ABC do Metal: letra M

Mais uma semana do quadro “ABC do Metal” na Roadie Metal. Agora trazemos para você cinco bandas com a letra M. Provavelmente todos já devem saber o que esperar. Vamos aos trabalhos!

Meshuggah – Extreme Metal/Progressive Metal/Djent – Origem: Umeå, Suécia– Formado em 1987

Release: A banda sueca de Metal Extremo, que ajudou a definir um sub-genero do Heavy Metal, o Djent – mesmo que esse título seja praticamente rejeitado pela banda – está na ativa desde o final dos anos 80, tem grande popularidade no meio da música extrema, sendo bastante respeitada. Passou por uma fase bastante experimental no início dos anos 2000, mais precisamente em 2005, com o álbum Catch Thirtythree”, onde usaram uma bateria programada, segundo a banda, por falta de tempo disponibilizado pela gravadora para a gravação do álbum, mas pouco depois voltou ao som extremo, com o álbum “obZen”, de 2008, que voltou com o Metal tocado com muita técnica e qualidade.

Músicas de destaque: Sem demagogia alguma, todas as músicas dos caras são extraordinárias, mesmo aquelas mais experimentais. Se fosse para indicar à um amigo, os álbuns “obZen” e “Koloss” seriam os masterpieces, porém não poderia deixar músicas como “Ritual“, “New Millennium Cyanide Christ“, “Rational Gaze“, ou as mais recentes, “Clockworks” e “Born In Dissonance“, sem serem apresentadas ao novo ouvinte.

Opinião do redator: Referência e prioridade na discografia de qualquer pessoa que gosta de música pesada, pode apresentar qualquer álbum, qualquer música, que com certeza vai agradar. É aquele tipo de banda que sempre mantém o nível de qualidade no alto, sem pontos baixos em sua discografia. Sem contar as performances ao vivo que são perfeitas. OBRIGAÇÃO ter essa banda na discografia.

Novidades: Em 2016 a banda lançou o seu último álbum de estúdio, até aqui, “The Violent Sleep Of Reason“, como sempre, muito bem recebido pela crítica e pelos fãs. Uma turnê do álbum se estendeu por três anos e teve passagens pela América do Sul, porém, nada de shows no Brasil. Em 2020, a banda, assim como a maioria, está em quarentena, mas ainda com shows marcados para o final de junho na Europa.

Formação:
Jens Kidman – Vocal;
Fredrik Thordendal – Guitarra Solo, Sintetizador, Vocal de Apoio;
Mårten Hagström – Guitarra Rítmica, Vocal de Apoio;
Tomas Haake – Bateria;
Dick Lövgren – Baixo.

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Mastodon – Progressive Metal/Stoner Metal– Origem: Atlanta, Georgia– Formado em 1999

Release: Com um som diferenciado e com uma identidade incrível, o Mastodon vem sendo uma das bandas que mais tem crescido e ganhado respeito no mainstream. Seu repertório conta riffs pesados e complexos, somados a muita melodia e passagens técnicas com influências psicodélicas. Sua discografia conta com poucos pontos fracos e seus shows ao vivo contam com muita energia, sendo considerada uma das melhores bandas para se ver ao vivo. Sua formação permanece a mesma desde 1999, contando apenas com uma baixa, o vocalista Eric Saner, que ficou apenas um ano. Após isso, apenas Bill Kelliher (guitarra) não canta, mas Troy Sanders (baixo), Brent Hinds (guitarra) e Brann Dailor (bateria) dividem os vocais principais.

Músicas de destaque: “Oblivion“, “Blood And Thunder“, “Curl of the Burl” e “Show Yourself” provavelmente são as mais conhecidas da banda, pois foram singles e tocaram bastante nas rádios. Porém, a banda conta com um lado B impressionente em sua discografia, então não se prenda aos single, ouça “Megalodon“, “Pendulous Skin“, a longa “The Czar“, e se você quiser algo mais melódico, “The Sparrow” e “Jaguar God” são perfeitas. Fora os álbuns, é obrigatória a audição do EP “Cold Dark Place“, que mostra uma lado da banda inexplorado nos álbuns.

Opinião do redator: Uma de minhas bandas favoritas que faço questão de apresentar para todos que me pedem uma indicação. Em minha opinião, já deveria ser do primeiro escalão, assim sendo escalada com banda principal dos grandes festivais, mas essa hora chegará. A cada álbum lançado a playlist fica no repeat por um bom tempo, sendo o excelentíssimo EP “Cold Dark Place” o último a ficar meses nas audições.

Novidades: A banda está inativa nos palcos nos últimos meses, a promessa era para um novo álbum esse ano, porém a pandemia pode ter atrasado o trabalho. Seu último lançamento foi um cover para a faixa lendária “Stairway To Heaven“, do Led Zeppelin,em homenagem ao seu falecido Manager, Nick John.

Formação:
Troy Sanders – baixo, vocal;
Brent Hinds – guitarra, vocal;
Bill Kelliher – guitarra;
Brann Dailor – bateria; vocal.

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Mamonas Assassinas – Pop Rock/Rock Cômico – Origem: Guarulhos, São Paulo– Formado em 1999

Mamonas Assassinas: morte faz 24 anos e divide web

Release: Uma das bandas mais saudosas de todos os tempos, o Mamonas Assassinas foi uma banda brasileira que explodiu em sucesso na metade dos anos 90. A banda teve seus primórdios em 1989 sob o nome de Utopia, com apenas os irmãos Samuel Reoli (baixo) e Sérgio Reoli (bateria), além de Bento Hinoto (guitarra), formavam um power trio que fazia covers de bandas nacionais, como Ultraje a Rigor, Barão Vermelho, Legião Urbana, Titãs, Os Paralamas do Sucesso, além de alguma coisa do Rush. Os três conheceram o vocalista Dinho em um show em São Paulo, onde pediram na plateia para tocarem “Sweet Child O’ Mine” do Guns N’ Roses, como ninguém sabia a letra, chamaram alguém da multidão, que acabou sendo Dinho, que com uma performance improvisada, ganhou o posto de vocalista. Ainda entraram para a banda Márcio Araújo (teclado), também conhecido com “O Sexto Mamona“, e Júlio Rasec (percussão). Márcio acabou deixando a banda durante a gravação do primeiro EP, mesmo assim aparece nas fotos do disco, assim Júlio assumiu os teclados e vocais de apoio. A mudança de postura se deu devido ao fracasso do primeiro EP do Utopia, com conselhos do produtor Rick Bonadio (o famoso Creuzebek), a banda adotou o nome Mamonas Assassinas e adotou a postura mais descontraída que acabamos conhecendo em seu sucesso meteórico. Os holofotes para a banda duraram pouco mais de um ano, pois um acidente aéreo trágico tirou a vida de todos na banda em 1996.

Músicas de destaque: Com apenas um disco, o álbum homônimo de 1996, todas as faixas merecem destaque. Sua mistura de Rock com Samba, música Brega, Pagode, Sertanejo e Heavy Metal, tornam o seu som único. A banda com certeza é inesquecível para todos os brasileiros.

Opinião do redator: Uma lenda que marcou muito minha infância. Quem não parava em frente a TV nos domingos para ver as performances malucas desses caras no Domingo Legal ou no Domingão do Faustão? Seu jeito engraçado, onde eles mesmos não se levavam a sério, marcaram uma geração. Hoje em dia, mais maduro, entendo mais ainda que era isso que o mundo precisava, ao menos naquela época. Sempre vou lembrar com muito carinho dos caras.

Formação:
Dinho – vocal;
Samuel Reoli – baixo;
Bento Hinoto – guitarra;
Sérgio Reoli – bateria;
Júlio Rasec – teclado.

Machine Head – Groove Metal/Thrash Metal/Nü Metal – Origem: Oakland, Califórnia – Formado em 1991

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Release: O Machine Head foi formado em 1991 pelo vocalista/guitarrista Robb Flynn e o baixista Adam Duce, sendo uma das primeiras bandas da chamada New Wave of American Heavy Metal. Em sua carreira, a banda teve várias mudanças de formação, sobrando somente Flynn da formação original. Para o seu debut, “Burn My Eyes“, Logan Mader, que ficou até 1998 na banda, assumiu as guitarras, e Chris Kontos assumiu a bateria. Kontos gravou apenas o primeiro álbum, dando lugar a Dave McClain, já Mader ficou para “The More Things Change” (1997), saindo uma ano depois. Ahrue Luster assumiu as guitarras, gravando os álbuns “The Burning Red” (1999) e “Supercharger” (2001), quando a banda teve sua sonoridade mais voltada ao Nü Metal. Em 2002, outra mudança, Luster dá lugar ao guitarrista Phil Demmel, aliás foi onde a banda se consolidou por alguns anos e lançou seus álbuns mais aclamados, “Through the Ashes of Empires” (2003), “The Blackening” (2007) e “Unto the Locust” (2011). Porém, neste último álbum, foi onde as coisas começaram a desandar, com Adam Duce deixando a banda, alegando diferenças criativas com Robb Flynn. Com algumas audições, a banda escolheu Jared MacEachern para assumir os graves e lançaram “Bloodstone & Diamonds” em 2014, também aclamado pela crítica. Em 2018, o álbum “Catharsis” veio com muita polêmica envolvendo sua sonoridade e com isso, ocorreu a mudança de formação mais significativa da banda. Em 28 de setembro de 2018, Robb Flynn postou um vídeo ao vivo no Facebook para explicar que Demmel e McClain haviam deixado o Machine Head no início daquela semana, mas que ambos completariam a turnê de outono da banda. Muitos acharam que seria o fim da banda, mas Flynn depois explicou que a banda continuaria com outra formação. Em 2019 foi anunciada a turnê de aniversário de 25 anos do álbum “Burn My Eyes“, com a volta de Logan Mader e Chris Kontos, onde a banda tocaria o álbum por completo no segundo ato de seus shows, no primeiro ato, a banda tocaria os clássicos de outros álbum, com Matt Alston na bateria e Vogg Kieltyka nas guitarras. Até o momento a turnê tem sido bem-sucedida.

Músicas de destaque: Se você ouve músicas pesada com frequência, já deve ter ouvido “Halo“, “Beautiful Morning“, “Davidian“, “Old“, até mesmo a balada “Darkness Within“, que são clássicos da banda, mas você também deve procurar pelas outras faixas que não forma singles ou consideradas clássicas, como “Now We Die“, “Wolves“, “A Farewell To Arms” e “The Rage To Overcome“, com certeza seus ouvidos irão agradecer.

Opinião do redator: Essa com certeza é uma de minhas bandas favoritas, me agradam todas as fases, até mesmo a última do álbum “Catharsis“, que não é das mais agradáveis aos fãs. Já levou grande parte da minha grana com aquisições dos CDs, em especial com uma edição em Digibook de “Bloodstone & Diamonds“, que guardo com muito apreço. É uma das minhas metas para assistir ao vivo até o fim da vida.

Novidades: A turnê de aniversário do “Burn My Eyes” estava a todo vapor, antes da paralisação por conta do vírus. As datas forma reagendadas e retornam no segundo semestre. A banda tem lançado alguns singles no spotify, mas sem a promessa de um novo álbum. “Do Or Die” e “Circle The Drain” estão até tendo bons resultados nas paradas, mas os fãs não tem curtido a temática das letras, alegando que Flynn só tem atacado indiretamente os ex-membros da banda. Ainda assim, nada de concreto sobre novos trabalhos, além da turnê e destes singles aleatórios, foi informado pelo vocalista.

Formação:
Robb Flynn
– guitarra e vocal;
Vogg Kieltyka – guitarra;
Matt Alston – bateria;
Jared MacEachern – baixo.

Músicos da turnêBurn My Eyes“:
Logan Mader – guitarra;
Chris Kontos – bateria.

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Metallica – Thrash Metal/Heavy Metal/Hard Rock – Origem: Los Angeles, Califórnia – Formado em 1981

Release: A maior banda do mundo, que ainda lota estádios, esgota ingressos de todas as turnês e vende milhões de álbuns por ano, esse é o Metallica. Com Lars Ulrich e James Hetfield, a banda teve seu início em 1981, quando Lars colocou em anúncio de jornal que estava a procura de músicos para tocar covers do Tygers Of Pan Tang, Diamond Head e Iron Maiden. James respondeu e assim foi formada a base da banda. Mais tarde, Dave Mustaine foi recrutado pelos dois e foi aí que gravaram “Hit The Lights” para a coletânea para a compilação “Metal Massacre I“. Lloyd Grant ainda teve seu nome creditado à um solo de guitarra na faixa. O primeiro concerto da banda ocorreu em 14 de Março de 1982, na Radio City em Anaheim, Califórnia, com Ron McGovney no baixo. Com essa formação gravaram a primeira demo, “No Life ´Til Leather“, porém não estavam contentes com McGovney no baixo, demitindo-o da banda, foi aí que conheceram o lendário Cliff Burton, que impressionou Hetfield e Mustaine, que o convidaram para fazer parte do Metallica. Ele aceitou, com a condição de a banda se mudar para São Francisco. Devido ao comportamento violento e abuso de drogas de Mustaine, a banda o expulsou, assim, Kirk Hammet, ex-Exodus, entrou na banda, fechando a formação clássica do Metallica nos primeiros três álbuns. Em um acidente fatal em 1986, Cliff Burton perdeu a vida, deixando o futuro da banda incerto na época, mas seguiram em frente e contrataram Jason Newsted, ex-Flotsam and Jetsam para assumir o baixo. Aí vieram os aclamados álbuns “…and Justice For All” (1988) e “Metallica” (1991), onde a banda cresceu em escala mundial. A sonoridade da banda mudou nos anos 90, com um estilo menos agressivo e com faixas mais voltadas ao Hard Rock, o que causou polêmica, porém, o sucesso comercial continuava impecável. Após 14 anos no posto, Newsted optou sair por diferenças criativas. A banda passou por crise de identidade no início dos anos 2000, com Hetfield indo para a reabilitação e tudo mais, como pode ser visto no documentário “Some Kind Of Monster“. Em 2003, recrutaram Roberto Trujillo para o baixo, desde então, a formação permanece intacta e com a banda lançando “St. Anger” (2003), “Death Magnetic” (2008) e “Hardwired…To Self-Destruct” (2016), e entre os álbuns, turnês gigantes com um sucesso enorme.

Músicas de destaque: Seria preciso uma matéria inteira apenas para falar sobre as músicas de destaque da banda, mas vou tentar resumir em um parágrafo sobre o que é essencial. O lado Thrash da banda é impecável, então os três primeiros álbuns são obrigatórios, você passará por “Hit The Lights“, “Seek And Destroy“, “Metal Militia“, após isso terá a incrível “Fight Fire With Fire“, passando pela primeira balada dos caras, “Fade To Black“, além da épica instrumental “The Call Of Ktulu“. Aí você entrará no masterpiece da banda, iniciando com “Battery“, e vai se encantar com a perfeita “Master Of Puppets” e depois com “Welcome Home (Sanitarium)“, mas não se esqueça de ouvir “Disposable Heroes” e a instrumental “Orion“. As coisas começam a desacelerar aqui, mas você não pode deixar de ouvir “One“, “The Shortest Straw” e “To Live Is To Die” no “Justice“. Mais desacelerado ainda, no “Black Album“, temos coisas ótimas, como “Enter Sandman“, “Sad But True“, as baladas “The Unforgiven” e “Nothing Else Matters” e “My Friend Of Misery“, o melhor trabalho de Newsted com a banda. Passando por “Load” e “Reload“, temos ótimas faixas que são menosprezadas pela maioria, “The Outlaw Torn“, “Fixxxer“, “Thorn Within“, “Carpe Diem Baby“, “Prince Charming” e “Bleeding Me” são só alguns exemplos. Não esquecendo de “The Unforgiven II“.
Ainda podemos citar os covers de “Am I Evil?” do Diamond Head e “Turn The Page” de Bob Seger antes de seguir para o polêmico “St. Anger“, onde podemos tirar coisas boas, como “Frantic” e a faixa-título. Voltando a boa fase, em “Death Magnetic” temos “The Day That Never Comes“, “All Nightmare Long” e “Suicide And Redemption“. Já no último álbum, “Hardwired“, “Halo On Fire” e a incrível “Spit Out The Bone“. Bom, o parágrafo está um pouco exagerado, mas vai fundo nessas indicações que você não se arrependerá.

Opinião do redator: Essa é a banda que me tornou fanático por alguma coisa, me fez ter vontade de aprender a tocar um instrumento, me faz ainda me arrepiar ao ouvir tais músicas, como “Fade To Black” e “Master Of Puppets“. É a banda com a qual tenho uma proximidade incrível, de lembrar de setlists de shows, de saber as fases da voz do James, colecionar Bootlegs. Metallica é minha vida.

Novidades: Após o lançamento de “Hardwired…To Self-Destruct” em 2016, a banda continua em turnê com a divulgação do álbum. Ano passado houveram dois shows em comemoração aos 20 anos do álbum “S&M“, onde a banda toca com a San Francisco Symphony, chamado de “S&M²“. Após isso James Hetfield teve uma recaída em seu vício alcoólico e foi para a reabilitação, de onde já saiu e está bem. A banda tinha shows marcados no Brasil para o final de Abril, porém, devido ao vírus, foi adiado para Dezembro. Atualmente a banda tem estado ativa por meio do evento #MetallicaMondays, onde a banda posta em seu canal do Youtube um show completo gravado profissionalmente, enquanto arrecada doações para o combate ao vírus.

Formação:
James Hetfield
– guitarra e vocal;
Kirk Hammet – guitarra;
Lars Ulrich – bateria;
Robert Trujillo – baixo

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