Escolhemos 5 bandas por letra, uma vez por semana, para você ampliar seus conhecimentos! Confira mais cinco bandas com a letra M!

Muse – Alternative/Prog – Origem: Inglaterra – Formado em 1994

Release: A história do Muse não apresenta grandes reviravoltas ou fatos pitorescos que possam ornamentar a narrativa. Antes da definição pelo nome Muse, eles chamaram-se Gothic Plague e Rocket Baby Dolls. O baterista Dom Howard era integrante da Gothic Plague e chamou o guitarrista e vocalista Matt Bellamy para integrar a formação. Chris Wolstenholme também era baterista, mas na banda Fixed Penalty, e foi convidado para a Gothic Plague pelo motivo de que todos os demais integrantes tinham saído, mas para isso precisaria aprender a tocar contrabaixo.
Já como Muse, a banda foi crescendo gradativamente, vendo sua popularidade aumentar dia após dia. Hoje, são presença garantida em grandes festivais e já colecionam oito álbuns de estúdio, sendo “Simulation Theory”, de 2018, o mais recente.

Músicas de destaque: “Supremacy”, “Uprising”, “Starlight”, “Hysteria”.

Opinião do redator: O Muse conseguiu fazer como poucos uma fusão entre a introspecção do Rock Alternativo com a grandiloquência do Progressivo. Algo entre o Radiohead e o Queen. A banda apresenta um som refinado, elaborado e repleto de carga emocional, mas o sucesso tem transformado suas apresentações em espetáculos visuais carregados de efeitos, afastando-os das raízes fincadas em seus primeiros anos e, de certa forma, alienando parte de seu público mais afeito ao apuro artístico.

Novidades: o show The Simulation Theory, gravado no 02 Arena, em Londres, estás sendo lançado para exibição em cinemas do tipo IMAX.

Malice Garden – Death/Black Metal – Origem: Criciúma/SC, Brasil – Formado em 1998

Release: A banda Malice Garden possui mais de vinte anos de estória e reuniu grandes músicos da região sul catarinense em sua trajetória, os quais deram força para que o projeto assumisse assume papel importante na promoção do Metal Extremo Underground no Estado. Fundada em meados de 1998, atuando então sob o julgo Renegades, o grupo procurou definir seu caminho com base em suas influencias, que variam de Morbid Angel, Slayer e Sodom, ingressando e absorvendo a obscuridade do Black Metal. No ano seguinte, sofrendo a primeira mudança na formação, a banda assumiu por definitivo o nome Malice Garden, gravando duas demos Revenge Against Jesus Christ (2000) e Eternal Evil Victory (2002).
Mesmo diante de tamanha qualidade sonora, a Malice Garden não conseguiu escapar dos obstáculos impostos à grande maioria de músicos do undergroud: a vida tomou seu rumo para cada membro, as “responsabilidades” pesaram e a banda acabou por adormecer, permanecendo em estado de dormência por grande período de tempo. Dormente, mas não morta, as composições continuaram a receber tratamento, quando no ano de 2019, reunindo novos nomes, a banda solidificou uma formação de peso e resolveu regravar seus clássicos sob uma nova óptica, com novos arranjos e com mais voracidade, contudo, mantendo a essência ambientada no passado. Esta nova produção ficou a encargo do produtor Orland Junior, responsável por produzir outras bandas da região (Somberland, Alkanza, Deadnation, They Come Crawling, Sanctifier, As The Palace Burn, Outset, Distressed). Orland veio a ocupar a vaga de vocalista na banda, a qual estava sendo “encarnada” pelo líder e guitarrista Spok. Recentemente, o baterista João Acordi (Posthumous) assume as baquetas no lugar de Adinan (Lord Amoth).

Opinião do redator: A Malice Garden promete que retornou para ficar, e pretende muitas ações para fortalecer o Metal Sul Brasileiro, assim como “levar nossa bandeira para terras estrangeiras e mostrar a força de nossos guerreiros”. É mais uma dentre tantas bandas de excelente qualidade e técnica que sofrem pelo descaso da “cena” atual. Aos verdadeiros apreciadores do “Metal Negro”, sugiro que acesse as mídias sociais de Malice Garden e acompanhe os trabalhos deste forte nome do Metal Extremo Nacional.

Músicas de destaque: “S.I.N”, “Angels Fall”, “Renegade Souls”, “Rise Above the Things”.

Novidades: A Malice Garden acaba de anunciar o seu mais novo trabalho, o single S.I.N., que  precede o vindouro full-lenght de inéditas, prometido ainda para este ano de 2020. A banda postou recentemente em suas mídias varias fotos de gravações em estúdio.

Mr. Big – Hard Rock – Origem: Los Angeles, EUA – Formada em 1988

Release: Após deixar a banda de David Lee Roth em 1988, o baixista Billy Sheehan decidiu iniciar uma nova banda contando com a ajuda do produtor e músico Mike Varney, da conceituada Shrapnel Records. O mesmo recrutou o vocalista Eric Martin (que possuía uma banda homônima e também tinha projetos solo como cantor de soul) e, logo em seguida, convidou o guitarrista Paul Gilbert (ex-Racer X) e o baterista Pat Torpey (que excursionou com Ted Nugent, Robert Plant e The Knack).
O supergrupo Mr. Big nascia sob o empresariado de Herbie Herbert, que já havia trabalhado com Journey, Europe e Santana. Em 1989 assinaram com a Atlantic Records, e no mesmo ano lançaram o autointitulado álbum de estreia, que não teve grande destaque. Somente com o segundo trabalho de estúdio. “Lean on It” (1991), o sucesso começou a aparecer. Paul Gilbert deixou a banda em 1999, sendo substituído por Richie Kotzen (ex-Poison) e após tensões envolvendo os membros, um hiato se estabeleceu entre 2002 e 2009, quando o grupo foi retomado com os quatro integrantes originais. Pelo agravamento do seu estado de saúde devido à doença de Parkinson, Pat Torpey deixou as baquetas em 2014, continuando com o grupo como produtor. Matt Star (ex-Ace Frehley) foi convocado para o lugar do grande baterista que veio a falecer em 2018.
Ao todo, o Mr. Big registrou nove álbuns de estúdio, além de registros ao vivo e compilações.

Músicas de destaque: Seu maior sucesso é “To Be With You”, o que por vezes faz a banda ser considerada como de um hit só. “Just Take My Heart”. “Green Tinted Sixties Mind” e “Addicted To That Rush” também obtiveram leve destaque, além de “Wild World”, cover de Cat Stevens.

Opinião do redator: Integrada por músicos deveras habilidosos, Mr. Big contribuiu de grande maneira para o “boom” do hard rock no final dos anos 80 e início dos 90. Trazendo um conteúdo predominantemente baladeiro, algo comum em outras bandas surgidas na mesma época, embalou relações e contagiou corações. Eric Martin possui uma voz forte que, somada à técnica instrumental dos demais membros, proporcionam uma incrível sonoridade.

Novidades: Passada a morte de Pat Torpey, o Mr. Big chegou a planejar um novo álbum até como forma de homenageá-lo, cogitando a participação de bateristas que eram por ele admirados. No entanto, o vocalista Eric Martin afirmou em recente entrevista que após a turnê de 2019, os integrantes seguiriam outros projetos, visto que “seria um pouco desconfortável continuar com o grupo sem Torpey”.

Misfits – Horror Punk/Punk Rock – Origem: Lodi, New Jersey – USA – Formado em 1977

Release: Formada por Glenn Danzig no final dos anos 70, é uma das bandas mais influentes, não só no Punk, mas no Rock em geral. Sua formação clássica ainda contava com Jerry Only no baixo e Doyle Wolfgang von Frankenstein na guitarra e gravaram dois álbuns, “Walk Among Us” (1982) e “Earth A.D./Wolfs Blood” (1983). Apesar da grande inspiração, durou pouco tempo até a separação em 1983, devido a divergências entre Danzig e Jerry Only. Durante dez anos a banda ficou inativa, com o vocalista seguindo sua carreira solo voltada a um som mais pesado, com influencias do Metal. Em 1994, o Misfits retorna com Michale Graves nos vocais, onde gravariam três álbuns, “American Psycho” (1997), “Static Age” (1997) e “Famous Monsters” (1999), até que Graves deixa a banda. Com isso, Only assume os vocais e chama novos membros, sem o consentimento de Doyle, o que motivou a saída do guitarrista da banda. com Dez Cadena assumindo seu lugar. Marky Ramone ainda foi chamado para o baixo e gravariam o álbum “Project 1950” (2003).  Mais saídas e então Eric “Chupacabra” Arce assume a bateria, com essa formação a banda grava “The Devil’s Rain” (2011), sendo esse o último álbum lançado pela banda. Em 2016 um rumor de retorno com a formação original, somada a presença de Dave Lombardo na bateria e Acey Slade na guitarra, tomou força e acabou  se concretizando com alguns shows acontecendo nos EUA.

Músicas de destaque: Podemos dizer que os dois primeiros álbuns da banda merecem destaque por todas as músicas, mas sendo mais específico, “Last Carres”, “Green Hell”, “Die, Die My Darling”, “We Are 138”, “Skulls”, todas merecem uma atenção a mais.

Opinião do redator: do estilo, é uma das poucos que realmente gosto, seu som mais pesado e cheio de energia sempre me chamaram a atenção, além da voz de Danzig que é o diferencial, tanto que as audições da minha parte são em sua maioria das faixas da fase do vocalista original.

Novidades: Os shows do retorno da formação original foram sucesso e mais tarde foi descoberto que a banda assinou um contrato que obrigava a formação a realizar ao menos dez shows. E eles forma acontecendo entre 2018 e 2019, com o futuro da banda ainda em aberto . Em 2020 não houveram notícias de mais shows, com Danzig lançando mais projetos solo, sendo assim, podemos considerar que estão em um hiato indeterminado.

Minor Threat – Punk Rock/Hardcore – Origem: EUA – Formada em 1980

Release: Em 1980, na cidade de Washington, capital estadunidense, o vocalista Ian Mackaye e o baterista Jeff Nelson, integravam o grupo de Punk/ Hardcore TEEN IDLES quando este se separou e eles resolveram manter a parceria. Juntaram-se ao baixista Terry Baker e ao guitarrista Lyle Preslar. Muito embora tenha uma vida curta, que compreendeu os anos de 1980 à 1983, o MINOR THREAT deixou um legado gigantesco na cena Punk, sobretudo na América do Norte. Ian Mackaye criou o termo “Straight Edge”, que além de ser o nome de uma das músicas da banda, se tornou o nome de um estilo não só musical, mas também de vida, que defende a abstinência total de substâncias entorpecentes. Liricamente, a banda se desgarrava das suas contemporâneas por explorar temas diferentes da “destruição do mundo”, propondo outras alternativas, até mesmo a “reconstrução do mundo” e isso certamente fez a banda ser uma das mais cultuadas até os dias atuais. A discografia do MINOR THREAT é, infelizmente muito pequena e inclui apenas um registro completo de estúdio, o álbum “Out of Sleep”, de 1983 e três EP’s, um deles lalnçado inclusive, em 1985, dois anos após a separação da banda, além de uma coletânea lançada no ano de 1989. É certamente uma das mais respeitadas bandas do cenário Punk dos anos 1980.

Músicas de destaque: “Filler”, “In my Eyes”, “Straight Edge”, “I Don’t Wanna Hear it”, “Guilty of Being White”, “Minor Threat”, “Out of Sleep”, “Betray” além de uma bela versão para “Steppin’ Stone”, de Paul Revere and THE RAIDERS, que foi gravada pelos SEX PISTOLS e futuramente também ganharia uma versão do SIX FEET UNDER em seu primeiro álbum de covers, o “Graveyard Classics” (2000).

Opinião do redator: Eu conheci o MINOR THREAT através de covers feitos pelo SLAYER, no álbum Undisputed Attutude (1996) e também pelo RATOS DE PORÃO, na versão internacional do álbum “Feijoada Acidente?” (1995). Na época, o SLAYER quis mostrar ao público (inclusive este redator que vos escreve, então um adolescente sendo iniciado no Rock) que o verdadeiro Punk não se resumia às bandas que a mídia dizia ser, como THE OFFSPRING, GREEN DAY, RANCID, PENNYWISE, etc., o que me despertou uma curiosidade imensa pela banda. Já bem referenciado pelos mestres californianos e brasileiros, eu fui buscar material da banda, em MP3 mesmo, uma vez que os lançamentos da banda são raros e quando aparece algum para aquisição, costumam custar um rim e meio. A partir da audição do original, fui mais um a me tornar um devoto, pois a sonoridade, embora bem descuidada como o estilo pede, se mostrava mais organizada, podemos assim dizer. O ouvinte consegue identificar todos os instrumentos perfeitamente, sobretudo o que sai do baixo de Terry Baker. Posso afirmar categoricamente que é a minha banda Punk favorita e o leitor não encare isso como desmerecer o legado de RAMONES, SEX PISTOLS ou BAD RELIGION, bandas pelas quais eu tenho o maior respeito.

Novidades: Como dito neste texto, a banda encerrou suas atividades em 1983, embora seis anos depois, ainda haviam lançamentos por aí, deixando a legião de fãs ansiosos e esperançosos com um improvável retorno. Ian Mackaye montou três bandas depois do MINOR THREAT, sendo elas o EMBRACE, o THE EVENS e o FUGAZI, esta última ganhou certa notoriedade na cena. Além disso, ele manteve a parceria com Jeff Nelson, mas desta vez em uma gravadora independente, a Dischord Records, da qual ambos são fundadores. O baixista Brian Baker segue tocando e faz parte do lineup do BAD RELIGION.

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