Escolhemos 5 bandas por letra, uma vez por semana, para você ampliar seus conhecimentos! Confira as bandas com a letra F!
FAITH NO MORE – Alternative Metal – Origem: Estados Unidos – Formado em 1982

Release: O Faith No More estourou em 1989, com o álbum “The Real Thing”. A diferença entre a formação que gravou este disco, e a anterior, estava na presença do vocalista Chuck Mosely, que registrou os álbuns “We Care A Lot” e “Introduce Yourself”, antes de ser substituído por Mike Patton.
Já com Patton, na esteira de “The Real Thing”, veio a oportunidade de se apresentarem no cast do Rock In Rio de 1991, onde realizaram um show marcante. O trabalho seguinte, porém, reverteu as expectativas. “Angel Dust” foi um disco inovador, denso e que, segundo alguns, teria sido uma das origens do New Metal.
A banda lançou mais dois álbuns, já sem a presença do guitarrista original Jim Martin, até se separarem em 1998. Cada integrante foi cuidar de seus projetos paralelos, até se reunirem em 2009 para a realização de shows. Nessa nova fase da banda, o posto de guitarrista permaneceu com Jon Hudson, que havia gravado o último álbum, “Album of The Year”, de 1997, e com quem realizaram o mais recente, “Sol Invictus”, de 2015.
Músicas de destaque: “Epic”, “Falling to Pieces”, “Midlife Crisis”, “Digging the Grave”
Opinião: O “Alternative Metal” ali em cima foi colocado apenas por uma questão de convenção. Não dá para enquadrar a música do Faith No More de forma assim tão específica. O termo Avant Garde, que muitos utilizam, acaba por ser mais apropriado, pois é um conceito, por si só, abrangente e sem limitações.
Metal, Funk, Progressivo, Hardcore, Noise, Jazz…. enfim, o Faith No More passa por todas essas vertentes e não perde a sua identidade no processo.
Novidades: Estando sem poder realizar shows, a banda não se esqueceu de sua equipe e realizou uma campanha de venda de merchandising cujos fundos serão revertidos para apoiar roadies e demais técnicos que, por conta da pandemia, também não podem desenvolver suas atividades.
FIGHT – Groove Metal – Origem: Estados Unidos – Formado em 1992

Release: Tendo se separado do Judas Priest, Rob Halford não demorou muito tempo até revelar seu novo projeto. O Fight foi formado todo por músicos norte-americanos, incluindo o baterista Scott Travis, que acompanhou o vocalista enquanto o Judas Priest não resolvia o preenchimento da vaga de Halford.
A banda lançou um primeiro álbum, “War of Words”, que foi muito bem recebido, mas não manteve o mesmo fôlego para o trabalho seguinte, “A Small Deadly Space”, que não obteve êxito e gerou a implosão da banda na sequência.
Músicas de destaque: “Nailed to the Gun”, “Contortion”, “Little Crazy” e “Contortion”.
Opinião: A música do Fight é um retrato do Metal americano dos anos 90, sendo que “War of Words” tornou-se um clássico do período. Há uma nítida influência de Pantera, mas o Fight consegue soar diferenciado dos texanos, ao mesmo tempo que podemos perceber que Halford também se desvinculou de sua bagagem priestiana, mostrando timbres de sua voz não utilizadas na época do grupo inglês.
Novidades: Não há novidades sobre o Fight e dificilmente isso irá mudar. Halford e Travis voltaram para o Judas Priest, enquanto que o guitarrista Russ Parish segue fazendo sucesso com o Steel Panther.
FEAR FACTORY – Metal Industrial – Origem: Estados Unidos – Formado em 1990

Release: O Fear Factory é outra banda que representou bem os anos 90. Seu primeiro álbum, “Soul of a New Machine”, de 1992, tinha uma inclinação mais forte para o Death Metal, mas essa sonoridade sofreu transmutações mais evidentes a partir de “Demanufacture”, com o Industrial e o Groove tornando-se coesos e unos com o Death Metal.
Após “Digimortal”, de 2001, o vocalista Burton C. Bell deixou o Fear Factory por diferenças musicais e o grupo se desfez, para retornar poucos anos depois sem a presença do guitarrista Dino Cazares. O baixista Christian Olde Wolbers assumiu a guitarra, mas os álbuns com essa formação não vingaram e Dino Cazares voltou, após ter resolvido suas diferenças com Bell.
O novo Fear Factory gerou uma divisão, pois tanto Wolbers, quanto o baterista Raymond Herrera, ficaram de fora e entraram com uma ação judicial pela propriedade do nome. A banda prossegue trabalhando e já lançou três álbuns entre 2010 e 2015, sendo que “Mechanized” e “The Industrialist” contaram com a presença de Gene Hoglan na bateria.
Músicas de destaque: “Replica”, “Edgecrusher”, “Martyr”, “Shock”.
Opinião: o mecanismo pesado gerado por Wolbers e Herrera, encontra seu contraponto nos riffs diferenciados de Cazares e na voz absoluta de Bell, que percorre com desenvoltura desde o gutural até o timbre mais limpo. O Fear Factory era uma máquina, e isso não é figura de linguagem. Sua musicalidade era tão alta e precisa quando o som de engrenagens em uma fábrica e, mesmo não estando mais tanto em evidência, continua influenciando as novas bandas através de seu legado.
Novidades: O Fear Factory não tem manifestado novidades nos últimos dias.
FASTWAY – Hard Rock – Origem: Inglaterra – Formado em 1982

Release: As insatisfações de “Fast” Eddie Clarke, com o Motorhead, e de Pete Way com o UFO, fizeram com que ambos se juntassem nesse novo projeto de Hard Rock, batizado com uma junção de seus nomes. Eles trouxeram o baterista do Humble Pie, Jerry Shirley, e o vocalista novato Dave King para a banda, mas o próprio Pete Way não pôde permanecer, por questões contratuais pendentes, e teve que ser substituído por Mick Feat.
Os dois primeiros álbuns foram bem sucedidos, embora a banda tivesse uma alta rotatividade de integrantes ao redor de Clarke e King. O vocalista deixou o barco depois de terem feito a trilha sonora do filme, “Trick or Treat”, de 1986, e foi substituído por Lea Hart, que permaneceu até 1998.
O último álbum gravado pela banda foi “Eat Dog Eat”, de 2011, com o vocalista Toby Jepson. Em 2018, Eddie Clarke faleceu, vítima de uma pneumonia, encerrando consigo a trajetória do Fastway.
Músicas de destaque: “Say What You Will”, “All Fired Up”, “Death of Me”, “Don´t Stop the Fire”
Opinião: o Fastway agradará a todos que preferem um Hard Rock com fortes toques de Blues e, em certos momentos, alguma inclinação para as FMs. Eddie Clarke soube explorar toda a bagagem melódica que não encontrava espaço no seu trabalho junto com o Motorhead.
Novidades: Com a morte de Eddie Clarke, o Fastway deixou de existir e não há informação de relançamentos ou de material inédito. Embora não tenha gravado com a banda, cumpre registrar o falecimento do baixista Pete Way no último dia 14 de agosto.
FIRELINE – Heavy Metal – Origem: Fortaleza, Brasil – Formado em 1991

Release: Após deixar o Beowulf, o baixista André Rodger migrou para a guitarra e colocou em foco a formação de uma nova banda. A Fireline passou por alguns anos de maturação antes de lançar suas primeiras demos em 2003.
Ao longo de seu tempo de atividade, a banda lidou com várias mudanças de integrantes. Em 2016, lançaram o EP “Under Fire”, com a participação do vocalista Rilvas, que já tinha integrado a formação no passado, além do baixista Giovanni Sena (Age of Artemis) e do baterista Mário Miranda, obtendo elogios pela qualidade do material.
Atualmente, o quarteto encontra-se estabilizado com o vocalista João Paulo, o baixista Milson Feitosa e o baterista Gladson Rodrigues. Com esse line-up, gravaram os singles “Don’t Look Back” e “Crossing Lines”, e preparam-se para concretizar seu primeiro álbum.
Músicas de destaque: “The Mirror of Truth”, “Give Life A Chance”, “Crossing Lines”, “Don’t Look Back”
Opinião: A música da Fireline transita do Heavy Metal tradicional, do começo dos anos 80, para o Hard Rock. Influências latentes de Dokken, Ratt, Yngwie Malmsteen, Europe e Rainbow serão facilmente percebidas, mas em nenhum momento o ouvinte encontrará uma banda se esforçando para replicar a sonoridade de suas referências musicais. As composições fluem com talento e originalidade, soando modernas sem se desviarem de sua proposta.
Novidades: A banda está trabalhando com a Intense Music Productions na finalização de um EP com três faixas, que deverá sair em novembro.