Sejam bem vindos ao ABC do Metal, aqui nós escolhemos 5 bandas por letra, uma vez por semana, para você ampliar seus conhecimentos e encontrar o que existe de melhor na cena mundial. Confira abaixo as bandas com a letra D:

D.A.M (Diabolus Alma Mater) – Melodic Death Metal – Origem: Brasil – Formada em 2013

Foto por Iana Domingos

Release: lançada como um projeto solo do tecladista, vocalista e fundador da banda, Guilherme de Alvarenga, no ano de 2013, D.A.M, a poderosa banda mineira de Belo Horizonte surgiu como uma fusão abrasadora de influências da música clássica com todo o peso e robustez do heavy metal, algo que resultou em uma sonoridade épica e sombria de reflexões metafóricas entre o ocultismo e a mente humana, mas com alto teor de técnicas eruditas, agressividade e melodias grandiosas, fatores que os colocou no páreo das grandes bandas do cenário mineiro e rendeu uma turnê internacional pela américa latina em 2015.
Após o EP “Premonitions” de 2016, a banda entrou em hiato retornando magistralmente apenas em 2019 durante o ‘Mister Rock Underground‘.

Músicas de destaque: “The Awakening“, “Banished from Paradise” e “Excaliburn” são algumas das melhores músicas de D.A.M e um aperitivo apetitoso para quem está conhecendo a banda agora.

Opinião do redator: o cenário mineiro sempre foi um abundante berço para as bandas nacionais e D.A.M entrou para este páreo pela absoluta destreza e criatividade somadas a profundidade clássica inconfundível em uma sonoridade cristalina e conquistadora. O primeiro encontro com a banda foi estabelecido no EP “Possessed” de 2013 e naquele momento eu já sabia que ali estavam grandes músicos, faixas como “A Puppet of Revenge” e “Possessed” já traziam um alto nível de qualidade e isso se tornou crescente para os EP’s “Phantasmagoria” de 2014 e “Premonitions” de 2016, bem como os álbuns “Tales of the Mad King” de 2013 e “The Awakening” de 2014.
Existe muita competência e profissionalismo nesta banda e isso foi algo que me conquistou e facilmente irá conquistar você.

Novidades: os três anos de hiato de D.A.M se encerram em 2019 durante a performance no “Mister Rock Underground” e muitos planos para este ano estão a todo vapor, além disso o novo álbum “Disciples of the Unknown” já está disponível para pré-venda e programado para lançamento no dia 3 de março de 2020, mas você já pode matar a sua curiosidade conferindo a faixa título do álbum clicando AQUI ou o single “Intro Nascentes Morimur” através do Youtube abaixo:

Formação
Guilherme de Alvarenga – Vocal e teclados
Edu Megale – Guitarra
Pedro Abner – Guitarra
Caio Campos – Baixo
Vitor Sousa – bateria

Thiago Canasci – Baixo (colaboração)

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Dynazty – Melodic Hard Rock – Origem: Suécia – Formada em 2007

Foto por Tallee Savage

Release: formada em 2007 na bela Estocolmo, Suécia, Dynazty tinha em sua formação os músicos Joel Fox ApelgrenRob Love MagnussonGeorge Egg e John Berg mas foi através de um anúncio no Myspace que o vocalista perfeito para o line-up foi encontrado. Nils Molin era um cantor desconhecido da cidade de Kilafors mas foi seu vocal corpulento alcançando um timbre realmente potente a peça chave para uma substituição dos temporários Wikked Riley e Swan.
A participação da Dynazty no concurso de bandas suecas Melodifestivalen de 2011 com a música “This Is My Life” catapultou a trajetória destes músicos os levando a vários shows, turnês internacionais e seis álbuns lançados. E se a carreira se iniciou com o selo Perris Records a banda viajou em uma trajetória meteórica durante os anos seguintes por mais alguns selos antes de ser alcançada em 2018 pela AFM Records para o lançamento do álbum “Firesign” em setembro daquele ano. Desde então a banda tem difundido uma sólida base de fãs com sua mescla enérgica de hard rock, metal e melodias vibrantes que nos remete a bandas oitentistas do hard/heavy o que somou a este grupo muitos ouvintes de nomes consagrados do gênero.

Músicas de destaque: Dynazty é uma banda de fácil “absorção” e a maioria de suas músicas são criadas para cativar mas entre elas “The Human Paradox“, “Cross the Line” e “Land of Broken Dreams” são bons pontos de partida para conhecer estes músicos.

Opinião do redator: Dynazty é o tipo de banda que engana o ouvinte se você apenas considerar seus primeiros lançamentos, como eu disse acima, você obtém um doce sabor de anos 80 a princípio mas é preciso lembrar, nós não estamos mais nos anos 80 e depois de “Bring The Thunder” de 2009 e “Knock You Down” de 2011 você pode abandonar a sua reverência ao passado e ir de encontro a uma faceta mais madura em “Renatus” de 2014, eu posso dizer que a sonoridade mais abrasadora destes mestres suecos e a produção própria adotada trouxe um rock melódico mais edificante com passagens de tempo rápidas e atmosferas que florescem, além de guitarras que se movem até as fronteiras do rock sinfônico mas te puxando de volta a um ritmo quase de power metal, então podemos concluir que esta é uma banda que pode tomar a sua atenção de uma maneira ou de outra.

Novidades: 2019 foi um ano agitado para a banda Dynazty mas 2020 promete ser ainda mais, a banda já divulgou em janeiro o lançamento do novo álbum “The Dark Delight” para o dia 3 de abril, além do primeiro single “Presence Of Mind” liberado no último dia 30 de janeiro. Tudo com várias datas já confirmadas para a nova turnê.

Formação
Nils Molin – Vocal
Love Magnusson – Guitarra
George Egg – Bateria
Mikael Lavér – Guitarra
Jonathan Olsson – Baixo

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Darkest Sins – Melodic Heavy Metal – Origem: Noruega – Formada em 2009

Foto de divulgação

Release: formada em dezembro de 2009 na bela cidade de Ålesund, Noruega, por Marius Danielsen e Anniken Rasmussen, Darkest Sins é uma banda de sonoridade mesclada entre influências do power metal mas direcionada ao heavy metal oitentista altamente melodioso que infelizmente se perdeu no tempo. Com dois full-lenghts lançados e um single a banda passou por algumas mudanças de formação durante sua história mas nos trouxe um álbum sólido em “The Broken” de 2016.

Músicas de destaque: “Domineer“, “Fear” e “Rough Love” são três momentos de destaque para esta trupe e podem te surpreender com uma faceta diferente dos músicos noruegueses.

Opinião do redator: Darkest Sins é uma banda que tinha tudo para decolar na cena norueguesa e alcançar o céu, bons músicos com ótimas experiências em seus currículos, uma boa gravadora durante o lançamento do último álbum e uma sonoridade interessante com uma linda vocalista feminina, mas desde o último esforço as coisas estacionaram e apesar de encontrarmos várias participações dos integrantes em diversos projetos como o Ana Metal For Charity e a banda Eunomia, além de todos os integrantes no Metal Opera – Legend Of Valley Doom, não houve mais nada que pudéssemos apreciar. Os dois álbuns lançados no passado soam consistentes e sem dúvida poderiam ter gerado um prodígio sucessor mas ainda existe tempo para isso, afinal esta não seria a primeira banda em longa pausa.

Novidades: como eu disse acima a banda Darkest Sins é um ótimo exemplo das entranhas do cenário norueguês, mesmo tendo sucumbido ao tempo e nenhuma novidade estar programada para o futuro. Embora isso o álbum homônimo de 2012, “Darkest Void“, e “The Broken” lançado em 2016 pela Pride & Joy Music compensam a audição e além de falar sobre bandas ativas aqui você também encontra um pouco mais sobre o Rock e Metal, mesmo que esteja no passado.

Formação
Anniken Rasmussen – Baixo e vocal
Marius Danielsen – Guitarra e vocal
Sigurd Fylling Kårstad – Guitarra
Peter Danielsen – Teclados e orquestração
Ludvig Pedersen – Bateria

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Dold Vorde Ens Navn – Black Metal – Origem: Noruega – Formada em 2019

Foto por Carl Eek Torgersen

Release: formada em Oslo, Noruega, em 2019 a nova banda Dold Vorde Ens Navn traz em sua formação um time de peso do black metal norueguês com Håvard Jørgensen (também conhecido como Haavard e Lemarchand, co-fundador da Satyricon e Ulver), Vicotnik (Dødheimsgard, Ved Buens Ende), Cerberus (ex-Dødheimsgard) e Myrvoll (Nidingr) para trazer de volta todo o frescor do gênero nos anos 90 mas injetando a própria identidade.

Músicas de destaque: “Den Ensomme Død” e “Vitnesbyrd” te forneceram um primeiro contato justo com a banda.

Opinião do redator: volátil e mais instigante do que a maioria das bandas costumeiras do gênero produz Dold Vorde Ens Navn propõe um retrocesso ao passado quando tudo que seria a base do black metal estava emergindo e as idéias e conceitos ainda estavam sendo criados, o que contribui para uma sonoridade mais esmagadora e honesta vindas das mãos da elite do gênero de forma alucinada. Existem solos magníficos sendo executados bem como atmosferas psicodélicas entrelaçadas com gritos e sussurros enquanto a banda talha meticulosamente os caminhos faixa após faixa, levantando muitos vestígios da história do black metal, o que pode confundir alguns ouvintes que precisam de um pouco mais de atenção para compreender o conceito destes músicos hoje mas que para outros será como encontrar um tesouro no legado norueguês.

Novidades: “Gjengangere i hjertets mørke”, o EP de estréia dos noruegueses do DOLD VORDE ENS NAVN, foi lançado no dia 13 de setembro de 2019 pela Soulseller Records e a banda está em fase de gravação para o próximo álbum que ainda não possui título ou data definida.

Formação
Haavard – Guitarras
Vicotnik – Vocais
Cerberus – Baixo
Myrvoll – Bateria

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Damn Dice – Hard Rock – Origem: Inglaterra – Formada em 2011

Foto de divulgação

Release: vindos de quatro países diferentes, os membros do DAMN DICE fundaram a banda em 2011 em Londres, Inglaterra, e começaram a chamar muita atenção por sua música que mistura a atual vibração moderna do metal com baixos e vocais do hard rock, como muitos citaram na época “isso soava como Guns N’ Roses flertando com o metal“, e como resultado surgiu uma banda de som moderno, com grandes riffs de guitarra saltitantes, melodias cativantes, daquele tipo que você pode cantar junto os refrões e enlouquecer nos solos de guitarra.
Criando um nicho próprio com seu “Metal demais para os roqueiros, cativante demais para os headbangers, punk demais para os roqueiros pop, pesado demais para o tipo de música dos punks“, o DAMN DICE reforçou seu conceito ao lançar um EP em 2013 e o álbum de estréia, ‘The Great Unknown‘ em 2015, mas a jornada desta banda iria percorrer um caminho curto e inevitavelmente eles pareciam ter começado preparados para o fim.

Músicas de destaque: “Driven“, “Wild Into The Night” e “Got To Know” são algumas pérolas desta banda instantânea que compensam a audição.

Opinião do redator: dizer que Damn Dice poderia ter ido mais longe do que alguns imaginavam seria uma tolice mesmo para quem se identificou com a sonoridade furtiva destes músicos. É claro que é preciso reconhecer suas qualidades e ali existiam alguns bons ganchos que nos levavam de volta a era do hard/heavy contagiante do passado mas que por falta de estrutura ou de uma identidade mais determinada acabou afundando no mar de lançamentos e novidades que o gênero dispõe, e em 2018 a banda anunciou o segundo e último álbum intitulado “Thriller Killer“. Na época os planos não eram exatamente para o fim, ao contrário disso, com a pressão da indústria musical e as queixas de muitos ouvintes a banda Damn Dice logo percebeu que uma reformulação era mais do que necessária naquele momento, incluindo um lançamento mais tradicional para o novo álbum. Ao invés de álbuns completos anualmente a banda pretendia abrir mais espaço para singles e novidades independentes que poderiam ou não terminar em um álbum físico como produto final e eu posso dizer que ali qualquer um neste setor já sabia qual seria o desfecho desta história.

Novidades: como eu falei anteriormente a banda Damn Dice já estava fadada a um naufrágio musical desde seu início e embora o álbum “Thriller Killer” tenha alcançado algumas boas críticas aqui e ali, e uma massiva divulgação e vários novos fãs, a banda anunciou oficialmente o encerramento das atividades através das redes sociais em julho de 2019 e até o momento não há mais nenhum interesse em mudar esta situação. Embora isso esta é uma banda que compensa a audição, apesar da sonoridade mais polida estes músicos nos levam de volta a cena glam rock dos anos 80 e eles estariam sendo mimados pela Metal Hammer em sua capa se fossem americanos mas aparentemente eles eram “muito rock para o metal e metal demais para o rock”.

Formação
Alex – Vocais principais
Wallis – Guitarra e backing vocal
Marco – Guitarra rítmica e backing vocal
François – Bateria e backing vocal

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