Witch (EP)

Mídias:

https://www.youtube.com/channel/UCWojNaUm2n-vUqFJCVQp8fg

http://www.orchidsf.com

https://www.facebook.com/orchidsf/

Osculum Obscenum – Black Metal / Grindcore – Brasil – formada em 1998 (R.I.P. / Split)

Release: a Osculum Obscenum nasceu no ano de 1998, na cidade de São José / SC tendo como principais fundadores os irmãos Carnifex Flagellum Cristus (vocalista) e Adamantos Flagellum Cristus (baterista). A banda é oriunda, inicialmente, do projeto de Black Metal nascido em 1993 sob o nome de Black Christ, posteriormente convertido para Caibalion em 1995, para só então, no ano de 1998, nascer a Osculum Obscenum. A Caibalion registrou duas demo-tapes, “Kali-Yuga” em 1997 e “Live to the Battle of Armageddon” em 2000. Muito além do conceitual Black Metal Pagão, a Osculum Obscenum trás em sua temática o satanismo, sexo e sadomasoquismo, e se aprofunda amplamente no trabalho de Anton LaVey – o criador da “Igreja de Satan“. Como Osculum Obscenum a banda efetuou apenas um único registro, intitulado “Body Hurting Art” – (A Arte de Ferir o Corpo), lançado em Fevereiro de 2003 e com pouco mais de 30 minutos de duração distribuídos em 12 faixas. O disco é uma mescla de Panzer Division (do Marduk) com alguma banda de porngore. Para os adeptos de Black Metal, é um trabalho verdadeiramente indispensável!

Suas apresentações ao vivo que foram o grande trunfo da banda: o cenário era repleto de material de sadomasoquismo (oriundo de sex-shops, provavelmente…), além de material bélico anti-cristão. Carnifex se auto-flagelava durante a apresentação da banda – provocando cortes severos em si mesmo – utilizando-se de qualquer objeto cortante à mão, como facas, estiletes, cacos de vidro, e até latas de alumínio rasgadas. Esse “show de horrores“, certamente chamava a atenção de quem quer que fosse, sendo que muitos dispensavam a música da banda apenas em prol de “saciarem sua (depravada) curiosidade”… com base nas ideologias da banda, duvido muito que eles apreciassem ou almejassem esse tipo de atenção…

Músicas Destaque: ‘Enraptured by War‘ com certeza é o maior destaque do disco. Rápida, melodiosa, e cruel. ‘Prince Albert’, ‘Caligula Imperium’, ‘The Praise (Oh Satanas)‘ e ‘Shibary‘ são as que mais se diferenciam entre o conjunto.

Opinião do redator: a Osculum Obscenum foi uma daquelas bandas que “muito fazia ao vivo”, e que despertava a curiosidade até mesmo das pessoas que nada tinham com o Black Metal. Foi um marco no estilo, na cena nacional e mundial, e ainda, na vida das pessoas que atingiu. Ao meu ver, suas apresentações (em continuidade ao disco) eram um abridor de varias portas (e janelas) inter-dimensionais, uma vez que a temática lírica tinha forte influencia de LaVey. Quem conhece a obra deste último, sabe do que estou falando… Considero a música da Osculum Obscenum um acionador de gatilhos ao plano espiritual (dimensional), que coloca o ouvinte em um trajeto retilíneo de atravessamento à uma corda bamba com margens infernais – você se coloca à essa situação proposital e conscientemente, com pleno conhecimento do que irá encontrar, e deseja passar pelo terror de conhecer essa obscuridade… quando no meio do caminho percebe que não há retorno, e sua única saída é prosseguir e enfrentar as “trevosidades” que vão surgindo por todos os lados. Mesmo após 17 anos desde seu lançamento, este continua sendo um disco carregado, com uma visão muito além de seu tempo e, por ser um órfão, recebeu a credencial de disco cult. Eu facilmente abriria mão de “tão honrado título”, apenas por ter o prazer de conhecer um suposto “irmãozinho caçula” desta obra penosa e notadamente maléfica da música extrema nacional.

News: os irmãos fundadores da “horda”, Carnifex e Adamantos, ao que tudo indica, encontram-se fora de cena. Nas mídias sociais da banda encontra-se muitos apelos de fãs e amigos implorando e xingando, clamando pelo retorno da banda, bem como pela re-prensagem do artefato blasfêmico produzido por estes seres infames em 2003. Até o presente momento, não nenhuma notícia que confirme nem um e nem outro. Aos apreciadores das Artes Negras, perseverar na Chave da Paciência é o que resta.

Osculum Obscenum – Body Hurting Art (Full Album)

Formação no álbum:
Carnifex Flagellum Cristus – Vocals
XXX – Guitars Toxic
Carnage – Guitars
Chagash – Bass
Adamantos Flagellum Cristus – Drums

Mídias:

https://www.facebook.com/Osculum-Obscenum-134404283395621/